E Chove lá Fora
Chove lá fora.
Chove lá fora agora
E os pingos da chuva,
Deslizando sem rumo pela vidraça,
Formam belas figuras, imagens singelas
Trazendo eternas lembranças de ti.
Chove lá fora agora,
E os pingos da chuva tal lágrimas frias
Escorrem em meu rosto,
Com o sabor do desgosto
De saber que dia, sem querer te perdi.
E como te encontrar agora não sei.
Percorri mil caminhos, não te encontrei.
E os caminhos tortuosos por onde passei
Nem se quer me levaram a lugar algum
Mas ainda assim chove La fora.
Renato
09/12/2015
- Se chove lá fora, queima aqui dentro! – Já dizia a Patrícia Marx numa das suas músicas que, por sinal, eu gosto bastante.
E tem épocas na vida que é assim mesmo. Chega a chover tanto, a ponto do mundo aparentar estar por um fio, e no entanto, aquela chama resiste firme e forte lá dentro do peito.
É uma estranha espera silenciosa por algo que nem ao menos podemos definir, ainda. É um querer ainda sem feições. Uma lembrança ainda sem cheiro. Um mundo inteiro de possibilidades, aguardando apenas o tempo natural do florescimento humano de forma individual.
Ás vezes penso que se apaixonar é como passar diante de um outdoor de uma construtora, e se encantar com um imóvel ainda na planta. E a partir daquela simples ilustração, idealizar todo um mundo movido a esperanças recém saídas do forno.
E que se ver amando – e tendo a graça de ser amado(a) em resposta – é como finalmente ter as chaves na mão, colocá-la na fechadura, girar a maçaneta, dar o primeiro passo casa a dentro e então poder dizer, com toda a satisfação do mundo, que aquele sonho se tornou realidade. Que a sua vida recomeçou daquela porta a dentro.
E que o futuro que nos aguarde, porque há muito a ser feito e que aqui estamos, prontos para o que for preciso.
Aí vem novamente aquela doce passagem do tempo. Mas agora sob a proteção de um lar que aquece o nosso prazer de estarmos vivos e, agora, juntos, enquanto nos resguardamos – por vezes de nós mesmos – dos tantos excessos que cometemos também sem percebermos.
E então na segurança da escolha por sermos e continuarmos como unidade, transformamos todo o possível desequilíbrio, em energia linear. Abreviando as dores inevitáveis, enquanto prazerosamente ampliamos nossa coleção de pequenas - e doces - alegrias diárias.
Chove lá fora e eu não tenho mais você,
Quanta vontade de te ver.
Saudade é a tempestade que fecha o verão,
É o ultimo suspiro da paixão.
Mas hoje eu sei.
Que volta sempre o sol,
E o escuro da noite vai clarear
E anunciar um novo amor.
O tempo passa e com ele passa a dor,
Pois tudo passa até o amor.
Na companhia de um bom livro e um violão,
Vou vivendo com a minha solidão.
Mas hoje eu sei.
Que volta sempre o sol,
E o escuro da noite vai clarear
E anunciar um novo amor.
Hoje, não quero saber se sou boa ou ruim.
Hoje, não quero saber se chove lá fora.
Hoje, eu quero ser apenas eu mesma.
Hoje, quero lhe desejar muita Paz.
Hoje, espero receber muitas bênçãos.
Hoje, eu espero pra você também.
Hoje, quero ser só felicidade.
Hoje, quero muito amor para você.
Hoje, meu dia será muito bom.
Assim, como será o seu.
Então, vamos nos dar às mãos
E vamos nos unir nesta oração.
Vamos desejar bençãos uns aos outros.
Vamos desfrutar de nossa união.
Chove lá fora. Dentro de mim também chove.
Nunca pensei que fosse tão difícil ensolarar o meu céu.
Dizem que após a tempestade vem a bonança. Acreditam nisso mesmo?
A certeza que tenho é de que não é fácil. Não é fácil conquistar, ser, ter.
Talvez TER não seja a melhor escolha. Ser já é por sim só TER.
Bom seria ter flores, cores, escolhas e oportunidades após a chuva.
Porém mesmo que se tenha, ainda não é fácil optar por tudo que se tem a frente.
A verdade é que uma vida assim cansa. Cansa sofrer.
Simplicidade em tudo, nos atos e desejar menos é uma solução.
Lá fora já não chove mais. Dentro de mim abranda a chuva.
Vontade de gritar teu nome, correr para teus braços e te cobrir de beijos. Aqui, chove lá fora e o dia está cinza. E eu? Sem cor.
Chove lá fora, mas aqui também. Estou sendo inundada por sensações que eu nunca gostaria de sentir e sinto por sua culpa. A chuva aqui dentro está bem pior, mas espero que essa chuva leve embora tudo que você deixou dentro de mim, assim ficarei a sós, comigo.
