Dupla Personalidade
Diferentemente vivo meus sonhos ! Falo, refalo...digo, redigo... me mostro, me demostro...e nessas repetições vou duplicando lembranças, saudades...vivendo minha bipolaridade !
05/04/2017
Fico imaginando como é que seria
Se eu pudesse trabalhar e estudar
Sem nenhuma das minhas Patologias!
Confesso que para todos sou uma pessoa extrovertida que passa o dia rindo e feliz, e acho que sou feliz mesmo, ou apenas sei fingir muito bem.
Porém tem dias como hoje, que a unica vontade que tenho é de ficar só no meu quarto, bate aquela depre e só tenho vontade de chorar.
Não sei por qual motivo, não sei se pelos extensos problemas pessoais que venho tendo nos últimos dias ou simplesmente pela solidão, acho que na verdade estou me sentindo sozinha, sempre fui uma pessoa de muitos "amigos", mas nunca tive aquele que vc senta e perde horas conversando, não tem aquela pessoa que vc pode contar tudo.
Mas meio que virou rotina passar o dia "feliz", e ao fim do dia chorar até dormir.
Resolvi escrever como uma forma de por pra fora o que me aflige, não sei apenas desabafar.
Chegou a um ponto que sinto que não tenho mais perspectivas algo a seguir ou conquistar, não tenho mais um objetivo ou um sonho a conquistar.
Apenas sinto que a minha vida não faz mais sentido.
NÃO AO PONTO DE DEIXAR DE EXISTIR, mas sim ao ponto de que algo tem que mudar, algo novo tem que acontecer, alguma ajuda tem que surgir, alguém tem que perceber que meus olhos não brilham mais, e minha luz já se apagou, que precisa de alguma forma fazer ela reacender.
Apenas preciso não sei de algo ou alguém.
Acho que preciso mesmo de AJUDA, preciso ter coragem de dar o grito de socorro, espero que esse tenha sido o primeiro passo.
Cada vez mais, em minhas multipolaridades, me convenço que os animais sentem muito mais do que os humanos... os abandonados principalmente, nos seguem nas ruas e, sem me importar com os olhares de julgamento que passam, eu paro por um instante e na minha "Insanidade" os acolho... eles vem carentes aceitando o afeto oferecido, como se sentissem que é o mesmo que preciso...
Eu estou perdida entre versões de mim.
Irreais.
Um dia fria, o outro louca.
Quem garante que eu só mudo de roupa?
De pessoas.
Fragmentos perdidos no caminho.
Mudo de cara,
mudo alma,
mudo de mim,
mudo a minha calma.
Um dia você me conhece sim e o outro não.
Quem sou eu?
Essa é a questão.
Aquele pedaço escuro de mim.
Guardado na caixa da superação.
Perdida entre personalidades,
eu vivo assim.
Uma eterna batalha de eu contra mim.
Avistei a versão Sorriso Frouxo,
aquela despretensiosa.
Que, por vezes, emudece em mim.
Encarei a versão Autenticidade,
aquela espontaneidade, naturalidade.
Que, por vezes, foge de mim.
Trombei na versão Coragem,
aquela destemida, determinada.
Que, por vezes, suprime em mim.
Topei com a versão Silêncio,
aquela da reflexão.
Que, por vezes, exila em mim.
Esbarrei na versão Gratidão,
aquela do reconhecimento.
Que, por vezes, desbota em mim.
Tropiquei na versão Solidária,
aquela da empatia.
Que, por vezes, cala em mim.
Disparei na versão Criança,
Aquela ingênua, inexperiente.
Que, por vezes, esquece de mim.
Tropecei na versão Jovem,
aquela dos sonhos, descobertas.
Que, por vezes, machuca em mim.
Travei na versão Adulta,
aquela da responsabilidade e escolhas.
Que, por vezes, penaliza em mim.
Colidi com a versão Espiritualizada,
aquela da harmonia, da fé.
Que, por vezes, apaga em mim.
Encontrei a versão Amor,
Aquela que acolhe, perdoa.
Que, por vezes, mascara em mim.
Versões que se completam.
Algumas já não cabem remendos.
Outras são necessárias carregar.
E tem as que requerem leitura.
Versões lapidadas pelo tempo.
Vinculadas nas lembranças.
