Efemeridade do Tempo
Todo ano é novo, ele não dura mais que 12 meses. O segredo reside em torná-lo um novo ano, porque quando conseguimos isso construímos uma nova vida.
DANÇA DA CHUVA
E choveu...
E choveu...
Durante longos meses
Choveu e choveu.
Rios e mares encontraram-se num só curso.
E inundaram, e destruíram, e tudo invadiram.
E povos inteiros pereceram.
Mãos para os céus rogaram preces.
Profetas diziam que tudo estava escrito,
E agarrados às suas profecias, submergiam.
Boatos corriam que crianças com nadadeiras nasciam,
E que ricaços em transatlânticos partiam... para onde iriam?
:.
E... choveu, e... choveu...
:.
E, quem sobreviveu... com a intempérie aprendeu!
E reprojetaram, e reinventaram, e reciclaram, e tudo reconstruíram.
E da água comeram, da água beberam. E, quem diria?
A água já não mais temiam.!
................................................................
Até que... um dia...!
................................................................
A chuva cessou
E o sol novamente brilhou
E as águas retrocederam
E rios e mares aos seus cursos verteram
Profetas emergiam bradando eu já sabia!, e bisonhamente sorriam
Boatos corriam que das crianças as nadadeiras caíam
E que transatlânticos de luxo numa floresta jaziam
E o sol brilhou e brilhou...
E as casas voltaram a ser casas
As ruas voltaram a ser ruas
Os povoados voltaram a ser povoados
Barcos, obsoletos, dos telhados foram retirados
E o sol brilhou e brilhou por longos meses...
:.
Brilhou, brilhou...!
:.
E o rio secou
A colheita não vingou
E a fome imperou
Mãos para os céus rogaram preces
De onde tirar sustento, aplacar a sede?
E povos inteiros pereceram...
E, nas noites quentes da única estação que restou
Ouviam-se o chacoalhar de corpos suados
Ao tenso ritmo da dança da chuva...
:..........
12.12.2007
Hoje, me dei uma licença da dor e da solidão que eu passei durante alguns meses. Hoje, me dei à licença de ver a vida de outra maneira. De outro jeito de amar. De querer e até mesmo de construir um sonho novo. Ver amor aonde não tem é uma mania chata minha, mas ontem, eu não vi. Nem hoje, e acho que nem daqui para frente. Amores que eu julguei fortes, sólidos, se desfazem. O depois é só depois, não precisa se preocupar com ele agora. O hoje é o principal. Hoje é melhor. Posso dizer isso, em pequenas linhas. Mas há um grande sentido. Sorrir porque o menino que eu acho lindo conversou comigo. Sorrir porque eu acho graça na vida. Sorrir porque amanhã tenho um baile para ir e não levarei meu celular, para não correr o risco de ligar para ninguém. Vi-me ontem indo ao cemitério. Posso comparar com a volta dos que não foram. Fui, levei flores ao túmulo que eu abandonei e o morto saiu de lá. Veio para o meu lado e eu saí correndo. Não, quem eu enterrei um dia, que fique lá, quietinho quietinho.
Fui durante 5 meses muito feliz no chão de minha sala de aula.O contrato de afeto e confiança que firmei com os meus alunos. Das horas em que parei minhas aulas para conversar sobre a vida. Para falar pra eles que ainda é possível sonhar com uma vida mais digna. Sim, foi um contrato de respeito à eles e com os outros, da sociedade que eles partilhavam naquela sala quadrada de círculos, da continuidade da vida e respeito às suas indiferenças.
Durante todos esses meses a diferença que existe entre eles jamais foi um impedimento para fazer aquilo que querem, devemos concordar.
A DURAS PENAS
Lara barganhou o Mothorhome por meses, antes de adquiri-lo. Era um trailer pequeno, com a mesinha, armários envernizados, o frigobar e a cama. Mas não importava se fosse simples, sujo ou claustrofóbico. Bastava para ir embora. Encheu-o com tudo o que tinha e, em apenas três dias, partiu em busca de um sonho.
Ao pisar no acelerador, deixou para trás o marido. Se conheceram no ensino médio, casaram-se cedo e construíram uma cerca branca aos trinta. Aí começaram as bebedeiras, chegadas tardias, brigas, mágoas e o silêncio. Passaram a trocar poucas palavras entre si. Lara não podia dizer o que pensava, pois isso colocaria em risco o relacionamento e ela nada seria sem ele.