Chove lá fora, é primavera
E quanto as chuvas de verão?
Os desavisados que não souberam ouvir
O canto breve dos silenciosos sábios
Vestirão a velha toga fria, minha...
A mesma que, há tempos abriga, essa nação
Por contarem com a magia da mudança
Que é a cruel leitura da ignorância.
Chove lá fora gotinha e gotão,
aqui dentro pena e algodão,
sair não podemos,
guerra de travesseiro é o que fazemos.
Chove lá fora, e aqui dentro também. Talvez a tempestade maior esteja mesmo aqui, no meu coração. Eu sempre gostei desse termo, me afeiçoei a ele desde muito cedo, quando entendi a proporção dos sentidos figurados. Para mim, o significado maior de uma tempestade estava em seu poder de desolar o que não presta, derrubar o que já não podia mesmo ficar em pé. Mas hoje, com esse vendaval aqui no coração, percebo o quanto eu estive equivocada o tempo todo. As tempestades destroem também o que é firme. Arrasam até mesmo as relações mais concretas. Abalam pensamentos fortes. Decisões tomadas. Levam embora destinos traçados. A gente entra no meio da tempestade sem pedir, sem querer, sem precisar... e pronto. Vai tudo pro bueiro. Nossas estruturas internas ficam à margem do risco, sujeitas a desabar. Eu não quis assim, mas a tempestade levou. Levou de mim todas as certezas, todos os pontos a meu favor. Mais um porto, antes seguro, se tornou abismo. E eu, que nunca gostei de calmaria, agora anseio por ela. Quero poder desfrutar mais do morno, do ameno, do tranquilo. Quero um colo pra deitar e olhos pra olhar. Abraços. Uma toalha seca e mil lençóis amassados. Um refúgio, um carinho. Eu só preciso que pare de chover. Ou que chova em outro lugar. Por aqui, dentro de mim, não sobrou nada.
Chove lá fora, as nuvens choram. Até mesmo com sua imensidão, o céu tem seus dias de fraqueza, cinzas e frios.
E se chove lá fora, o que preferes?
Um aconchegante abrigo ou molhar-se perigosamente?
Digo-lhe que o óbvio se me mostra mais atraente...
(Fabi Braga, 28 abr 2011. Editado.)
Enquanto chove lá fora, dentro de mim instaurou-se uma tempestade. Não sei se em um copo de água ou numa bacia hidrográfica. Mas chove em mim água que inunda a todo momento meus sentimentos, limpa um pouco da minha loucura, refresca meus sonhos, leva em bora meus medos. E me dá sossego, ao menos um pouco pra fechar os olhos e silenciar o corpo pra ouvir a água correr, encher os olhos e o nariz contornar.
CHOVE LÁ FORA
Óh chuva abençoada!
Molhando nossos jardins
Do asfalto até os prados
Os respingos chegam até mim...
Esta chuvinha que dança
Com seus pingos molhando o chão
É como água de maré mansa
Acariciando nosso coração...
Conforta as plantas, mima as flores
Água pura, que a todos sacia
A ela entoamos louvores
Caindo mansinho nos agracia...
Faz brotar a semente
Tal como uma oração
Alimento de toda nossa gente
Esperança neste descalço chão...
Agora cai copiosamente
Estatelando no telhado
Refrescando o ambiente
Amenizando o corpo cansado...
Parece mais que uma pancada
Relâmpagos adentram o ambiente
Lá fora caindo esparramada
Trovões cada vez mais frequentes...
Agora é chuva "com vontade"
O telhado chora...a vidraça embaça
E os coqueiros acham graça...
Num ímpeto de felicidade
Saio correndo ao relento
Molhando corpo-e-alma-liberdade...
mel - ((*_*))
Enquanto não durmo
Chove lá fora, chove por toda noite;
Noite sozinha, brilha a imaginação;
Nessas horas de intensa harmonia;
Saindo com vontade de ficar;
Perto de mim tudo e tão belo;
Passa as horas;
Lembranças de um tempo que não volta mais;
Só restaram lembranças…
Quase tão perto, mas longe de chegar;
Imaginar e desejar;
Sorrindo e chorando;
Tranqüilo num canto só esperando;
Sem barulho uma calmaria;
Só restaram pedaços de lembranças;
Agora nessa hora;
Imagino e reconheço;
Perdemos muito tempo;
Sem ter tempo;
Brincar com as emoções;
Perder as responsabilidades;
Se entregar ao momento de pensar…
E vou sempre a pensar. Deixa que logo passa;
Ainda sim resta me forças;
Misturar e misturar;
De querer e de querer;
Na hora certa você vai achar.
A noite fria cai sobre a cidade.
Chove lá fora e aqui dentro.
Chove saudade e me afoga.
Só me resta saber por onde seu calor escapou.