Elegia de um Tucano Morto
Todos os equilíbrios são ténues e fugazes. Se alguém pudesse dizer-se equilibrado, estaria morto. O que, por si mesmo, seria um enormíssimo desequilíbrio.
O amor está morto. Permanece morto e fomos nós que o matamos, como haveremos de nos consolar, nós os algozes dos algozes que transformamos o amor em interesse, em datas comemorativas, em presentes, em viagens, em declarações da boca pra fora em público, em gestos repetidos como segurar a mão, dar flores, postar fotos juntos. As próximas gerações continuarão sofrendo repetindo o erro das gerações antigas que procuram um fantasma.
(Uma adaptação de Nietzsche sobre Deus)
O escândalo da graça de Deus:
Na sexta-feira, o Deus que se fez homem, morto por causa dos nossos pecados; no sábado, luto, incertezas e silêncio no coração daqueles que o seguiam; no domingo, a morte prostrada diante do Leão que ruge. E agora, a vida ecoando por toda a parte na Terra.
Caminho sobre as águas da chuva
me deprimo com pensamentos perdidos
antropologia será fato morto
com histórias passadas...
nas entranhas do destino...
sinto frio mais obscuro...
mentira apenas é brinquedo
de varias faces em todos momentos,
a estranha analogia em uma metamorfose
desenfreada pelo caos nos zumbidos...
o teor pensamento tão longe da tenebrosa
angustia de estar na solidão no entretanto
caminha com pensamentos gelados nas tangentes
o frio apenas um detalhe oblíquo
sendo trevoso momentaneamente...
ate tudo seja uma escuridão sem laudos
ou marcas nunca terão cura pois
sempre terá alguém para lembrar que
existe um sentido profundo de amor...
o que mais tem para ser somente
vejo palavras tristes descubro
tudo realmente é na verdade
como manto de coisas deixas...
para aqueles desejos de figurantes
numa parede profunda da solitude
um sorriso um obrigado na verdade
é um grande engodo por mais
queira acreditar que pense tudo
pode ser real é um jogo de trevas
que todas peças são marcadas...
mas mesmo assim não deixo o jogo
de maneiras erradas não compreendo
mas o jogo é uma abundância...
sem fim nos elementais fonemas,
tento olhar mais á um abismo...
entre as coisas antiquadas,
o prazer é fronteira sem fim
para alguns momentos um tempo
levianas, ate no discurso...
tudo comprado ou remontado
porquê aceito isso?
mais deixo seguir seu rumo
como nada tem muita importa ou se perde,
tudo tem ter um sentido mas nada tem valor...
depois sempre é aquilo tudo bom para você,
quem sabe que bom!
olho desdenho o sentimento de vazio
toma uma forma singular no que foi ou será.
para que ter se já se diz não terá jamais...
tudo tomar formas desejos
posso julgar, mas tudo pode mudar...
mas, será mudará neste ador de dilemas...
como vou ser para simplesmente ter que nunca terei...
é uma coisa estranha entre minhas entranhas
muito complicado par compreender,
está cumplicidade da rotulação.
nada pode ser interrupto...
Ter uma alma insaciável é como ter um espírito morto,você tem um monstro dentro de você mas não consegue soltar,essa é a dor de não poder transmitir sua espiritualidade aos outros
Antes, as pessoas acreditavam que quando alguém morre, um corvo leva sua alma para a terra dos mortos. Mas, às vezes, acontece algo tão ruim que a alma carrega uma tristeza terrível e não consegue descansar. Às vezes, só às vezes, o corvo pode trazer essa alma de volta para corrigir o que está errado.
Apesar de ser uma frase poderosa, “eu te amo” nunca teve força suficiente pra ressuscitar amor morto.
Ainda não inventaram uma poção mágica, pra ressuscitar amor morto. Não prolongue o período de luto com vírgulas, coloque um ponto final.
Crianças brincam de roda, pique pega, e amarelinha. São ótimas no passa anel, morto vivo e cobra cega. Mas, só continuam criança as crescem e ainda lembram, que foi no jogo de esconde-esconde, que esconderam a meninice.
"Vi morrer, vi morto.
Vi choro, vi lagrimas, vi dor.
Vi uma foto envelhecer até não fazer mais sentido.
Vi passando, vi passado.
Depois, vi morrer, vi para morrer.
Vi o início, vi o fim.
Enxerguei a mim mesmo na foto e depois."
[O Marco Zero de um Ponto Morto]
enfim,
compreendeste
tudo.
este é o glorioso destino
da humanidade,
um bando de desgraçados
solitários,
fazendo barulho
coletivamente
pra se distrair,
incomodando a todos,
enquanto sofrem
em silêncio,
desejando o amor
que nunca tiveram.
(Michel F.M. - Trilogia Ensaio sobre a Distração - 16/11/23)
E foi aí que eu descobri que as lágrimas não poderiam fazer alguém que foi morto, vivo novamente. Há outra coisa para aprender sobre as lágrimas: eles não podem fazer alguém que não te ama mais, te amar outra vez. É o mesmo com orações. Gostaria de saber quantas pessoas perdem a vida chorando e orando a Deus. Se você me perguntar, o diabo faz mais sentido do que Deus faz. Pelo menos posso ver porque as pessoas o querem por perto. É bom ter alguém para culpar pelas coisas ruins que fazem. Talvez Deus exista porque as pessoas ficam com medo de todas as coisas ruins que fazem. Elas acreditam que Deus e o diabo estão sempre jogando este jogo de cabo-de-guerra com elas. E elas nunca sabem para que lado estão indo. Eu acho que o cabo-de-guerra, explica como, às vezes, mesmo quando as pessoas tentam fazer alguma coisa boa, ela ainda acaba mal.
Pretérito imperfeito
Nunca gostei de brincar de vivo ou morto quando criança, não é agora que irei gostar.
Definitivamente detesto essas idas e vindas de você. Essas idas e vindas do seu amor.
Fala sério, eu não preciso disso, estou feliz assim, aparentemente.
Estou bem e derrepente não estou mais. São tantas as oscilações que chegam a me sufocar. Você não faz idéia.
Eu não queria que fosse assim, acontece que você faz parte de um passado que não teve fim, um pretérito imperfeito, e por isso meu destino é indeterminado.
Não sei o que você fez ou faz, não reconheço suas armas. Mas sejam lá quais forem eu não consigo mais lutar contra elas.
Você venceu.
Você não escolhe viver você vive, não decide morrer, antes mesmo que morra já está morto, não há nada que possamos fazer pra mudar o rumo de nossa vida, a vida que vivemos é fruto de um plantio que foi realizado tempos antes, apenas colhemos, podemos continuar a plantar se quisermos continuar a colher, pra se ter um rumo é necessário um início não há nada que impeça que ele seja no meio.