Elegia de um Tucano Morto
No leito hospitalar, quem ainda sonha, ainda está cheio de vida. Mas quem sadio desistiu já está morto, só que ainda não caiu.
HOMENAGEM A VIDA E AO SER HUMANO
Homenagem é a expressão ou ato público como mostra de admiração e respeito por alguém. Na vida há pessoas especiais, que são tão importantes que nos fazem mudar simplesmente por estarmos em suas vidas. Estes muitas vezes nos permitem sonhar, quando a vida nos transparece que não há mais sonhos passíveis de serem realizados, simplesmente nos contradizem e nos traz uma nova esperança pela qual podemos lutar. Porque nos faz acreditar que há ainda há beleza neste lugar, embora nos pareça um buraco negro e profundo, nos mostra que não é, e sim é um belo jardim florido, com pequenas gotas de orvalho a nos alimentar. E aqueles homens e mulheres guerreiros, que com sua corajosa bravura jamais se faz desmoronar neste teatro da vida e nos mostram que, às vezes sozinhos, somos capazes de criar cidadãos de bem. Seres que muitas vezes negligenciam sua própria existência em prol do seu próximo e se entregam por inteiro, sorrindo quando querem chorar. E em pensar naqueles que se foram e ao olhar uma pequena estrela no céu a brilhar lembro que vivos permanecem em mim sempre. E o que diria dos meus mestres sobre tanta dedicação. Pais, mães, filhos, amigos, professores, queridos que foram ou simplesmente pessoas que amam por amar e tantos outros há muitos que homenagear. Fica aqui a quem de alguma forma merece a minha sincera Homenagem!
Noite de chuva fina que cai, fazendo ressurgir as plantas semimortas. Diante das lutas travadas no íntimo, sempre ressurge algo que pensávamos estar morto. Assim a madrugada vai passando, levando com ela o que se tornou vivo e não passou de uma grande ilusão.
Pelo fato de estarmos mortos em áreas de nossa vida, não podemos nos auto-libertar pois, morto, não pode clamar por si mesmo. Por isso precisamos de alguém vivo para nos ajudar. Mentores.
ATRÁS DE MÉDIAS ALTAS E BOAS ESTATÍSTICAS, O SISTEMA CRIOU O TAL "PIA".NASCEU MORTO! ILUSIONISMO PEDAGÓGICO!
Aproximei-me da lápide de mármore e estendi minha mão sobre as trincas do passado. Então, percebi que algo estava errado, pois eu estava vivo. Removi o manto de cinzas e tentei rabiscar minha própria vida com um pouco de ilusão. A ilusão ao menos poderia ser sentida, ela sempre é notável para alguém que acendeu velas a si mesmo. Eu precisava de uma faísca, algo para continuar enxergando minhas próprias tristezas. Aliás, é inverno em nossas almas, é sombrio dentro do peito. Quem disse que é preciso estar morto para não sentir nada?
"Quando começarem a escrever sobre mim lembra-te de duas ou três coisas: que sou velho, mas que fui moço. E talvez seja preciso lembrar que já fui vivo"
Não se deve perder tempo com o estúpido:
Ensinar o imbecil é como emendar cacos, ou acordar alguém que dorme sono profundo. / Falar ao imbecil é como falar a quem está dormindo; no fim ele pergunta: «O que é que foi mesmo?» / Chore pelo morto, porque ele perdeu a luz; chore pelo imbecil, porque ele perdeu o bom-senso. / É menos triste chorar pelo morto que agora descansa, porque a vida do imbecil é pior que a morte. / O luto pelo morto dura sete dias, mas para o imbecil e para o injusto dura a vida inteira. / Não gaste palavras com o insensato, e evite andar com o estúpido. / Fique longe dele, para não se aborrecer e não se sujar lidando com ele. Afaste-se dele e ficará tranqüilo, e a insensatez dele não irritará você. / O que é mais pesado que o chumbo? Qual é o seu nome, senão «insensato»? / Areia, sal e barra de ferro são mais fáceis de carregar do que um insensato.
Eclo 22, 7-14
O dia em que eu conseguir me conhecer plenamente e me aceitar como sou, certamente já estarei morto.
ALÉM-DE-MIM... (BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)
Inabalável!
Deve ser minha fé, um rochedo
Jamais uma fé manca
Traçada pelo destino
Buscar sempre o além-de mim...
Por mais que um "deus" vazio se apresente
Pois a vida segue o transitório
Sem mapas, trilhas, pegadas
Na vida tudo é transitório
Como num trivial velório
Cheio de preceitos e falatórios
Será que o morto ouvirá as lamúrias?
ISBN: 978-85-4160-632-5
O sonho de conquista de algum, é o combustível da vida, pois quem não tem mais sonhos para buscar e se esforçar, é porque já esta morto.
NADA DE NOVO
Não sei o que dizer.
Acho que não sei como dizer.
Morto?
Nada de novo até aqui.
Eviscerado, vivo.
A alma me saiu pelos olhos.
Ficou só a velha casca de sempre.
E a dor.
Aguda, seca.
Persistente.
Morto, sim.
Outra vez.
Mas nada de novo até aqui.
Eu não terminei
E ninguém pode
Com isso acabar
O que comecei
Não foi errado
Mas pode falar
Eu não terminei
Tenho começado
Mas não sou só
Eu responsável
Sou a causa
E resultado
Eu não terminei
A quem vim amar
Mas pode findar
Esse compromisso
Estou muito além disso
E não vou mesmo parar
Eu não terminei
E não vou esperar
Pode chegar com um grito
E dizer que vai acabar
Ou pode mesmo calar
Tentando antecipar
Eu não terminei
Eu não ouço
Eu grito
Eu sei
Estou louco
Esqueceu?
Sou tudo que fui
Tudo que não
Te aconteceu
Tudo que nisso
(R)estou não é
Mais eu
Mas quem sou
Deixou
Tudo que era
Pra ser
(S)eu
Eu não terminei
Então não venha
Dizer qual louco
Sou eu
Que eu te acuso
Doutora
De tentar curar
Quem você adoeceu
Pois não venha mesmo
Dizendo que está louca
E quer terminar
Eu te acuso
De tentar me matar
Só pra me salvar
Do que não te aconteceu
Eu não terminei
E não consigo
Voltar atrás
Eu já sou
Se você
Quer
Ser mais louca
Que eu
Faz.
!
Eu bem mais louco do que era capaz
Como um louco
Não como um morto
Eu não.
O que eu tenho? Depois de aceitar um novo amor. Depois de aceitar, por um segundo, que estava morto.
O que eu tenho! A certeza de que é você quem eu quero.
