Efemeridade do Tempo
É muito raro fazer parte de um laço forte e duradouro, onde os lamentos não prevalecem, o amor recíproco é uma verdade, sentimentos são correspondidos, sorrisos são sinceros,
uma genuína complicidade que afugenta os conflitos de egos
graças a Deus e sua bondade.
Quando um casal se ama verdadeiramente, a simplicidade fica mais saborosa, momentos engraçados geram risos bobos e cativantes, passam a ser mais necessários, se a intensidade estiver presente num mútuo sentir,
aguçará a vontade de ficar, de não querer partir, de não deixar partir.
A vida não chega nem perto de ser perfeita, principalmente, juntos,
mas, graças a Deus, ainda pode haver beleza nesta imperfeição
assim como há numa ocasião simples
de um homem com a sua amada
que dançam usando passos imperfeitos e desordenados em uma varanda sem luxo numa noite muito memorável.
Este não é o meu caso, talvez, nunca venha a ser, deve se por isso que tenho tanto apreço por este tipo de laço, entretanto, não pretendo desperdiçaro meu viver lamentando, considerando que o tempo ficará cada vez mais escasso, um dia irei morrer
e não quero fazê-lo sem amar ao Senhor e sem ter amor por mim mesmo.
O maior segredo da vida é entender a sua durabilidade, algumas resistem o tempo e tudo o que nele se propõe... Entretanto, outras assim como estrela cadente, surgem com um brilho intenso, mas desaparece no mesmo instante em medimos o tamanho do horizonte que a cerca.
Era um momento que podia ter durado para sempre. Mas foi apenas um eterno curto momento. Um que não volta, não muda e não se repete.
Se o destino me levasse mais uma vez até lá, se me deixasse parar o tempo e ficar ali por mais alguns minutos.
Ah, quem me dera, só mais uma vez!
A criança pura se polui
Com o tempo
A esperança é morta
Com o tempo
O eterno dura cada vez menos
Neste tempo
E a força se esvai
Com o tempo
Evento inexplicável durante uma viagem inesperada para um outro mundo, onde a racionalidade é questionada e o que parece absurdo é tratado com uma certa normalidade, lugares curiosos, muitas cores, esplêndidos, misteriosos, cenários incomparáveis de tirar o fôlego, gerando diversos questionamentos, emoções, renascimentos, inspirações, amadurecimentos, uma aventura a cada instante, sob um lapso do tempo, acontecimentos memoráveis e emocionantes, dessarte, inevitável deslumbramento por uma experiência demasiadamente significante.
Talvez o Tempo, por sua irrevogável efemeridade, seja tal qual um rio que não podemos domar; sempre impermanente, recente, irresoluto, enfim, jovem demais para assumir qualquer forma definitiva. É justamente por isso que nós, sujeitos a esse mesmo Tempo, devemos nos tornar parte de seu fluxo: não tentar resistir contra ele, que mesmo assim ele persistiria; tampouco se alienar dele, porque sua extensão é ubíqua às nossas vidas; em vez disso, tornar-se em sua inefável sintonia. A correnteza tem a água do rio em si mesma; o que acontece com a água do rio quando a correnteza é apaziguada? Em verdade, somos cada um o infinito instante sintonizado do todo eterno.
Nós somos o tempo.
Quanto mais tempo essa guerra durar, mais coisas terríveis vou ver. E quanto mais eu aprendo sobre a morte, maior é a minha convicção de que nosso primeiro dever após esta guerra será evitar outra. Ainda não sei se será possível, mas pelo menos deveríamos tentar o máximo que pudermos.
Já só me resta o tempo útil para gente humana. Gente que descobriu a efemeridade, a mortalidade e a bondade. Gente como aquele último quadradinho de chocolate de uma tablete inteira: só aquele último pedacinho tão ansiado... e o mais saboroso de todos. Gente tão preenchida, gente tão profundamente serena e sábia. Gente ainda ávida de partilhar e de aprender; de se dar em dádiva sem retorno. Gente que segue o seu rumo e não se demora na mediocridade do mundo. Já só me resta tempo para Gente com asas nas palavras e no gesto.
Já vivi mais do que me resta ainda viver e só quero gente que vive eternamente. Gente de alma, porque soube que a carne o osso são apenas restos da terra.
Já só preciso de gente que vem da primavera com girassóis na voz e a flor de lótus no olhar.
2019, José Paulo Santos
*Poeta e Autor de Aldeias em Mim
Hoje acordei e durante quase duas horas, fiquei olhando para o teto branco do meu quarto, e não era um olhar de admiração, não era. Era um olhar para o nada ou para tudo. Faltava-me força para levantar. As dores eram horríveis. Não sentia firmeza nas pernas, meu coração batia descompassado e num ritmo tal qual a bateria da Mocidade Independente. Meus olhos ardiam. Calafrios sequenciais. Sentia minha boca seca e meu corpo queimando em brasas. Resolvi consultar um médico, e lá fui eu sentar em frente ao computador, porque, afinal de contas, quem tem Google, não precisa de um médico real, ou precisa? Então, sentada com meu “médico”, disparei as pesquisas na página de busca, coloquei todos os sintomas, e ele, o Google, ou meu doutor, em segundos me deu inúmeras possibilidades: Chikungunya, dengue, zika, malária, pneumonia e tantas outras. Acreditei ser meu fim. Voltei para a cama e achei que chamar um padre para a extrema-unção seria o melhor a fazer, não custa nada estar preparada, mas, não o fiz. Por alguns instantes parei para pensar na vida, na minha vida, vida essa que não me deixa viver. Que me faz refém da rotina que eu mesma criei. Rotina essa que me consome dia após dia; falta de tempo ou de uma organização que não me deixe tempo hábil para fazer coisas prazerosas das quais preciso tanto: dançar, ir ao parque, cinema, teatro, rever amigos. Coisas que, por conta da correria, acabo deixando para depois, só que esse depois nunca se torna agora. Após essa breve análise, descobri que não tinha doença nenhuma para aquela imensa fadiga, desânimo, dores da alma. Realmente não era nenhuma patologia. Eu não estava doente: o que eu tinha era vida. Ou não tinha! Esse é o meu mal: não viver, só sobreviver. Esse é o mal desse século, temos tempo para tudo, menos para VIVER
Não é o tempo que marca, mas sim a força do sentimento. Nem sempre o eterno é aquele que dura muito.
Durante uma viagem, a face da realidade muda com as montanhas e os rios, com a arquitetura dos edifícios, a disposição dos jardins, a linguagem, a cor da pele. E a realidade de ontem queima na dor da separação; o dia anterior é um episódio finalizado, para nunca mais voltar; o que aconteceu há um mês é um sonho, uma vida passada.
O som lá fora
faz tudo aqui dentro
parecer silêncio.
Tudo o que eu construí
parece durar
até o fim desse barulho
que não é meu.
Fadado a sobreviver
aos escombros,
minha covardia reza
para que da próxima vez,
façam barulho por muito mais tempo.
Fé e otimismo são tão diferentes! Enquanto a fé dura a vida toda, o otimismo, ao contrário, não sobrevive mais que poucos minutos
Não importa o tempo que chegue. O que importa mesmo é que não se importe com o tempo que vai durar, porque um verdadeiro amor há de durar pra sempre.
Que o nosso bom caráter, e a nossa verdadeira essência, sejam tão duradoura quanto as calças jeans, a Coca-Cola e o converse all star.
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