Egoísmo
O recomeço do fim
Não temos o luxo de nos darmos por satisfeitos ao término de um relacionamento. Claro, que não dá para insistir em algo que não vem dando certo, mas além de encerrarmos um ciclo, temos que reconhecer a falência de algo em que, ainda que por um momento, acreditamos ser a realização de um sonho e de um encontro de almas.
Mais do que encerrar uma etapa, reconhecemos que não nos empenhamos o suficiente, não demos tudo o que estava ao nosso alcance, não nos esforçamos o necessário, assim como, também, não fomos totalmente correspondidos.
Reconhecemos o fracasso, sucumbimos ao egoísmo, ao individualismo e não fomos humildes o suficiente para cedermos, para descermos de um falso pedestal que nos coloca acima do outro, quando somos exatamente iguais, todos sujeitos aos mesmos erros e paixões.
Não deve haver satisfação alguma no fim, nem mesmo pela possibilidade de um novo recomeço. O fim é algo lamentável, como a morte de um sonho, e não deve haver orgulho em colecionarmos esqueletos, dentro ou fora do armário.
Acontece é que as pessoas não querem que você seja aquilo que vai causar inveja nelas, elas querem que você seja aquilo que elas podem ser se elas quiserem.
Muito cuidado com as pessoas!
Costumamos dizer que "as pessoas não precisam dos outros quando têm algum dinheiro." Esse conceito, além de estar muito longe da verdade, contribui ainda mais para o egoísmo das pessoas, para a desunião das famílias e para a solidão de quase todos.
Só há duas formas de ser isento do erro: ou você foi sábio o suficiente para balizar suas escolhas ponderando as falhas de outros, ou não foi você quem fez.
Somos seres tão frágeis, e mesmo sendo frágeis somos agressivos uns com os outros sem nenhuma compreensão, não lembrando que todos somos iguais e temos a mesma fragilidade. Tal fragilidade é comparável a de um cristal que no mais sensível impacto quebra transformando-se em pedaços, onde os personagens do orgulho e do egoísmo, unanimemente, aparecem impedindo e bloqueando a manifestação do verdadeiro ser humano, aquele ser racional e limitado, necessitado do outro.
Mesmo sendo os únicos seres racionais, por quê passamos grande parte de nossa vida vivendo de forma irracional?
- Por que as coisas tem que ser na hora que você quer?
- E por que as coisas tem que ser na hora que você quer?
Às vezes, na ânsia de fazer o melhor para si mesmas, as pessoas não percebem o quanto fazem mal ao outro.
Pensar em si, fazer as coisas que gosta, amar a si mesmo, não é egoísmo. É amor próprio. Mas, existe uma linha muito tênue entre amor próprio e egoísmo.
Deixamos de ter amor próprio e passamos a ser egoístas, quando machucamos as pessoas que nos amam. Quando somos levianos com o amor que recebemos de alguém. Quando mentimos e fingimos, subestimando a inteligência de quem está ao nosso lado.
A vida é um ciclo. Toda espera tem seu fim e tudo o que colhemos, plantamos. Faça com quem está com você o mesmo que você gostaria que essa pessoa fizesse contigo.
Tudo o que você faz, um dia volta para você.
"Nenhum prazer é solitário, nenhum amor é banal. Pulsões egóicas não podem comportar o que é, em si mesmo, belo e bom"
As pessoas julgam vitimismo e dramatização, mas tem uma faca jogada do outro lado da cama que eu joguei assustada quando me dei conta da besteira que estava fazendo.
As pessoas julgam vitimismo e dramatização, mas meus braços sangram e a minha cabeça lateja de dor depois de tanto debatê-la contra a parede.
A rotina do dia, o vôo do tempo, a luta pela perfeição e a rejeição do mundo me pressionam e é comigo que eu grito, é comigo que eu resolvo.
É o meu corpo que recebe.
É o meu corpo que sente.
É o meu corpo que sangra.
É no meu corpo que dói,
mas são eles julgam vitimismo e dramatização.
Não é o corpo deles que sangra.
Não é neles que dói.
E enquanto for assim, vai continuar sendo vitimismo e dramatização.
Essa doença tem causa e tem nome.
Mas enquanto seu egoísmo não tiver cura, minha depressão não vai ter solução.
Por trás da raiva e do ódio podemos encontrar a baixa autoestima, a insegurança, a imaturidade emocional, o egoísmo, a impaciência, a falta de tolerância ou a frustração. Atrás de toda raiva excessiva e descontrolada, está sempre uma criança (um ser imaturo e imprudente), frustrada e com medo,
Aos detalhes desatentos da vida,
centradas sempre no eu.
O outro não existe, a não ser que seja para mim,
que sirva para mim,
Senão, não viveu.
O "nosso" tornou-se assustador, compartilhar de algo sem que esse algo responda aos nossos anseios egoístas tornou-se uma verdadeira insanidade
É fácil escolher o lugar que se quer o mal e o bem quando só o que importa somos nós. É quando o outro importa, que as decisões ficam complexas, e aí é onde mora a facilidade do egoísmo e da indiferença.
Em seu livro A Cidade do Sol, ele exemplifica muito bem qual é sua ideia de sociedade ideal. O Estado perfeito era liderado por um príncipe sacerdote chamado de Sol. Esse príncipe tinha outros três príncipes ajudantes, Pon, Sin e Mor, que são a Potência, a Sapiência e o Amor. Em seu Estado perfeito tudo e detalhadamente organizado e os moradores desse estado utilizam a razão para organizar suas vidas. Segundo Campanella eles sabem que a propriedade privada cria o egoísmo no homem e os incentiva a lutar pela propriedade, por isso todos os bens são comuns. Todos tem que trabalhar e até os menores atos são feitos em comunidade. A Cidade do Sol é comunista e liderada pelos sacerdotes e sábios.
(sobre a filosofia de Tommaso Campanella)
Levando seus princípios para a análise política e social, Hobbes discorda da posição aristotélica que diz que "o homem é um animal político". Hobbes acredita que cada homem é diferente do outro e que a vida social é definida pelo egoísmo dessa diferença e pela convenção da convivência em grupo. O Estado em que esses indivíduos vivem não é algo natural, mas artificial, criado por esses indivíduos para alcançar da melhor forma seus objetivos egoístas.
(sobre a filosofia de Thomas Hobbes)
Como você espera amor em sua vida se vive de desculpas para se doar a alguém? Lembre-se o amor é a saída, já o egoísmo é a porta fechada para a felicidade!
Sobre as constantes decepções
O problema é que aprendemos, desde criança, a dar segunda, terceira, quarta chance, o famoso dar a outra face, mas isso não é certo, pois é egoísmo para consigo próprio. Temos que nos respeitar e ensinar as pessoas como elas devem nos tratar.
Outro ponto muito importante, que não nos é ensinado, mas deveria, é ouvir e confiar no nosso sexto sentido. Quando nosso instinto fala, ouça, não pague pra ver, porque nosso Eu, nossa consciência é divina e sábia.
Se pagarmos pra ver, certamente veremos e não nos agradará, como fora previsto por nosso instinto.