Elegia de um Tucano Morto
me diga coisas bonitas enquanto eu estiver vivo, pois quando eu estiver morto eu não irei ouvir-las
Se você vive o que às pessoas querem que você viva. Então sinto-lhes dizer, mas você já está morto e não sabe.
Aquele que não foi executado como Luís XVI foi Guilhotinado e como os romanov foram morto a tiros, ele se salvará.
Quem segue o caminho seguro está como que morto.
Vou acabar morto;
Agulha e a linha;
Tenho que tirar você da minha cabeça.
Você me assiste sangrar até não poder mais respirar;
Tremendo, caindo de joelhos;
E agora que estou sem seus beijos;
Vou precisar de pontos.
Morto
Eu morri, percebestes?
Juramentos que prometias meu bem,
acabaste no meu mal.
Sabes, eu era feliz com o pouco
que me davas.
Eu era o suficiente para o pouco
que você era.
Eu morri, percebestes?
Eu acreditei cegamente em promessas
de uma pessoa confusa.
Busquei salvação num poço de maldade
e traições.
E contemplei o que fez em mim a escuridão.
Eu morri, percebestes?
Me abandonou da forma mais
frívola possível, me abandonando
numa posição de razão.
Você me matou.
Oque mais me dói não é a em si, é oque deixamos pra trás, é futuro morto e enterrado que agora, preciso desconstruir em minha mente, a mente se entrete as vezes, mais o coração manda gatilhos a todo o momento.
você me prometeu que eu poderia derramar lágrimas, mais que jamais seria por você.
Pra que tantas promessas em vão, se você não é capaz de cumprir nem as promessas que faz a si mesma.
Se destrói a cada decisao errada que toma, se destrói a deixar entrar na sua mente oque poderia destruir nosso lar.
Tinha muita coisa pra dizer e as palavras que não se dizem ao morto queimam na boca para sempre.
"Se um dia eu sumir, não se preocupe; já me encontrava morto há muito tempo, perdido na sombra dos dias que se foram."
Redenção nas Palavras
Me perdoa, o meu eu de ontem já está morto,
Pelos erros cometidos, carrego um fardo,
Hoje, humildemente, estendo a mão,
Na poesia, encontro redenção.
No rio do tempo, o eu se molda a cada dia,
Ontem se desfez, como a luz que se esvai,
Hoje é a tela em branco, onde a vida se cria,
E no amanhã incerto, o amadurecer que aí vem sai.
As lágrimas de ontem, como chuva que cai,
Lavaram as feridas, para o eu se renovar,
As escolhas do agora, são a voz que nos guia,
No eterno ciclo de aprender, amar e recomeçar.
Assim, perdoamos o eu que já não persiste,
Abrimos as portas para o que há de vir,
Na dança do tempo, cada passo é um artista,
E o eu que se forma, é um poema a existir.