Eclipse
MOMENTO DE PAIXÃO
De repente as estrelas se acendem no céu dos teus olhos
num eclipse a lua revela seu amor ao sol
neste momento nada te importa
posso ver em teu rosto o jardim de flores que brotam.
Se a vida te reservou um momento de felicidade
para o tempo e abraça no vento a tua metade
vejo em teus olhos a ânsia louca
de um desejo perdido entre o medo de tocar minha boca.
Em silêncio a manhã devora tua madrugada
pelas folhas oscila teu nome em gotas de orvalho
e porque não? Chove lá fora
em barquinhos meus beijos naufragam por teu rosto agora.
O outono nasceu outro dia e já foi embora
o inverno queimou-me de frio por tua demora
teus lábios trazem a primavera
como se nele brotasse todas às flores da terra.
Solidão arrumou suas malas p'ra uma viagem
vai morar num deserto escuro que não tem paisagem
então me faço...no teu abraço
minha vida largou-se mim p'ra viver no teu passo.
Te procuro enquanto te juro ser p'ra sempre teu
teus carinhos deslizam teus dedos sobre o corpo meu
Já não existo...não sou meu dono
as palavras me obrigam a perder-me e dizer que te amo.
A lua por mais distante que esteja do sol, nunca deixou a solidão apagar seu brilho. É no eclipse que o tal beijo das histórias de amor acontece. Amar é isso, esperar um pelo outro mesmo que tudo pareça impossível.
Eclipse do verbo...
"Pois"...
Vida, cheia de reais sonhos.
Nas virgulas ,,,
Nas voltas...
Os sonhos voltarão um dia.
Depois das virgulas ,,,
Das voltas...
Eclipse Lunar
Enrubescida lua de ontem...
Arremessando filiformes lanças
em brilhos raios
direto na retina.
Lunar eclipse de abril...
Raro feito tu
somente as noites sombrias das guerras
e as manhãs frias de dezembro.
No olhar, aparatosa visagem de estrelas escondidas
em densas nuvens adensadas às pressas
por temor de tal fenômeno
que aterroriza momentaneamente os céus.
Sol, lua e terra convergindo
conspirando antes do amanhecer
tramando às ventas de Zeus
planos indecifráveis, planos infalíveis.
Cobre cor em contornos tórridos
perfazem o torso de astros subordinados ao firmamento.
No espaço ilimitado e indefinido onde se movem os astros
um satélite é silenciado, por alguns instantes a terra se cala.
Zeus ira-se ao descobrir tal trama
resistente em sua inteligência
entra em litígio com seus subordinados.
Deuses (outros), tentam atenuar a decisão colérica de Zeus.
Mas Zeus em seu ineditismo
declara o fim da escuridão -
Sol e lua são condenados a permanecer em sua temporalidade habitual
e a terra, é absolvida por sua insignificância.
Under eclipse on endless darkness
Will erase the human ignorance
To raise all gods corpses by soturne mercy
“Clipes, eclipse, apocalipse e ouros fins”
“E como se nunca tivesse ido, ele voltou.
Rindo das próprias idas e vindas, passando por cima
das despedidas, melancolia ressentida, muito Rock´n´roll.
Fez dos próprios braços a foice e do passado sombrio,
Tez de olhos rasos, coice no pecado, consentiu.
Me envolveu com ternura digna do apocalipse,
E se eu não ouvisse a juá benigna frente ao eclipse,
Eclipse da tua ida com a tua vinda,
Veria novamente a dor da despedida,
Mais um dia de porta sem maçaneta no nada da vida,
"Amor, pode ser um planêta, pode ser violão...Pode ser a lua em eclípse total. Ou quem sabe canção?
Amor é incógnita,insolação em pleno inverno.
Quem escreve de amor, pensa nele eterno.
E seja como for.
Se amor fosse definido.
De certo, não seria amor".
Os navegadores do nome
Eles partiram sem índice logo após o primeiro eclipse.
Atravessaram a duração das águas
cobertos com o frio quente da aventura.
Vestidos apenas de universo
habitaram o avesso do abrigo
- ainda assim, dormiram como santos.
Eles partiram antes da invenção do estilo.
Procuravam arranjos perfeitos de palavras,
tecidos grávidos de sentido.
Não temiam o grito do infinito.
Tambor de guerra, tremor de terra, nada os estremecia.
