Eco
"Há muita gente que, assim como o eco, repete as palavras sem sentimento e sem lhes compreender o sentido."
Foi uma excelente invenção Pã ou o mundo ter escolhido Eco como esposa em lugar de qualquer outra fala: é que a verdadeira filosofia traduz as próprias palavras do mundo; e, fielmente!...
As fragas,deixam o eco da tua voz...
as silvas,deixam o teu corpo a sangrar...
as urtigas,deixam marcas no teu corpo...
que só o amor pode curar...
as cerejas,são tão doces,como os teus beijos...
são o mel da tua boca,que me deixa louca...
de amar-te ao luar!!!
Das fragas sai a alma...
dos campos,o coração...
das pedreiras,sai o eco...
dos rios,a nossa própria podridão...
do mar,sai a pureza,da nossa solidão!!!
Há dias em que o meu silêncio é eco mais alto
Do grito que a minha alma pode dar
É o meu tempo de reestruturação...
Nesse momento respiro fundo
Não penso...
Desligo-me temporamente
Fico ali, olhar fixo
Olhando para dentro
Do espaço cinzento...
O fulgor já me é passado
A felicidade?
Está em algum lugar onde haja sol.
Com um certo amargor na boca
Vejo que o tempo passou rápido demais.
Restaram-me as lembranças
Um instantâneo para meus dias nublados
Fotografias tão presentes na minha memória
É nesse momento que reescrevo minha história
As imagens vão chegando
De algo ou de alguém que ascendeu as minhas cores
E uma espécie de centelha
Rasga-me o cinza melancólico
Numa paisagem simples
Que me ultrapassa a alma em cores bucólicas
Então ouço o eco do meu silêncio...
Ainda há tempo!
O céu nunca tem as mesmas cores
E as nuvens jamais permanecem num mesmo lugar.
O oco
É o eco
Que matamos.
É o sufoco,
É o beco
Onde caímos.
É o silêncio triste
De um canoro harmonioso.
Narciso era um jovem e belo rapaz que rejeitou a ninfa Eco, que desesperadamente o desejava. Como punição, foi amaldiçoado de forma a apaixonar-se incontrolavelmente por sua própria imagem refletida na água. Incapaz de levar a termos sua paixão, Narciso suicidou-se por afogamento.
Sou teus medos, sou teu perdão.
Sou tua cólica, tua solidão, sou o eco que vem de todos os lugares, e de lugar algum.
Sou a incoerência do resultado, sou a irrelevância da questão.
Sou o nada, e ao mesmo tempo tudo. Sou o próton, sou o elétron.
Eu sou um átomo, e sou um universo.
Sou um homem, uma mulher, um feto.
Sou o catarro cuspido no chão, e a cor que escolheram para a parede.
Sou a luz da Lua, eu sou a Lua.
Eu sou você, e ao mesmo tempo aquele que você procura.
Eu sou só um velho deprimido com a idade, ou um jovem feliz de ignorância.
Sou uma mera escritora, como todo o resto.
E mais do que tudo, sou eu mesma, de um jeito que nenhum outro eu jamais foi.
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