Elegia de um Tucano Morto
"viva hoje como Não se ouvesse o amanhã' pois vencedor ou perdedor sairemos deste mundo morto mesmo'
Meu jardim morto
Voltarei naquele lugar
Frio mais tão belo
Sangue vermelho
Manchando a rosa
Meu jardim de inverno
Coberto pela neve
O anjo na neve ao chão
Companhia dos corvos negros
Meu coração, adoecendo
Lentamente ...
Voltei neste lugar porquê?
Sinto saudades, apenas
Gosto de imaginar, este lugar
Nos dias de primavera,
Agora ele está totalmente morrendo
Voz do esquecido amigo
Que morava ali, e o cuidava
Saudade a palavra ardente
Escapando de dentro de mim
Meu lugar, meu amigo, minhas flores
Arceu Junior
" Quando o homem está morto, vive sempre; findando os dias de minha existência terrestre, esperarei, porque a ela voltarei novamente". JÓ 15,10-14
Jó, 14, onde se lê: "Quando o homem está morto, vive sempre; acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo"
Se zumbi é um morto vivo.
Então ele é a prova morta que alguém morto pode ser a prova viva que há vida após a morte!
... Em verdade, verdade eu digo... O que é morto será revivido. E nas chamas do amor viverá e para todo sempre um sorriso dará. E a alegria será constante ao lado de quem a ame bastante...
"Estive praticamente morto, e sem vida por um momento. Mas o Mundo da Realidade me acordou, e disse para viver com certa teimosia. Levante-se, olhe para frente, e vá em busca da Verdadeira Luz." - #DMOliveira.'.
LOUCO
Deste acaso imprecado sem razão,
Em que eu vivo a desventura,
Tudo é pálido, é morto, tudo é vão
Dentre a minh’alma intensa e dura!
Não me há sentimento de ilusão
Neste transbordar de tortura...
Que já inventivo à solidão
Transpõe os meus olhos e perdura...
Eu já tanto sinto esse compasso,
Que já me é amor, que já é laço,
Que já me é tormento de conforto!
E deste blasfemo que vence a morte,
Que sorrio pela vida, desta sorte,
Já me sou de afeto intenso e absorto...
O POETA
Quando juntar a mim o perfume morto
Da estrada em que ando na ramaria
Dos arvoredos secos, sem paz, e absorto...
“Que notado mundo, verei o sol do dia!”
Quando o cedro der-se pequeno fruto,
Branco em neve na luz dum luar,
Que fora, ao zumbido a voz dum tributo...
“Mais um réu a juntar-se irá vagar...”
Imensas cores terão as alvoradas...
Os sóis queimarão, sem fogo, sem arder,
Dias e dias, sem negras madrugadas...
E o mar revolto, na calmaria de vencer
Os meus braços, nos ramos das jornadas...
“Que notado morto ledores hão de ver!”
Em silêncio vivo, fala o corpo...
Uma mão agitada, um sorriso morto
fala o que a boca não diz...
Tanto medo, dor, angústia, alegria ou felicidade
nos rostos vistos nas esquinas,
vielas, mansões ou bares da cidade!
O âmago expressado nos olhos
deixa o sentimento exposto!
A índole revela-se humilde, alegre, bondosa
ou arrogante, torturadora, mafiosa, mentirosa.
Rostos que tocam
como o do Papa João Paulo Segundo
um rosto humilde, sorriso amoroso,
um olhar doce e profundo...
Mas os que me tocam mais no fundo
são rostos de crianças, enjeitadas, nas ruas
com seus gritos mudos, expressões tão suas...
O eco destes gritos que se perde
aos ouvidos surdos...
O inquiridor olhar à crueldade do mundo!
Outros rostos assustam pela indiferença
rostos duros, frios, estigma do caráter hediondo,
ferozes marimbondos,
cegos para a dor dos que estão à sua frente,
de egoísmo tão doentes!...
Óculos embaçados, lentes sem grau!
Focam... apenas o próximo degrau...
Insensíveis às mazelas e procelas,
sentimentos embotados,
interesses próprios escancarados...
Os rostos são esculturas vivas!
As mais reais e precisas
talhadas pelas almas que os animam
avaliadas pelos corações que os examinam...
Os rostos falam... E como falam...
Basta olhar para o rosto dos e namorados!