Dúvida
Quando você abre mão das certezas que você criou, você desconstrói um mundo, para construir um outro melhor.
Se diariamente chegaste a várias conclusões mas nenhuma delas faz sentido, talvez seja porque ainda não é o momento de concluir o poema.
Voyeur de Nuvens
Insônia da madrugada.
Em um segundo são só palavras que me restam nas mãos...
Não são palavras bonitas, bem arranjadas...
São palavras turbulentas, feito o sussurro que vem da janela.
Percebo então,que lá fora chove... e talvez a poesia da chuva seja mais interessante que minhas angústias.
Eu gostaria de falar sobre ela,a chuva.
Mas já se foi embora...
Resta agora um conta-gotas de chuva!
E cada insignificante gota que cai, preenche o vazio imenso da silenciosa madrugada.
Nesse instante paro e reflito, quem ganha nessa história...
Bem, porque não conheço seus sonhos... mas se forem mais pacatos que o "Toc" da chuva, talvez eu mereça um cigarro.
Amanhece no cantar do tempo
a cada sol, a cada sentimento
no entoar da vida, lucidamente
como quem duvida, mas se entrega...
E de repente me ponho a pensar no que tenho feito da vida, ou o que a vida tem feito de mim. Essa questão é interessante pois tem dias que eu acordo e sinto que estou no total controle da minha vida, nas minhas decisões, escolhas e sentimentos. Noutro dia vejo que no fundo, tenho simplesmente deixado a vida me levar, vivido um dia de cada vez, mas sem muito poder de decisão, simplesmente deixando pra resolver na hora, tudo o que a vida tem me apresentado.
Sinceramente, não sei o que é pior, pois reconheço as minhas limitações e, se por um lado, é excelente ter “poder” sobre suas decisões, a probabilidade de fazer algo no qual eu vá me arrepender é imensa. Ao mesmo tempo, deixar as coisas correrem e simplesmente viver o que a vida me propõe não têm me deixado nenhum pouco satisfeito, acho muito pouco, uma vez que acredito nos clichês: “que só se vive uma vez” e “viva intensamente”.
Em meio a esse conflito de pensamentos, só me resta tentar achar uma forma de estar satisfeito.
Talvez isso seja uma decisão própria ou será que é o que a vida me propôs?
Você pensa, pensa, pensa e nada se faz
Viaja por todo mundo sem sair do lugar
Ver a vida passar e nada conquistar
O que vale uma vida sem viver?
Religiões, pessoas, "acreditam" em você
Mas nem mesmo sabeis quem eis
Como queres saber amar
Você está aqui, agora basta lutar e conquistar !
ESSE ISSO
Isso... isso que eu sinto,
isso que não tem nome,
que a mente consome,
que domina a vontade,
desafia a realidade,
que me nega à verdade.
Parece preso esse isso dentro de mim.
Mas não.
Sou eu a finita prisioneira do “isso” sem fim.
"Contemporaneidade é o questionamento sobre as transformações na mentalidade e no sentido de viver do Homem"
Será que já não sei mais reconhecer o amor, talvez eu tenha perdido a mão, e me assuste com alguma circunstância nova.
Talvez eu esteja me protegendo do ato de se apaixonar que sempre foi complexo pra mim.
"Quem pode duvidar que as respostas catastróficas da natureza não são apenas a devolução do que os homens vem fazendo a anos?"
Não é este “abandona o barco” y “vai nadando até à praia”? Sem saber ao certo se a vida está no barco ou na praia?
Homenzinho deambula sem diretrizes tampouco bussola,
permanentemente com prumo e branda procura,
aquilo que almeja mas nem o que sabe como almejar,
também com anseio, o fito a ele pertence procurar.
Um nômade em rumo e sem trilho não é nômade,
e até camundongo deixa de ser se o queijo a ele desinteressar,
por que homenzinho é despejado em incultura se próprio ele edifica sua estremadura?
Sua vida é um infinito jogo hipóteses,
se homenzinho erra porque se arrisca,
nunca saberá quando acertar,
se arriscar faz parte da vida,
o homenzinho nunca virará "homem" se nunca tentar.
Não se trata de vencer ou ganhar quando o jogo é por dados,
mas quantos sua palma carrega antes de jogar,
Se homenzinho falha porque se arrisca,
pior ou melhor ficaria ele se não tivesse arriscado?
Duvide de tudo a sua volta inclusive daqueles que mais depende de você, pois na primeira oportunidade eles tentam lhe derrubar.
Fazemos muitas coisas erradas. E muitas coisas dão errado conosco. Não sabemos se é por aquilo que fazemos, ou por puro acaso. Mas se soubéssemos, qual seria a graça?
Quando tudo pareceu tão grande, pegou as três pequenas cartelas e sem nem mesmo pensar as ingeriu juntamente d'água. Quando tudo pareceu tão grande, resolveu agir tão egoistamente. Quando tudo pareceu tão grande, a dor e mau estar se fizeram presentes. Quando tudo pareceu tão grande, já era tarde demais pra força-los a sair. Quando tudo pareceu tão grande?