Dúvida
Quantas loucuras há num homem! Oh! não há a menor dúvida de que os matizes de um trajo de arlequim não são mais variados do que as loucuras do espírito humano, e ambos chegam ao mesmo resultado: ficarem coçados e fazerem rir durante algum tempo, o público em troca do seu dinheiro, o filósofo em troca da sua ciência.
Eu não acho que a dúvida possa destruir alguma coisa, apesar que sei que não constrói. Mas e daí? Nenhuma certeza na vida é definitiva. Graças a Deus tudo muda e se não mudou, ou o tempo não chegou ou o medo não deixou.
Eu me preocupo demais com o que pode acontecer e deixo de arriscar. Nessas horas eu nem se quer percebo quantas oportunidades eu perdi por insegurança. Perdi chances de sorrir e até de crescer. Perdi a hora certa, o momento perfeito e a energia intensa.
Mas é só depois do desgaste que tudo vem a tona e daí eu percebo que nada é pra sempre: nem as coisas ruins e nem as boas. Tudo precisa acabar. A vida é assim, feita de ciclos. É dizer tchau ao velho para encontrar o novo. É acreditar que até se der errado, vai dar certo. É confiar no próprio poder: eu posso!
Daí você consegue. Daí nenhum dúvida atrapalha, nenhuma insegurança assusta. Daí o passado passa e o excesso de futuro paralisa. Daí você começa a viver.
Sofisticado pra mim é o singelo. O encantamento reside na simplicidade e disso não tenho dúvida. Onde nada precisa ser fingido, na há espaço para a aparência e o sentimento não é por interesse.
A sabedoria pode ser um mundo onde, a certeza duvida da certeza da dúvida, e a dúvida tem certeza da sua dúvida em relação à certeza. Estas nunca são a mesma coisa, porém uma precise doutra para poder se firmar como tal.
Viver sem dúvida é uma arte, então, arte e vida se misturam na dança da sobrevivência, pintando histórias, esboçando caminhos, delineando vidas que refletem as cores de cada ser, fazendo da nossa existência um arco-íris de vida e de sonhos.
Na verdade, foi este sem dúvida um ponto em que em minhas palavras eu deixei passar, que também os seus discursos são muito semelhantes aos silenos que se entreabrem. A quem quisesse ouvir os discursos de Sócrates pareceriam eles inteiramente ridículos à primeira vez: tais são os nomes e frases de que por fora se revestem eles, como de uma pele de sátiro insolente! Pois ele fala de bestas de carga, de ferreiros, de sapateiros, de correeiros, e sempre parece com as mesmas palavras dizer as mesmas coisas, a ponto de qualquer inexperiente ou imbecil zombar de seus discursos. Quem porém os viu entreabrir-se e em seu interior penetra, primeiramente descobrirá que, no fundo, são os únicos que têm inteligência, e depois, que são o quanto possível divinos, e os que o maior número contêm de imagens de virtude, e o mais possível se orientam, ou melhor, em tudo se orientam para o que convém ter em mira, quando se procura ser um distinto e honrado cidadão.
(Em "O Banquete")
O desejo é maior que o medo
A saudade é maior que a dúvida
E o que sentimos é maior que qualquer dificuldade
E o amanhã? Deus saberá o que fazer!
Longe ou perto, nada vai apagar o que vivemos e ainda sentimos
Medíocre instante
Do botão, explosão!
Propagação da incerteza
Duvida e escuridão.
Dedos que condenam
Sem saber, sem ter um porque,
Justo sofrimento
Por escolha da sorte?
Ou da falta de saber!
Em um piscar de olhos
Uma caricatura bem apresentada,
Do mal, em forma de fada.
Auto, convencimento
De que o melhor para você
Talvez seja também para a nação!
Leve instante de esperança
Que se acabe a apreensão,
Mesmo que seja nas mãos
Manchadas de um duvidoso ser.
O voto é a guilhotina do povo
Que lentamente mata milhares
Pelas desculpas esfarrapadas
De homens que se dizem exemplares.
Ao amanhecer restam apenas vestígios
De mais uma fantasia, que esfarelou vidas,
Em troca de um barato assistencialismo.
Que começa no alento de uma urna
E termina com a esperança em um caixão.
A convicção é a aposta em um sentido inexato, enquanto que a dúvida é a especulação de uma possível direção exata, porém inexistente no contexto.
O que seria a dúvida senão a necessidade de controle das consequências de nossas decisões?
A duvida é o recato da coragem, é a fobia do que não pode dar certo.
Sentimento que tira a luz do caminho e inventa outros.
É a espada da guerra entre o desejo e a cautela.
Ela fere a autenticidade da peculiaridade, a retidão do pensamento e cria a corruptibilidade do coração. A duvida não tem amor próprio, acomete-se, torna-se consciência e instiga percepções. Não é crime duvidar, é necessário, mediante as transformações dos nossos valores que alteram certezas, o relevante é saber escolher.
poucos entende
querem me fazer desisti
deixar de sonhar
colocam entre nos a duvida
duvida de estar fazendo a coisa certa..
o medo de esperar o tempo passar
mais por voce eu espero toda minha vida
e posso ter duvida do tempo,de que sou,ou do futuro
mais nunca do meu amor por voce
A dúvida não é apenas mãe da tolerância. Ela é mãe da prudência, é mãe do medo e é mãe da sabedoria.
Eu não sabia o que dizer sobre isso, então eu mantive a boca fechada. Quando estiver em dúvida, feche a maldita boca.
Eu...
Imperfeito? Incógnito? Divino?
Não sei...
Eu...
Tive um passado? Sem dúvida...
Tenho um presente? Sem dúvida...
Terei um futuro? Sem dúvida...
A vida que pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu,
Eu fico eu,
Eu...