Efêmero
Sou feita de emoção não razão mas jamais, deixarei-me dominar pelo efêmero, pela ilusão!
Flávia Abib
Transformar, transbordar e submergir…
Todo efêmero…
Cuidar, semear e lapidar…
A toda eternidade, amém!
Vivemos, guardamos e produzimos…
Em toda memória…
Arrastamos, acumulamos e martirizamos…
Até adoecermos nossa mente!
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Faço versos
O tempo passou.
O efêmero da vida me ensinou...
Vejo agora o transitório do Universo.
Faço versos.
Uma tentativa ingênua de segurar o tempo.
Sopra o vento.
Só calmas brisas...
Ressaltam o azul sereno
Por detrás de nuvens transparentes...
Sinto o cheiro do mar.
Trago nas mãos o salgado do mar.
Trago nos pés a areia da praia por onde me fartei de tanto caminhar
Trago nos cabelos o cheiro do mar.
Sigo a maresia.
Sinto o ar a maresiar.
Sou ondas de sonho entre terra, ar e mar.
Apequenar-se para compor um minimundo é tornar o efêmero em importante. Por um curto instante há a virtude, logo depois e tão somente, fraqueza e vaidade.
Nada novo, tudo é habitual e efêmero.
Devo ficar no meu silêncio e esperar passar... Ou devo permanecer na insistente saber o que está acontecendo e dizer que estou aqui?!
Nós somos criaturas que sentem, seres humanos sentem, assim como seres humanos pensam. É simplesmente como as coisas são.
E sendo assim sentimento dolente, sem razão aparente, com visões e vivências diferentes.
E ainda bem que muda...
Imagina que terrível seria se tivéssemos sempre os mesmos sentimentos, sem qualquer fluidez, sem possibilidade de mudança, de evolução, de leveza, de florescimento?
Se parar pra pensar vai ver que tem sorte e que já passou por momentos piores que o atual e veja como superou.
Tudo passa nessa vida!
Em um efêmero instante, se me fossem concedidos meros 10 segundos para articular as profundezas do afeto que albergo em relação a ti, e, por um lapso mais prolongado de 10 minutos, a oportunidade de persuadir-te a permanecer ao meu lado, eu proclamaria que uma década de existência é manifestamente insuficiente para abarcar a plenitude da minha ânsia de tua presença. Com ânsia, ansiaria por possuir uma dezena de vidas, a fim de repetidamente experimentar a intensidade de meu amor por ti em um ciclo ininterrupto.
Numa fugaz e efêmera fração temporal de mero decênio, a tentativa de condensar a essência de minha devoção para contigo revela-se uma empresa hercúlea. Tais segundos, contados em escassos dedos, são ínfimos diante da vastidão do sentimento que me devora, como se, em seu íntimo fulgor, ousasse desafiar a própria natureza efêmera do tempo.
Nos protraídos minutos que se estendem como fios da meada, desejo persuadir-te a compartilhar deste mesmo anseio que me consume. Dez anos, quebrados em seus ciclos perpétuos, apresentam-se como um escasso tributo à voracidade de minha paixão. Seriam apenas o início, quando meu desejo, voraz e insaciável, almeja, na verdade, dez vidas, dez oportunidades para, de forma ininterrupta, celebrar nosso amor em uma dança cíclica e eterna. Afinal, o amor que professo transcende os limites do efêmero e busca a imortalidade nos anais de nossas existências entrelaçadas.
O sempre é uma pena, pois, limitado pelo tempo, torna-se efêmero, cai na areia com leveza mas deixa-se levar pelo vento.
Enquanto meu corpo envelhece e esmorece, minh'alma sapiente se apazigua e desdenha do efêmero mundanismo. Sou mais eterno do que "calculava"...
No compasso efêmero do tempo vagueio,
Entre mistérios, desafios, e receios.
Tenho pouco tempo, tão breve e escasso,
Para decifrar os enigmas do meu passo.
Neste labirinto de dúvidas e desejos,
Busco compreender, mas me vejo a esmo.
Eu tenho pouco tempo, para entender muito pouco,
No eterno embate do que é certo e louco.
As horas escorrem como areia na ampulheta,
E na efemeridade, a vida se completa.
