Dúvida
"Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo a sua colheita".
Animar-se para realizações futuras, sem dúvida alguma é excelente. Desde que o presente seja criativo e produtivo, proporcionalmente.
Cabe a cada um saber o seu tempo certo para tudo. Na dúvida, pule do muro. Você pode se quebrar, mas durante o pulo não terá sensação melhor que a expectativa de uma nova vida. A imprevisibilidade é o alimento da alma.
Covarde pra mim não é aquele que sente medo, é normal sentirmos medo... Covarde é aquele que duvida e diz não para as oportunidades que a vida oferece. Covarde é aquele que no momento em que deveria agir, muda de ideia e se retira. Começa e não termina.
■ MAIS QUE UMA SIMPLES PALAVRA
Sem dúvida que você já ouviu alguém se referir a alguém ou a alguma coisa, abordando suas qualidades ou atributos - louváveis ou nem tanto, colocando no final da frase ou da observação um mas, que reflete oposição, restrição, embaraço ou defeito ao que se expôs. O "mas" está presente no nosso cotidiano na lide diária de sobrevivência e convivência e nas atitudes idealistas.
As observações do comportamento, qualidades ou idealismo de determinadas pessoas, por melhores que sejam, por mais que retratem o esforço, na ocasião de alguém lhe reconhecer o merecimento, de definir atributos, o fazem acompanhando o comentário aparentemente elogioso de um "mas" marcantemente restritivo se não demolidor. Por via de costume o restritivo ou depreciativo "mas" antecede a crítica velada ou ostensiva, a diminuição do valor do que ou de quem é aludido. É o demolimento sutil.
Ao "mas" se ombreia o "porém" e o "todavia". Isoladamente se definem como partícula que liga período ou oração, mas na prática são pontos de convergência entre o elogio e a crítica ao discurso, à exposição, ao artigo escrito, à atitude, ao método de vida, aos predicados pessoais, aos atributos morais, profissionais, comportamentais... isto porque para muitos é difícil reconhecer méritos, capacidade e esforço alheios. É a busca arqueológica de deficiências alheias e ao mesmo tempo a mumificação da humildade em si próprio.
Todos os três se definem como conjunção adversativa, ou seja, traduzem variação de sentido, denotando basicamente uma oposição ou restrição ao que foi dito e observado, podendo gerar ou induzir comentários bastante desagradáveis contra os que foram envolvidos por esse sentimento de pequenez ou de inveja. Algumas vítimas de definições amoldadas na porção menor, mas de maior representatividade de seus desvalorizados comentaristas, reagem afir-mando: "A intenção não era essa...", "Quanto mais faço, mais me criticam" ou "Falem mal, mas falem de mim."
Você já ouviu muitos "mas" em suas atividades e em muitas ocasiões não apreciou as palavras que as precederam, mas, de uma forma ou de outra os digeriu. A vida é assim: Alguns constroem, outros intentam e muitos destroem, mas alguém sempre é beneficiado pelos que fazem ou pelos que tentam fazer.
Concordamos que poucos se colocam na expectativa e no merecimento de reconhecimento por seus predicados, mas nada custa reconhecê-los, custa muito mais tornar pública as limitações do invejado. Sim, tem preço elevado ser antipático, intolerante, ciumento, inconveniente, enfim. Qual o preço? A apartação, a solidão. Enganam-se os que não o fazem, que o reconhecimento às qualidades alheias pode inferiorizar quem as enaltece.
Estamos, todos, transitando por vielas ainda escuras e imperfeitas, portanto, sujeitos a queda, arranhões ou desvios e que mesmo os que têm trajetos por avenidas ou alamedas largas e flori-das, ostentam em seus mapas o percurso que demarca confusão, tumulto, desassossego, des-respeito, mas ninguém tem o direito de noticiar desatinos alheios e/ou defender os próprios.
Certa feita um Mestre em trânsito com seus discípulos, depara com um cão morto há algum tempo. Diante da repulsa e comentários desairosos dos seus seguidores à vista de tal quadro, com suavidade revela: "Que belos dentes tinha esse cão". Tais palavras, mais que um reconhecimento de um atributo, se configura como uma prece tal a ternura com que foram proferidas. Descobrir beleza em meio à podridão é peculiar aos que conhecem Deus e O identificam em tudo e todos.