Tinham coragem de artista.
Muito antes do descobrimento da história, eles partiram.
Abandonaram mulheres, panelas e fogueiras,
meninos pedindo colo e caminho.
Surdos a súplicas,
cegos como morcegos,
foram em busca do nome que habita o ovo e o velho,
a sombra da espada e o espelho.
Eles partiram antes do nascimento de Dante,
antes do enterro de Homero.
Paladinos do destino e da palavra,
navegaram em busca do nome que habita o Homem.
(Partiram também – em grandes levas – no século XIX,
quando a humanidade se despedia do silêncio e gestava o
próximo ancestral.)
Eles partiram hoje de manhã.
Eu os vi da minha janela,
me deu um troço, uma certeza,
e eu parti com eles.
Que possamos sempre nos lembrar que teremos dias de chuva, de sol, de céu sem estrelas ou de eclipses lunares. Mas tudo passa. E é este estado de impermanência que enriquece os nossos aprendizados e nos torna experientes. Não existe nada mais rico que o ritmo da vida. O seu momento de fazer diferente é hoje, é agora; portanto, faça diferente.
►Depois do Eclipse
Jamais poderei reclamar por algo que você não me deu
Jamais poderei brigar por algo que não aconteceu
Estava pensando, o erro seria todo meu
Por esse motivo, meu coração se rendeu
Desisto, não serei mais um estorvo teu, adeus.
Nunca pensei que o amor fosse, de fato, cego, me enganei
O amor pode ser uma ilusão, hoje eu sei
Eu me deixei fantasiar de mais,
Acabei por não enxergar o golpe sagaz
Me deixei ser envolvido em teias de mentiras,
Que roubaram minha paz e provocaram feridas
Acho que agora sei por que poucos namoram
Hoje em dia há beijos que não se gostam,
Que só se tocam, mas que não compartilham do mesmo cosmo.
Minhas cartas de amor foram sinceras,
Mas fui ingênuo em não perceber suas indiretas
Mal as liam, para resumir, dizia ser suas prediletas
Eu estava traçando minhas metas,
Mas você as bombardeou quando expôs as falsas promessas
Caminhei tanto para te alcançar,
Porém, sentado aqui, comecei a pensar
Talvez eu deveria ter ido devagar, para não em derrubar
Tropecei em ligações não respondidas
Me feri em espinhos quando me evitava durante muitos dias
Agora estou segurando o anel que comprei com minhas economias,
Pensando o quanto mais serei enganado na vida.
O espelho me disse para não chorar,
Não consegui
Meus olhos me imploraram pedindo para eu parar.
Não poderei convencer meus sentimentos
Sei que eles ainda acreditam,
Que tudo fora um mal momento
Tentei enganá-los, mas foi em vão
Eles não acreditaram, viram e aceitaram a ilusão
Não houveram chances para me desprender daquela emoção
Meus olhos foram enganados, mesmo assim continuaram
E ainda agora não se recuperaram.
Te fiz poemas, te fiz canções
Me deste em troca, problemas, me deste depressões
Fui demasiado crédulo em confiar,
E este meu erro fez meu coração se despedaçar
Minha paixão exagerada se tornou sua grande vantagem
Aquele sentimento que me dava coragem,
Hoje se esconde por entre as lastimas da saudade,
Carregando consigo a sina do preço da falsidade
Ainda assim, meu peito possui ainda uma dúvida,
Será que, em algum momento, falaste a verdade?
Não adianta de nada me abordar com súplicas, caso venha
Não faça, não é sua culpa, as vezes o amor não é o que a gente pensa.
Cada experiência traz consigo um aprendizado
Todos os meus erros do passado, hoje me deixaram mais sábio
Você me mostrou a outra face da paixão
Aprendi contigo, e conviverei meus pecados
Seu número foi apagado, quero te esquecer, vou dizer isso ao meu coração
Minha mente ainda não aceitou sua ausência,
Mas estou longe de aceitar o convite da demência
Irei me apaixonar novamente, só espero que me faça bem, que seja real
Pois, contigo me senti longe, no além
Queria que a honestidade fosse padrão internacional.
"Poesia é vida"
"Eclipse"
(Valdeir Souza)
Foi algo extraordinário;
Nunca eu conseguiria imaginar.
Foi o momento inesquecível,
Valeu a pena esperar
Eu estava extremamente ansioso
Mal eu podia falar...
