Eco
Sou a sombra na aurora, o eco no abismo. Sou a busca incessante, a alma inquieta. Sou o sonhador incansável, mergulhado em mistérios. Sou a chama ardente, a inquietude dos versos. Sou o eu que se desvenda, nas entrelinhas do ser, em constante renovação, buscando se compreender.
Perdido no labirinto da incredulidade,
Eu sou um eco que busca identidade.
Na procura do eu verdadeiro, mergulho,
Liberto-me das sombras do meu casulo.
Amar à sombra do impossível é uma arte, Entre risos e lágrimas, a vida parte. No eco do silêncio, o coração reparte, Um amor impossível, na poesia a se retratar.
Na dança intricada entre o efêmero e o eterno, a morte não é apenas um fim, mas um eco que ressoa na eternidade da beleza que deixa para trás em um toque celestial ao ato final...
“A política não é apenas o que acontece nos corredores do poder, mas sim, a voz de cada cidadão ecoando nas decisões que moldam o nosso destino.”
Na penumbra dos sonhos desfeitos,
O coração pulsa em compasso errático.
Um eco de promessas não cumpridas,
A melodia do amor desafinou no trágico.
No jardim das esperanças murchas,
As flores da paixão perderam o viço.
A promessa de eternidade, agora apenas cinzas,
Desfeitas pelo vento frio do descompasso.
Os olhos que outrora brilhavam como estrelas,
Agora refletem a escuridão da desilusão.
A doce sinfonia do amor, um mero lamento,
Na partitura da alma, uma triste canção.
Palavras ditas, mas nunca verdadeiramente sentidas,
Como pedaços de vidro, cortaram a confiança.
O amor, que parecia eterno em sua essência,
Agora desmorona como castelo de areia na bonança.
As lágrimas, testemunhas silenciosas da despedida,
Escorrem pelos sulcos da face marcada.
A desilusão, uma sombra que se insinua,
Um véu que encobre a luz que um dia brilhava.
Mas, no âmago da desilusão, brota a resiliência,
Um renascer das cinzas, como fênix em ascensão.
A dor se transforma em força, a tristeza em aprendizado,
E no coração ferido, germina a semente da renovação.
No sepulcro gelado do meu ser desfeito,
Sou apenas o eco de um amor que se perdeu.
Não sou vivo, nem morto, apenas um sujeito,
Afogado em lembranças do que já se dissolveu.
Meus passos ressoam como suspiros ao vento,
Nas ruas vazias da despedida e da saudade.
Alimento-me de silêncios, lembranças de um lamento,
Onde sonhos desvanecem na cruel realidade.
Oh, como é amargo o gosto deste fim inevitável,
Onde meus olhos buscam somente o vazio.
Meus dias se esvaem na sombra indesejável,
De um coração que sabe que está sozinho neste rio.
À luz trêmula da lua, procuro um alívio breve,
Mas só encontro o frio da solidão que me assombra.
Neste corpo cansado e triste, um naufrágio leve,
Para a certeza amarga de que morrerei sem sombra.
Sou o espectro de um amor que já não arde,
Afundado nas águas profundas da desilusão.
Onde tudo se desfaz no adeus que não tarda,
De uma história que termina sem perdão.
Não me chame de vivo, pois já não sinto a vida,
Sou apenas um eco de um tempo que já foi.
Fragmentos de um amor que se despedida,
Sou o que resta de um sonho que já não ecoa mais em mim.
Como palavras escritas em um papel sem cor,
Sou a dor que caminha na estrada da solidão.
Um destino traçado pela dor do dissabor,
Busco em cada adeus um novo caminho, uma nova razão.
Mas só encontro o vazio, a certeza de um adeus,
Neste mundo onde ser é um fardo, uma sina.
E assim sigo, sem vida, sem morte, sem um novo adeus,
No labirinto do destino que insiste na dor que destina
"O ECO DA SOLIDÃO."
Em um mundo de sombras e melancolia,
Sou um eco perdido na vastidão fria.
Meu ser é um vazio sem fim,
Um labirinto onde me perco em mim.
No palco da existência, sou apenas um ator,
Representando um papel sem amor.
As máscaras caem, revelando a solidão,
A dor que atravessa meu coração.
Desvendando os mistérios da vida sem cor,
Busco respostas no silêncio do meu torpor.
Sou um enigma sem solução,
Uma tristeza sem melodia ou canção.
Navegando nos mares da alma perdida,
Em busca de uma luz, de uma saída.
Mas o horizonte é sombrio, sem esperança,
E o peso da existência, uma cruel dança.
Assim sigo, pelo caminho incerto e sombrio,
Em busca do sentido que perdi em meu desafio.
Um poeta sem versos, um navegante sem rumo,
Afogado em um mar de tristeza e de prumo.