Tenho pouco tempo, para desvendar o mistério,
Neste universo vasto, tão belo e sério.
Assim sigo, entre o pouco tempo e o muito pouco,
Em busca de sentido, neste caminho louco.
Pois mesmo na brevidade, há beleza e encanto,
E é nesse paradoxo que encontro meu canto.
VAI ACABAR TUDO...
A depender do ponto de vista,
tudo é efêmero.
Inclusive a vida.
Vai acabar tudo...
Tudo vai acabar...
Vai acabar tudo...
Tudo vai acabar...
Vai acabar tudo...
Tudo vai acabar...
Vai acabar tudo...
Tudo vai acabar...
Amém!
一期一会
"Um encontro é efêmero, então, ele deve ser levado a sério, já que a vida é cheia de coisas que só acontecem
uma vez."
Falar e escrever seriam inúteis? Efêmero falar, que nada exprime. Embalo-me na angústia da comunicação. Palavras são como cascas que se desfazem, nada mais que vãos rastros da emoção. Prisioneiras do sentido, as palavras se perdem no mar da insuficiência, a trama da linguagem é sempre tecida em ilusões, aprisiona a verdade em suas limitações.
A boca que se abre, a caneta que desliza, são meros instrumentos de uma busca indecisa, entre o dizer e o calar. O silêncio, em sua vastidão indomável, transcende a palavra e o ego. Não se prende a conceitos, não se aprisiona, é a pausa significante, a verdade que sussurra além do verso e do grito.
Encontro a liberdade de ser, de simplesmente ser, no silêncio, no vácuo, na ausência do dizer. Apenas existir, além do verbo, é o meu querer.
Escrever é apenas um exorcismo das ideias que perpetuam aqui dentro. O papel, meu confessionário mudo, testemunha fria, onde vou destilando mágoas, desvendando traumas. As letras que emergem são pedaços da minha solidão, uma ponte entre o caos e o desejo de renascer, e, ao revelá-la, sinto-me mais perto do amor. Encontro-me em cada verso, escrever é libertar-me também, é o alimento da alma em turbulência.
Contudo, és tu, ó silêncio, a língua que mais compreendo, no vazio de tuas pausas, meu ser se estende. Palavras são fumaça, que se dissipam no ar, enquanto o silêncio, no âmago, faz-se morar.
Ah, inútil é falar, inútil é escrever, quando a verdade se oculta no não dizer. A eloquência dos gestos, a dança do olhar, a palavra que se cala, é o que há de mais raro habitar.
Nas sombras do silêncio, encontro meu personagem. Em cada pausa, um mundo vasto se revela, onde o ser e o nada se fundem.
No abismo das reflexões, o pensamento vagueia, sutilmente capturado pelo desespero. Entre a razão e o caos, a alma se incendeia.
O que te presentear.
Porque te presentear com flores que e linda porém efêmero.
Pensando e matutando cheguei em uma resposta.
O presente que mais te representa seria uma estrela brilhante e formosa sim uma estrela pós mesmo que acabe nosso amor ela ficara brilhando por geração demostrando quanto nós amamos. Por Eras permanecerá em memórias este símbolo e nos acompanhara nesta ou em outro vida.
Amizade!!
Falar de amizade em um mundo onde o Efêmero vem a cada dia tomando o lugar do Imprescindível (pessoas), não é muito fácil.
Se focarmos o nosso olhar nas experiências negativas, nas decepções, certamente não teremos motivos para celebrar a amizade, logo é necessário um olhar "multifocal", pacífico, Empático, tolerante, também realista e analítico.
Pessoas não são coisas, amigos são humanos, amigos erram e também podem causar decepção.
Amigos não se descarta na primeira estrada turbulenta da vida, Amigo se restaura, (o que não se permite ser restaurado, é porque nunca foi Amigo).
Amigo não é perfeito, mas, também não é abusivo, cafajeste, dado ao ato de deslealdade.
Amigo critica, amigo elogia, Amigo diverge, Amigo concorda, amigo se aborrece, amigo se alegra, amigo pede perdão, Amigo perdoa.
Amigo anda ao lado, amigo não “compete”.
O Amor existe, a Amizade Também!