Ellen G White
Todos quantos proferem o nome de Cristo, necessitam vigiar e orar, e guardar as entradas da alma; pois Satanás está em atividade para corromper e destruir, uma vez que lhe seja dada a mínima vantagem.
Antes morrer do que pecar; é melhor passar necessidade do que defraudar; melhor passar fome do que mentir.
Deus tem pedras preciosas em todas as igrejas, e não devemos fazer denúncias impetuosas do professo mundo religioso.
Ao nos aproximarmos do fim tempo, a distinção entre os filhos da luz e os filhos das trevas será cada vez mais clara. Eles estarão cada vez mais em desacordo.
Foi a transgressão da lei de Deus – a lei do amor – que trouxe a dor e a morte. Entretanto, mesmo em meio ao sofrimento resultante do pecado, o amor de Deus é revelado.
Os espinhos e as ervas daninhas – as dificuldades e provações que tornam a vida tão cansativa e cheia de preocupações – foram designados para o bem do ser humano, como parte do preparo necessário no plano de Deus para erguê-lo da ruína e degradação causadas pelo pecado.
Apesar de todas essas evidências, o inimigo do bem cegou o entendimento das pessoas, de modo que elas passaram a olhar para Deus com medo e a considerá-Lo inflexível e incapaz de perdoar. Satanás levou o ser humano a pensar que Deus é um ser cujo principal atributo é a justiça severa, como se Ele fosse um juiz austero, um credor duro e implacável. Ele retratou o Criador como um ser que fica vigiando desconfiado, buscando erros e falhas nas pessoas para que possa condená-las. Foi para remover essa sombra escura e revelar ao mundo o infinito amor de Deus que Jesus veio viver com a humanidade.
O Pai nos ama, não por causa da grande propiciação; mas Ele proveu a propiciação porque nos ama. Cristo foi o meio pelo qual Ele pôde derramar o Seu amor infinito sobre o mundo caído.
Deus pode ser justo, e mesmo assim, o Justificador daquele que crê em Jesus.
Jesus é nosso Sacrifício, nosso Advogado, nosso Irmão, tomando a forma humana diante do trono do Pai, e por toda a eternidade estará ligado à raça que redimiu. Ele se tornou o Filho do homem. Tudo isso para que o ser humano pudesse ser erguido da ruína e degradação do pecado para refletir o amor de Deus e compartilhar a alegria da santidade.
Assumindo a natureza humana, Cristo eleva a humanidade. Os seres humanos caídos estão colocados em um lugar onde, através da conexão com Cristo, podem verdadeiramente tornar-se dignos de ser chamados de “filhos de Deus.”
Quanto mais estudamos o caráter divino à luz da cruz, mais vemos misericórdia, bondade e perdão mesclados com equidade e justiça, e mais claramente discernimos as inúmeras evidências de um amor que é infinito e de uma compaixão capaz de superar a afeição de uma mãe pelo filho rebelde.
O homem foi originalmente dotado de preciosas habilidades e de uma mente equilibrada. Era um ser perfeito e estava em harmonia com Deus. Seus pensamentos eram puros e seus desejos eram santos. Mas, por causa da desobediência, sua mente se perverteu e o egoísmo suplantou o amor. Por causa da transgressão, sua natureza ficou tão enfraquecida que ele, pela própria força, não mais conseguia resistir ao poder do mal. Ele foi capturado por Satanás, e assim teria permanecido para sempre se não houvesse a intervenção especial de Deus. Era o propósito do tentador frustrar o plano divino da criação do ser humano e encher a Terra de miséria e sofrimento. Ele atribuiria todos esses males à obra de Deus ao criar o homem.
O verdadeiro arrependimento é mais que tristeza pelo pecado. É uma decidida renúncia ao mal.
A educação, a cultura, o exercício da vontade, o esforço humano, todas essas coisas têm sua importância, mas nesse caso não têm poder para mudar a situação. Podem até mostrar um comportamento aparentemente correto, mas não transformar o coração nem purificar as fontes da vida. É preciso que haja um poder que opere no interior, uma vida nova vinda de cima, para que o homem passe do estado pecaminoso para a santidade. Esse poder é Cristo. Somente Sua graça poderá vitalizar as inativas habilidades espirituais e atrair a pessoa para Deus, para a santidade.
A ideia de que é preciso apenas desenvolver o bem que existe naturalmente dentro da pessoa é um engano fatal.
Muitas pessoas não compreendem a verdadeira natureza do arrependimento. Lamentam seus pecados e até procuram fazer alguma mudança na sua forma de viver por medo de que seus erros lhes causem maiores sofrimentos. Mas isso não é arrependimento, no sentido bíblico. Essas pessoas querem evitar o sofrimento, mas não o próprio pecado.
É verdade que o arrependimento precede o perdão dos pecados, pois somente o coração quebrantado e contrito sentirá a necessidade de um Salvador.