Equilibradas na essência.
A polarização esquerda e direita é como a polaridade entre o céu e o inferno, hoje sabemos cientificamente provado que existem incontáveis nuances.
E por um momento o céu ficou novamente azul e o sol iluminou, as trevas se afastaram, apesar de dias difíceis, acabou aparecendo algo raro, olhos de oceano, que te olha de volta direto na alma, que te acalma e te incendeia ao mesmo tempo em que te intriga. Mistérios dos olhos teus.
Essa é a história da minha vida, essa é a maneira como eu sobrevivi, eu contarei essa história qualquer hora, e por favor irmão não chore, essa é a história da minha vida, venha comigo, vamos tentar, em um novo mundo vamos nos reerguer, e o verdadeiro amor vamos encontrar.
Essa é a história da minha vida, essa é a maneira como eu sobrevivi, por favor irmão não chore, verdadeiro amor vamos encontrar.
Eu costumava ter tantos problemas, e as pessoas pensavam que eu era um perdedor, agora eu mostro para aqueles filhos da puta como o Gabriel se tornou bom e dessa vez não tem vergonha e em um novo mundo eu me reergui
Essa é a história da minha vida, minha vida eu vou escrever, sem mais preto e branco e eu mesmo vou encontrar, essa é a história da minha vida.
Não acredito muito mais nos antigos moldes, modelos e percursos para nada.Tudo e todos que por teimosia permaneceram vivos se reinventaram dentro de si mesmo. A renovação e a reafirmação existencial da vida, das sociedades e do individuo gerou uma mutação involuntária dos valores, das cores, dos sabores e dos sentimentos. A sexualidade fica ambígua homens femininos e mulheres masculinas quase na unidade limítrofe da androginia. O Deus da morte reassume seu papel diante da ancestral equivocada manipulação das igrejas como o Senhor da vida em nome da abundancia. O amor fica amargo, covarde, salgado de endorfina, egoísta exclusivista , viciante, torpe e dolorido. Precisa de cada vez mais coragem e loucura para verdadeiramente, simplesmente, se soltar sem direção certa e garantia de sobrevivência no infinito mar, amar. Tudo não passa de uma moeda de troca disfarçadas para interesse de poucos nas modernas sociedades.O Holos aproxima se do inteiro mas bloqueia e marginaliza todas as impurezas das docilidades, palavras com rima, poesias e fragilidades da alma em busca dos sonhos pouco práticos, perdidos, sem matemáticos objetivos, mágicos da alma e artísticos sem sentido.O concretismo, o geométrico e o abstracionismo vence pela perda da capacidade do conhecimento das anatomias dos vivos e a imperícia do desenho. A aglomeração das cores vencem as formas dentro de uma visão cada vez mais plana e bipolar observada amplamente por quantificações de megapixels por olhos digitais quadrados. A invenção da roda, a esfera, a rotação, a lei do retorno do colher do que plantou, foi abandonado e ultrapassado pelo que se quer, agora e o que é neste exato momento de existência e preferencia, sem depois.
Nem sempre a luz mostra o caminho.
Muitas vezes só as sombras têm as respostas.
Viver é aceitar a luz e as sombras.
E dançar com elas.
Sem medo...
Mergulho no sangue que sai dos meus olhos já mutilados
Uma dor que já não cabe mais na alma e me afoga, me sufoca
Como a mão do próprio diabo espremendo meu pescoço para a sua limonada matinal.
A cura está dentro de mim? Talvez estivesse, antes dessa lâmina me dilacerar por dentro.
Se o inferno existe... é o respirar, é o levantar, é o falar, é o ouvir, é o viver. É acordar e querer dormir de novo. É esse grito enjaulado que NUNCA vai sair. São os pensamentos esmagando o meu cérebro Esse é o inferno
Amo o pensamento de Friedrich Nietzsche quanto sua opinião sobre a existência. O filósofo (dizem ser bipolar) não acreditava que éramos alguma coisa, mas que estávamos em constante transformação. O verbo ser então não cabia para designar a existência, não somos bonitos ou feios, tristes ou felizes, doentes ou saudáveis, apenas estamos de algum jeito em relação a um determinado momento.
Às vezes o que você interpreta como máscara, na verdade são faces do mesmo rosto que você "não consegue" ver.