Eco
Eco de Saudade -
Sou pedra de silêncio sem sentido
um eco de saudade pela rua
a sombra de um passado, ressequido,
ausência, meu Amor, mas sempre tua.
Sou um longo xaile negro d'ilusão
aos ombros de um destino que é o meu
ó Deus o que será de um coração
que tanto se entregou e se perdeu?!
Duas vidas tão unidas, separadas
dois seres que se amaram, sem sentido
duas Almas incompletas, mal-amadas
dois amantes sem destino, proibidos.
Meus olhos já nem choram esta dor
meu canto já vacila nestes versos
já não sei o que fazer a tanto amor
perdido na carência dos desejos.
Talvez um dia oiças, quem me dera,
o Fado que hoje canto à despedida
de ti meu coração já nada espera
amor que tanto amei além da vida.
A vida tem a tendência de eco, muitas vezes não entendemos os motivos, no entanto, somos tudo aquilo que transmitimos, sentimos, pensamos e fazemos.
E aí, como está o seu eco?
“A humildade é silenciosa, mas genuína; a modéstia, às vezes, pode ser o eco de uma escolha estratégica.”
"A força de uma mentira não está em sua natureza, mas no eco que encontra em ouvidos que desejam acreditar."
O eco nunca retorna como ruído, mas com um imenso impacto exato, das minuciosas palavras que foram reverberadas
A voz de Deus é o grande eco que se propaga no coração de quem o procura e na consciência de quem o escuta
Cada pingo na janela
Traduz no eco a voz bela
Do vento a tocar a flor
Cada gota feito lágrima
Cada gesto cada amor
Amanhece e já é dia
De sonhar em euforia
Toda sorte que chegar
Serenatas rotineiras
De pardais nas cantoneiras
Nos levantam trabalhar.
E assim se faz a vida
Como ondas a rondar
Nesse breve calafrio
Ou no lume versejar
Cada curva traz montanha
Onde a alma livre assanha
Querendo encontrar
Um azul que já nem sei
Quem é o céu ou é o mar.
In Out
"" De sua passagem
Apenas um eco
Em sua chegada
Um fervor sem nexo
Na sua estada
Amor pra lá de convexo
De sua partida... Imensidão
Era alma, paixão...
Além do sexo...""
Oscar.
Planejar a infelicidade dos outros é abrir abismos para si mesmo. Quem arquiteta o mal ao seu semelhante, recebe o mal duplicado. Pois a vida é como um eco que nos devolve tudo aquilo que praticamos.
Quem sou?
Não sei se sou uma sombra, ou um ser perturbado por uma névoa esquizofrênica.
Não sei o que sou... ou o que me tornei... me sinto como uma dor fantasma... como uma veia, só que sem sangue.
Isto tudo iludi minha mórbida e suposta existência, ainda não sei, talvez eu esteja infinitamente perdido... como uma voz conversando com uma caverna... talvez eu seja o eco de uma vida passada... Tudo é tão embaraçoso... ou estou realmente no limbo?
No fundo sei que estou preso... mas onde?
Para onde fui? (no inferno, você imagina)
Numa poça, eu posso ver olhares fúnebres e distorcidos
Olhos sem brilhos, como uma mortalha sobre o olhar de um cego.
Sinto que não importa onde quer que eu vá, minha mente não dar vida além dessas muralhas sombrias e transparentes.
A paisagem mórbida e fúnebre me assombra.
Para onde foi enviada minha sombra profana?
Presa nessa floresta infestada de vultos com olhares melancólicos?!
Caminho, e caminho e nada muda, apenas a profunda escuridão em meu interior:
- Quem sou? Para onde fui arrastado? Qual será meu castigo?
Talvez isso seja um pesadelo, ou apenas a mente de um esquizofrênico.
Se eu não consegui dizer o que sinto por você através dos meus silêncios, minhas palavras jamais saberão te contar. E o vazio das letras te leva pra longe de mim... E acabo te encontrando no eco nostálgico do meu solitário sentir.
” Querias que eu falasse de "poesia" um pouco mais... e desprezasse o quotidiano atroz... querias... era ouvir o som da minha voz e não um eco - apenas - deste mundo louco!”
(trecho extraído do livro em PDF: Baú de Espanto)
Passeia o teu olhar pelos meus recantos...
E se assim o desejas...
Dou-te a alma inteira...
Tudo fiz para ti...
E ingrato fostes...
Pagando-me com a ingratidão...
Sem fim...
Que importa?
Ninguém sabe...
Nem tu mesmo o sentes...
Entreguei-me em tuas mãos o que escondo dentro...
E foste indiferente...
Nada sentistes...
E ainda nada sentes...
Procuro-te por dentro da noite...
Ponho-me no silêncio nas horas duvidosas...
Morto é o contentamento...
O engasgo tão grande...
Que aperta-me o coração...
Não sei se fiz mal, se bem....
Mas fiz...
O dia e a noite são iguais por dentro...
E sigo com a ilusão...
Alimentando esse redemoinho de estranha situação...
Peço-te em pensamentos...
Não me atrevo a dizer-te...
Não me esqueças...
Embora ouça o eco do amor há muito soterrado...
Mas o que tem de acontecer que aconteça...
Triste escolha...
Triste fado...
Sandro Paschoal Nogueira
As nossas análises são dirigidas por uma estrutura formal: a ideia do Infinito em nós. Para se ter a ideia do Infinito, é preciso existir como separado. Essa separação não pode produzir-se como fazendo eco apenas à transcendência do Infinito. Senão, a separação manter-se-ia numa correlação que restauraria a totalidade e tornaria ilusória a transcendência. Ora, a ideia do Infinito é a transcendência, o transbordamento de uma ideia adequada.
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