Foram anos de um vazio que ela viveu sabe-se lá porque. Viveu não, suportou. Servia a ele como uma empregada durante o dia e boneca inflável durante a noite. Lavava as roupas e o ouvia reclamar sobre tudo, como se ele tivesse uma vida terrível. Ela queria dizer o que sentia sobre o dia. Reclamar da queimadura no dedo, da roupa manchada ou dos cães que cagavam por tudo. Mas ao abrir a boca, temia. Que ele se cansasse, retrucasse ou ignorasse. O que era dela sem ele afinal?
O pior era quando ele partia, pois nada sobrava para fazer. Não tinha com quem conversar, a quem servir. A ambição de tornar-se fotógrafa ficara na faculdade. As amigas com quem conversava já tinham suas próprias vidas, bem longe dali. Lara fora proibida de falar com elas há muito. Depois foi, aos poucos, sufocando a si mesma. Transformando-se numa sombra, em cinza, até ser tragada quase que completamente.
Mas quase que completamente não é tudo. Escondida na fumaça, quem diria, havia uma luz. Lara a guardava dentro da caixa de sapatos, junto dos poemas que ele nunca lia. De moeda a moeda, como quem compra a liberdade da prisão, lá ela juntou as próprias economias. Só foi preciso um passo, um contato, um ato, não de covardia, para ela largar tudo de mão e correr de volta a si mesma.
Aí chega a parte que eu acho mais linda. Não foi preciso outro alguém para resgatá-la do abismo, da escuridão que ela vivia. Lara foi embora para uma terra distante, onde não havia muitas pessoas e conheceu uma das praias que ela sempre sonhou. Quando lá chegou, pelo que dizem, tirou as sandálias, segurou a saia florida e correu para o mar, agradecendo ao universo pela vida.
O marido ficou no coração, mas dele jamais precisou para ser feliz. Lara entendeu que, ao abrir as próprias asas, renasceu. Calçou as sandálias, voltou ao trailer e seguiu o próprio rumo, pelas estradas desertas, moinhos e campos floridos. Porque no final das contas é assim com todos, concluiu. É preciso saber que na vida nós viemos, ficamos e vamos sozinhos.
O INGRESSO TEM O PREÇO DO AMOR, PARA UMA VIAGEM COM DURAÇÃO DE 9 MESES, CUJO DESTINO É O MUNDO...BEM ASSIM, NASCE O HOMEM! "sirpaultavares"
Acreditar na palavra saudade vindo de uma pessoa que te deixou, não te atendeu e sumiu durante meses, é a mesma coisa que acreditar na fada do dente mesmo você usando dentadura!
A gente escuta tantos 'pra sempre' que não duram três meses, a gente vê tantos amores inabaláveis abalados e chegando ao fim, a gente percebe que a cada dia é mais difícil ver casamentos duradouros, namoros que terminam em matrimônio, a gente se entristece por ver o quanto as pessoas mentem mesmo quando julgam amar, elas machucam, elas abandonam. A gente deixa de acreditar quando escuta um 'eu te amo' devido as inúmeras vezes que já ouviu, a gente deixa de sonhar pelo cansaço que dá planejar toda uma vida, trabalhar duro pra juntar grana e no fim ver seu motivo arrumando as malas e saindo pela porta da sua vida. A gente chora. A gente se quebra por dentro e se bagunça por fora, ai vem outro alguém e lhe abraça, junta os cacos quebrados, mas você já sabe que em breve pode ser esse alguém o próximo a te desmontar, você já se mantém preparado. A gente se torna frio. A gente só tem medo de passar de novo por tudo, e de fazer parte do grupo dos 'pra sempre de três meses'. Mas a gente vai vivendo, tentando amolecer, tentando esquecer as feridas, mas o fato é que um sentimento cansado de apanhar, ensina a razão a bater.
Eu te esperei. Te esperei durante uma semana, um mês, dois meses. E nada aconteceu. De primeira eu acreditei que você fosse voltar. Que você ia olhar pra ela e pensar no quão sem graça ela era, que os meus olhos ficavam mais bonitos enquanto eu sorria, do que os ela. Mas não. De segunda eu cheguei a pensar que ela tinha uma doença mortal, e que você estava com ela apenas durante o tempo que ela viveria e que quando ela morresse você correria para os meus braços. Novamente não aconteceu. Depois de tantas suposições, tantas criações, de o porque você se foi, e de como voltaria... eu tive que aceitar. Que você não voltaria e que aquele tchau que você nunca dizia, foi o que você disse no dia da sua partida.