No eco do silêncio, a certeza se faz presente,
Jamais ouvirei sua voz, nunca mais suerei seu olhar cintilante,
Perdido está o encontro que um dia nos uniu,
Em um horizonte distante, desvaneceram-se os momentos a sós.
Nunca mais sentirei o toque da sua mão,
O aroma que me embriagava, já não mais virá,
Os abraços que acolhiam meu ser, agora são lembranças vãs,
E as palavras trocadas, perdidas no vento, sem direção.
O sol se põe sem sua presença ao meu lado,
A praia testemunha a ausência do seu sorriso radiante,
Tudo se transformou em um eterno "nunca mais",
E no vazio que restou, ecoa a melancolia do adeus.
“A alma é o eco das nossas verdades mais profundas, enquanto a mente é o labirinto das ideias que buscamos; juntos, formam a essência do que somos e do que aspiramos a ser.”
Infinita em Minhas Reticências...
Sou feita de silêncios,
De pausas que se estendem,
No eco das palavras não ditas,
No abismo dos pensamentos que me prendem.
Sou o espaço entre as linhas,
A hesitação que não se revela,
Onde o tempo se dissolve
E a verdade se desvela.
Minha alma é vastidão,
Um universo inacabado,
Em cada reticência que deixo,
Há um segredo velado.
Há tanto por dizer,
E ao mesmo tempo, nada,
Pois nas reticências que crio,
Minha essência é revelada.
Sou infinita em minha ausência,
No que deixo por falar,
E nas reticências da vida,
Continuo a me encontrar.
Renascimento
Ele caminhava pela rua com passos leves, mas a mente pesava como nunca antes. O eco das palavras que nunca foram ditas rodopiava em sua cabeça, criando um turbilhão de emoções que ele não conseguia conter. O dia estava cinza, uma coincidência ou talvez um reflexo do que sentia por dentro. O silêncio ao seu redor parecia zombar da confusão que o consumia.
Lembrava-se de como ele era diferente, ou pelo menos parecia ser. Naquele início, quando cada gesto dele parecia prometer algo novo, algo que jamais o faria reviver os medos do passado. Ele se entregou de corpo e alma, acreditando que dessa vez seria diferente, que ele ficaria. O sorriso dele tinha aquele brilho de esperança que ele tanto desejava encontrar em alguém. E ele se permitiu acreditar, contrariando os próprios receios, que ele não era como os outros.
Mas o tempo, cruel como sempre, revelou sua verdade. Ele se tornou aquilo que ele mais temia: alguém que parte. Não importava o quanto ele tivesse planejado, sonhado ou desejado; ele se mostrou efêmero, uma presença passageira, quase como um sonho bom que, ao despertar, se desfaz no ar. Ele percebeu, com amargura, que havia criado expectativas em torno de algo que nunca fora real.
Sentiu-se vazio, como se todas as suas forças tivessem sido sugadas por um abismo sem fim. Mas então, algo dentro dele começou a mudar. Uma força antiga, quase esquecida, emergiu das profundezas de seu ser. Uma lembrança de quem ele realmente era, antes dele, antes de todos.
Ele parou de caminhar por um momento e olhou para o céu. As nuvens cinzentas começavam a se dispersar, permitindo que alguns raios de sol atravessassem, iluminando suavemente a cidade. Sentiu uma onda de determinação invadir seu peito. Ele foi um momento, um capítulo em sua vida, mas não o fim da história.
Ele seguiria em frente, como sempre fez. A estrada à frente era longa e cheia de incertezas, mas ele estava pronto. Não mais dependeria de promessas alheias para ser feliz. Seu caminho seria traçado por seus próprios passos, fortes e decididos. E assim, ele seguiu, deixando para trás as sombras do passado, caminhando em direção ao futuro, onde sabia que encontraria a si mesmo novamente.
No eco silencioso do meu coração ferido,
Reside um amor, por Alessandra não correspondido.
Suave é o suspiro, triste a melodia,
Na dança da saudade, onde a esperança se esvazia.
Seus olhos, estrelas que não olham para mim,
Meu coração, um poema perdido no jardim.
Alessandra, em meu peito, um desejo proibido,
Caminho solitário, onde o amor é dividido.
Cada palavra não dita, uma lágrima escondida,
No livro do silêncio, a história é vivida.
Alessandra, musa inalcançável do meu fado,
Meu amor, uma carta não enviada.
Na tristeza das noites, te chamo em segredo,
Mas o silêncio cruel é meu único enredo.
Alessandra, és o sonho não realizado,
Meu coração, eternamente desamparado.
Quase é o eco solitário da oportunidade perdida, a sombra que paira sobre o que poderia ter sido, a palavra mais triste que existe.
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