A visão inútil que só enxerga defeitos não vê razão para o alvinitente lírio vicejar no brejo, esquecido de que o brejo também precisa de adornos. Nem todos os que se encontram entre personagens e em locais de nível rebaixado são afins ao meio ou aos personagens; talvez ali estejam por questão de sobrevivência – própria ou daqueles que estão à sua volta.
Pelo que ficou dito, sem pretender o grau de mestre, aconselho: Não deixe o "mas" ser frequente em seu vocabulário, simplesmente para expor ressalvas depreciativas. Exalte os pontos positivos, porque o incentivo faz parte das lições que a vida ministra.
Elogie quando o elogio pode ser um incentivo, mesmo porque de elogios você gosta, eu gosto, nos gostamos, mas poucos estão dispostos a ofertá-los...
Autor: Gérson Gomide
Acalma-te, mesmo diante de tua consequência, de tua dúvida e teu desejo. Não se entregue ao que todos dizem ser bom, mas afeiçoe seus modos ao real caminho do bem. Caminhe nas trilhas para o seu destino e apresente todos os recursos de teu desempenho. Ame-se em busca de boas escolhas, do agrado, da virtude e de seu encanto para com as pessoas. tenha como base a bondade e viva de uma forma bendita às maravilhas que Deus entrega a todos nós.
Fique em Paz.
A dúvida que (supostamente) emite ruídos e que, todavia, foi concreta e totalmente varrida pela certeza e lucidez, nada mais é que uma frágil tentativa de somatização do erro ou ilusão.
Escuridão
“Sempre que a noite cai, vem aquele sentimento de dúvida quanto ao amanhã, pois cada dia é uma luta a mais na vida de pobres mortais, que sobrevivem à mercê de serem esgotados para a obtenção de lucros dirigidos às pessoas sem almas das obscuras metrópoles.”
A todos cabe
o direito da dúvida.
Mas nunca o de julgar
sem antes analisar
todas as respostas
03/10/2015
Portadora da Luz
Na companhia da dúvida, vivendo a esmo,
Esta existência apoiada em caminhos sinuosos
cruzando dias em busca de momentos luminosos,
Nos quais sei que nunca fui o mesmo
Esperando respostas de um jeito estranho,
Acreditei, dolorosas vezes, no destino
O refúgio do silencio se fazia ninho,
Surdez forçada que leva ao desatino
Então a luz cortou o horizonte,
Cobrando de mim a fala temida,
Me atingindo com a esperança esquecida
De reviver intensamente o que faltou na fonte
Me trazendo a paz do desejo e o amor da dor
Com a mágica real e a segurança de outrora
O coração, finalmente, latente de calor
Manda que caminhemos juntos, nessa hora
Palavras Deferidas
A irresolução como dúvida filosófica ou como empecilho para ação?
Haverá um tempo para realocar as palavras deferidas? Ou elas acumular-se-ão indeléveis em nossas gargantas medrosas, ressequidas.
Será que algumas dessas palavras, quando ditas, esmorecem o vínculo com o incômodo silêncio, e permitem que outras saiam? Dando um maior espaço ao alívio, que é poder respirar. Ou será que elas pesam e caem no peito?
Amassando os átrios e ventrículos, sendo inoculadas centenas, milhares de vezes, acompanhando cada pulsar vacilante.
Ou ainda, as palavras se erguem, encontram uma intrincada estrutura, vasta, imprevisível. Alojam-se nos meandros do pensamento, onde têm espaço pra proliferar, derivar a si mesmas em pequenas cópias.
E dar oportunidade para que lhes neguem novamente a voz.
E para que ela seja ouvida!
Tem dias que o dia é uma incógnita. Nem todo dia é um dia feliz. Nem toda dúvida é um questionamento. Para algumas perguntas não existem respostas. Não ter um sorriso não significa que esta triste. O pensamento quebra barreiras. Com ele a fronteira daquela incógnita pode ser quebrada. Mas fico aqui pensando... Pensando... Será que fui vencedora ao montar o grande quebra cabeça da minha vida?! Vejo que não... Para cada peça que coloco no lugar uma nova caixa contendo outras peças da minha vida chegam para que possa decifrar-las. Questionamentos de um mundo que não para de girar...