Contando as horas e minutos,
Do céu eu não tirava o olhar.
Pena que passou tão rápido,
Eu passaria horas a contemplar.
O espetáculo foi promovido por Deus;
O céu estava a se apresentar
Não é sempre que isso acontece;
Precisamos nos atentar!
O escuro do céu sempre é lindo,
Mas tem dia que a lua roubo lugar.
Entre família ou sozinho
De camarote o em qualquer lugar,
O necessário para a vida temos todos os dias,
Mas, hoje universo decidiu prestigiar.
Não se permita viver num eterno eclipse do seu sol interior pela acomodação... Viver é estar em movimento, há sempre coisas boas e ruins em cada nova experiência, extraia o melhor de cada coisa e leve adiante.
Se acenda, mantenha-se luz!
ECLIPSE
Um dia nos céus reluzindo
Iniciou-se um grande combate
O sol e a lua competindo
Insatisfeitos por um empate
E resolveram disputar seus instantes
O sol brilhante que irradia
Foi logo dizendo o que sabia
Como de costume, conhecia bem o dia
És brilho frio, luz morta
Que não ilumina sequer as noites
Sequer as soleiras das portas
Pois saiba ò tu, luz fria
Que até de Deus fui chamado um dia
Mesmo sem tu haveria noite
Mas sem mim não haveria dia
Não seja presunçosa cara lua
Nunca conseguirás apagar meu brilho
Muito menos roubar meu calor
Eu sou quente, sou vivo, então faça-me o favor
E ao contrário de você
Nunca deixei que em mim alguém pisasse
Já tu, tão frágil que desponta
Já sofreste essa grande desonra
Não sou morte, sou vida
Sem mim não desabrochariam as flores
Muito menos comida
Sem mim tudo morreria
Já tu, que falta farias?
Falas da minha solidão
Mas e tu que precisas de vigias
És tão fraca que precisas
De tua estrela-guia
Ora, mas que ser mais arrogante
Saiba que eu trago o descanço
Sou luz pálida que refresca o dia
Sou guerreira que vigia
Ó sol tão petulante
Talvez eu entenda sua agonia
Solitário são teus dias
Já eu, tenho tantas companhias...
Sol, meu velho amigo
Não fiques triste comigo
Mas sou eu que faço a vigília
Enquanto dormes no final do dia
Tenho orgulho do meu passado
Tu, nimguém quis conhecer
Ser tão mortal e inóspito
Em mim depositam esperanças
Em tu, temem as mortes
Pense bem cavaleiro brilhante
Se só houvesse tua luz purgante
Seria tu a descansar as criaturas?
Não temeria as marés?
Meu exército e infinito
Nascem e morrem todo dia
Porventura, melhores amigas
Assim como tu, a maior das estrelas
Sou amiga e te dou descanço
Livro a terra de teu excesso
Noutro dia tu me ignoras
Fecha a cara e eu recomeço
Chega de hipocrisia
Competir contra ti é covardia
Nessa terra sou rei, sou alegria
Tu, é um ser de fases
Mudas por rebeldia.
Não entendes por que mudo?
Sempre tento agradá-lo
Deus pensa que é loucura
Mas eu poderia amá-lo.
Como queiras, ser amargo
Deixo o céu a teu julgo
Me refugiarei em outro mundo
O sol vitorioso
Com o tempo ficou desgostoso
Viu a terra morrer
E a insônia aparecer
Já fraco e cansado
Quase se apagando
Foi pedir ajuda à Lua
Pela primeira vez se humilhando
Não precisou dizer nada
A Lua já o aguardava
E o mal entendido foi desfeito
Curiosamente; agora,quando a Lua muda de fase
Algo bate forte em seu peito
Talvez dor, talvez amor, talvez respeito
Ás vezes a saudade e tanta
Que um ou outro atravessa o manto sagrado
E assim acontece o eclipse
Seres opostos, lado a lado
Andaluz
Teus olhos , junção de eclipse lunar,
Com fragmentos estelar.
Luz incandescente, de brilho reluzente
a me incendiar.
Eu, solitário, solidário com resquícios
de uma ilusão.
Sobrevivo contemplando-te diante
da imensidão.
Balsamo raro, cura eu, cura voce
Livrando-nos de nos perder.
Vida e cruz, caminho de luz.
Reluz andaluz!