Eclipse
Edward: Você realmente tem alguma ideia do quanto é importante pra mim? Algum conceito do quanto eu te amo?
Bella: Eu sei o quanto eu amo você.
Edward: Você está comparando uma pequena árvore a uma floresta inteira.
Eu volto logo pra que você não precise sentir a minha falta. Tome conta do meu coração, eu deixei ele com você.
A inconsciência não trouxe alívio completo da dor, só uma calma entorpecida, como se fosse um medicamento. A tornou mais suportável. Mas ela ainda estava lá; eu estava consciente dela, mesmo adormecida, e isso me ajudou a fazer os ajustes que eu precisava fazer.
A manhã trouxe consigo, se não uma perspectiva mais clara, pelo menos uma medida de controle, alguma aceitação. Instintivamente, eu soube que a nova lágrima do meu coração
sempre doeria. Isso simplesmente seria uma parte de mim agora. O tempo faria ser mais fácil - isso era o que todo mundo sempre dizia.
É. A coisa certa nem sempre é óbvia. Às vezes a coisa certa pra uma pessoa é a coisa errada pra outra pessoa. Então… Boa sorte tentando descobrir isso.
Se nós pudéssemos colocar a sua má sorte em uma garrafa, nós teríamos uma arma de destruição em massa.
Vacilando com o pensamento do preço, eu me perguntei se teria tomado outro caminho, se Edward não tivesse ido embora. Se eu não soubesse como era viver sem ele. Aquele conhecimento era uma parte muito profunda de mim, e eu não conseguiria imaginar como me sentiria sem ela. "Ele é como uma droga pra você, Bella." A voz dele ainda era gentil, nem um pouco crítica. "Eu vejo que você não consegue viver sem ele agora. É tarde demais. Mas eu teria sido mais saudável pra você. Não uma droga; eu teria sido o ar, o sol". O canto da minha boca virou pra cima em um meio sorriso saudoso. "Eu costumava pensar em você desse jeito, sabe. Como o sol. Meu sol particular. Você equilibrava bem as nuvens pra mim". Ele suspirou. "Das nuvens eu posso cuidar. Mas eu não posso lutar contra um eclipse".
Mas eu não tinha muitas alternativas... É que cheguei a um ponto em que tive de escolher... Às vezes, não há como conseguir um meio termo.
Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários.
Nota: Poema pertencente ao livro "Amar se aprende amando" de Carlos Drummond de Andrade. Link
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