Alguns meses que duram.
Alguns vinhos que esfriam.
Alguns minutos de chacoalho, que por fim me pedia... Deixe-me tentar.
Gerastes em dor o que carregastes durante 9 mêses em seu ventre, e para eternidade sei que levaras o mesmo sentimento do verdadeiro e único amor...amor de ser mãe.
Os casais de namorados hoje só duram 2 meses, se você já passou dessa data, parabéns, vocês se amam mesmo.
Existem "músicas" e "músicas".Umas duram 2 semanas ,outras duram 3 meses, outras um ano e assim vai... agora..músicas de conteúdo que contam uma história,são alheias a modismos e duram para o resto da vida.Ai que eu me refiro como música de qualidade.
Maria Cecilya
Em meu ventre te carreguei
Durante 9 meses te esperei
E hoje você aqui estar
Para os meus dias alegrar.
Menina do doce amor
Como é lindo seu bom humor
Razão do meu viver
Não imagino a minha vida sem você.
Seu sorriso me faz de tudo esquecer
É a melhor coisa que me faz viver
O seu nascimento me fez amadurecer
Foi Deus que me entregou de presente você.
Maria Cecilya minha flor
Mamãe fica boba com o seu amor
O meu amor por vc é incondicional
Jamais tera metade ou final...
Se você colocar uma tipóia no seu braço durante alguns meses, quando retirar, vai ter dificuldade em retomar os movimentos.
Com o cérebro, acontece a mesma coisa!
Fk
Para você quem nasceu, sua mãe te carregou durante 9 meses, com a espera só pra ver seus olhos, seu rosto, sua perfeição. E um dos momentos mais esperados.
Para você quem ganhava mama, colo, chupeta, carinho, mimos, troca fraldas. E porque eram loucos por ti.
Para você que começou a aprender a andar a falar errado, pisca, gritar, fazer bagunça. E porque você voava.
Para você quem comemorava todos os anos seu brindes de aniversario, ganhava milhões de presentes, comia docinhos, e levava um 'pilha' de balões pra casa. E porque você se divertiu.
Para você quem acordava cedo só pra assistir uma série de desenhos, e pedia Nescau, bolacha, pão, banana com neston. E porque você escolheu sua preferência.
Para você quem apanhou, errou, quebrou, pegou, devolveu. E porque você aprendeu dizer 'sim' e 'não' e 'não repetir o erro'.
Para você quem foi no primeiro dia de aula e chorou, porque a mamãe e papai te deixaram. E porque você começou a aprender a conviver com outras pessoas e ir sozinho em diante.
Para você quem ganhou primeiro beijo, no amor pela primeira vista. E porque você começou a se apaixonar por alguém.
Para você quem chegava em casa sujo, ir para tomar banho, fazer deveres, jantar, depois dormir. E porque você já começou a aprender sozinho.
Para você quem já se formou, e sabe quanta derrota e conquista. E porque você superou os obstáculos.
Para você quem mora sozinho, trabalha, enfrentando mais grande passo para a responsabilidade. E porque você já aprendeu o que saber te manter e administrar.
Para você quem é mãe, pai ou criança, ensina a plantar o bem e colher que te faz feliz.
Porque ser criança só vive uma vez na vida. Aproveita a juventude!
SER MÃE
Ser mãe é carregar os filhos durante 9 meses no seu ventre,
Ser mãe é dar a mão para que você possa aprender a andar,
Ser mãe é acompanhar seu crescimento dia após dia,
Ser mãe é passar noites em claro preocupada com você,
Ser mãe é preocupar-se mais com você do que com ela mesma,
Ser mãe é dar bons conselhos para que o filho(a) não caía nos mesmos erros,
Ser mãe é ver os filhos de seus filhos alegremente, como se o pequeno(a) netinho(a) também fosse seu filho(a),
Ser mãe é um amor fraternal, que só perde para o amor de Deus,
Ser mãe é dar tudo de sí para o seus filhos(as) até mesmo a vida se for necessário,
Mãe é um presente de Deus pra nós os filhos,
Mãe é amor sem igual, Te amo !
Autor: Ewerton A Silva
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