Eco

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A vida é um eco. Se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está emitindo.

Não há plantas boas para comida que não o sejam também para cura. O excesso é que causa problemas.

A concisão é a essência da inteligência

Apenas os pequenos homens parecem normais.

Os que os faz viver é o que os faz morrer.

O primeiro dever do bom inquisidor é o de suspeitar antes dos que te parecem sinceros.

De dia cura-se o corpo com ervas boas e de noite se adoece a mente com ervas más

Longe de ser uma entidade fechada em si, toda obra de arte que merece esse nome passa a existir no contato com o receptor, e renasce a cada nova interação com um novo espectador ou ouvinte. A fruição artística é, na verdade um diálogo.

Deus se nos manifesta de fato mais naquilo que não é do que naquilo que é, e por isso as similitudes das coisas que mais se distanciam de Deus nos conduzem a uma opinião mais exata sobre Ele, para que saibamos assim que Ele está acima do que dizemos e pensamos.

Rir do mal é não estar disposto a combatê-lo. Rir do bem é desconhecer a força com o qual o bem difunde-se a si próprio.

O prazer culpado de se deliciar com desastres faz parte da natureza humana.

Os que não podes amar, teme-os

Talvez a missão daqueles que amam a Humanidade seja fazer com que as pessoas se riam da verdade, porque a única verdade consiste em aprender a libertar-nos da paixão insana pela verdade.

Todos somos hereges. Todos somos ortodoxos. Não é a fé que um movimento oferece que conta. Conta a esperança que propõe.

Terroristas não saqueiam para possuir, nem matam para saquear. Matam para punir e purificar através do sangue.

O olho do homem serve de fotografia ao invisível, como o ouvido serve de eco ao silêncio.

Machado de Assis
Esaú e Jacó (1904).

É ela! É ela! É ela! É ela!

É ela! é ela! — murmurei tremendo,
e o eco ao longe murmurou — é ela!
Eu a vi... minha fada aérea e pura —
a minha lavadeira na janela.

Dessas águas furtadas onde eu moro
eu a vejo estendendo no telhado
os vestidos de chita, as saias brancas;
eu a vejo e suspiro enamorado!

Esta noite eu ousei mais atrevido,
nas telhas que estalavam nos meus passos,
ir espiar seu venturoso sono,
vê-la mais bela de Morfeu nos braços!

Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!...
Quase caí na rua desmaiado!

Afastei a janela, entrei medroso...
Palpitava-lhe o seio adormecido...
Fui beijá-la... roubei do seio dela
um bilhete que estava ali metido...

Oh! decerto... (pensei) é doce página
onde a alma derramou gentis amores;
são versos dela... que amanhã decerto
ela me enviará cheios de flores...

Tremi de febre! Venturosa folha!
Quem pousasse contigo neste seio!
Como Otelo beijando a sua esposa,
eu beijei-a a tremer de devaneio...

É ela! é ela! — repeti tremendo;
mas cantou nesse instante uma coruja...
Abri cioso a página secreta...
Oh! meu Deus! era um rol de roupa suja!

Mas se Werther morreu por ver Carlota
Dando pão com manteiga às criancinhas,
Se achou-a assim tão bela... eu mais te adoro
Sonhando-te a lavar as camisinhas!

É ela! é ela, meu amor, minh'alma,
A Laura, a Beatriz que o céu revela...
É ela! é ela! — murmurei tremendo,
E o eco ao longe suspirou — é ela!

A felicidade é como um eco; responde, mas não se aproxima.

O amor e a amizade são como o eco: dão tanto quanto recebem.

O amor é um som que reclama um eco.