Efemeridade
Você, incapaz de reconhecer a verdadeira profundidade do amor, contenta-se com a mera efemeridade de se apaixonar. És uma criatura insípida, desesperada por uma chama artificial para iluminar sua patética existência.
"A efemeridade da vida deverá, mais do que tudo ser consumida em adoração a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo com todas as forças"
Ao buscar constantemente a efemeridade de encantos passageiros, talvez você esteja perdendo a oportunidade de apreciar o verdadeiro tesouro que tem ao seu lado, aquele que está comprometido em caminhar ao seu lado, mesmo nos momentos mais difíceis.
Nossos corações entrelaçados na teia do impossível, onde a eternidade abraça a efemeridade, e o amor dança nas sombras dos destinos desconhecidos
O que o homem
diante da efemeridade da vida?
Sangue e pó
Entre nervos e juntas
Água,
Chão
Pisa o abismo entre chamas e brasas
O vento sopra
A chuva cai
Oscila o tempo, acalma o temporal
de pingos e pingos umedecida a alma
Da tarde, do ocaso
Esperando o amanhecer!
A vida humana é um sopro instantâneo. A imprevisibilidade da morte, da fraqueza e da efemeridade de sua vida, faz-nos mais sofredores do que irracionais.
Na efemeridade da vida, descobrimos que a verdadeira riqueza reside na marca que deixamos através de nossa história, não nos bens materiais que acumulamos.
Talvez o Tempo, por sua irrevogável efemeridade, seja tal qual um rio que não podemos domar; sempre impermanente, recente, irresoluto, enfim, jovem demais para assumir qualquer forma definitiva. É justamente por isso que nós, sujeitos a esse mesmo Tempo, devemos nos tornar parte de seu fluxo: não tentar resistir contra ele, que mesmo assim ele persistiria; tampouco se alienar dele, porque sua extensão é ubíqua às nossas vidas; em vez disso, tornar-se em sua inefável sintonia. A correnteza tem a água do rio em si mesma; o que acontece com a água do rio quando a correnteza é apaziguada? Em verdade, somos cada um o infinito instante sintonizado do todo eterno.
Nós somos o tempo.
"A efemeridade da vida se assemelha à rapidez com que uma sombra se transforma e desaparece ao anoitecer. Na monotonia cotidiana, iludimos a nós mesmos com a sensação de um tempo interminável, mas, na verdade, a vida se esvai velozmente, como uma sombra que foge sem aviso prévio. Essa analogia nos instiga a refletir sobre a importância de vivenciar cada momento e apreciar as experiências que moldam nosso percurso, pois, de maneira similar à sombra ao anoitecer, a vida se esvanece sem aviso."
Cada minuto, um poema em gestação,
A efemeridade da vida, a emoção.
Amor e conexão, temas recorrentes,
Na vastidão do universo, apenas sementes.
Ainda é tempo, sempre é tempo de amar,
De fazer do tempo uma canção a ecoar.
Mostrar ao mundo que o amor é o caminho,
E que em cada verso, há um novo carinho.
Repito em meus versos, em cada recriação,
Lembrando que o amor é nossa salvação.
É ele que, como um rio, nos faz crescer,
Aumentando o tamanho do mundo em nosso ser.
"A vida é um sopro,
cujos ventos cintilam em nossas velas içadas,
em que o tudo,
ou o nada,
não produz rama,
ou faz morada."
"Temos a escolha de dedicar nossas vidas ao acúmulo de bens materiais e formas de poder, que por sua natureza são perecíveis e efêmeros, ou por outro lado, colher o melhor de cada ser, com quem possamos estimar não o ter, mas o comprazer de compartilhar momentos felizes, a solidariedade nos instantes tristes, mas sobretudo, a semeadura daquilo que, ao fim e ao cabo, se constituíra em nosso único e verdadeiro legado, o que de bom houvermos plantado no coração das pessoas enquanto estivermos por aqui, nesta passagem fugaz."
"Segue em frente sem olhar para as circunstâncias, cultiva lírios mesmo em meio aos tempos áridos, embala sonhos sem mágoas ou rancores.
A vida é efêmera, mas nos pertence a escolha do que fazermos dela."
Efémera, a vitória é como a brisa que passa, como o orvalho que evapora ao primeiro toque do sol. Hoje, no cume, brilhamos, amanhã, talvez, no fundo do vale, apenas lembrança. A posição social, esse palco transitório, erguido sobre ilusões, desmorona-se ao sopro do tempo.
Devemos ser o melhor de nós mesmos, quer no topo, onde o vento é mais forte e o frio mais cortante, quer no fundo, onde a sombra nos envolve e a terra nos acolhe. Cada instante pede a plenitude do nosso ser, como se cada respiração fosse a última, como se cada gesto pudesse durar uma eternidade.
A derrota, essa fiel companheira, vem sempre, sutil ou implacável, lembrar-nos da nossa fragilidade. E, no fim, a morte, que conquista tudo, até o próprio tempo, ensina-nos que nada permanece, tudo é passagem.
Sejamos, então, inteiros na nossa efemeridade, autênticos em cada passo, e que a nossa essência seja a única constância na incerteza do viver.
Enquanto possível respirar,
E houver ainda dia após dia,
Se ocupa Ela em maestrar
Das maravilhas, a sinfonia.
Tudo há de transpassar,
Dentro Dela assim o falo,
O mais longo intervalo
Entre choro e despensar.
Nas mãos do tempo perdura
Pressa em mandá-La embora,
Ou devanesceriam, em nada.
De padecer, é então hora
Sob Sua efêmera jornada.
O fim da minha loucura.
Tudo nesta vida escapa de nossas mãos, a vida é efêmera, os momentos são fugazes. Nada se leva, até mesmos as frases e as palavras já não são mais minhas. Então por que escrever se nem elas me pertencem? Elas ficam aqui de presente, por fim, ao mesmo tempo são eternas. Mas entanto por que não escrever? Se elas surgem, tratarei de escrever!
Tudo é tão nada nosso,
Nada é tão nada nosso,
Que no fim qual é o sentido das posses?
De tudo?
Ter que se desapegar até das palavras,
Elas são eternas, deixo-as de presentes.
E no fim, já que elas surgem, por que não deixar, não é mesmo?
(09/02/2018)