Dunas
Por ai ando eu, o velho guerreiro que nada conquistou
Atravessou dunas, fortes e fronteiras e nada amealhou
Por demérito ou não só sei que nada alcancei
Por mais que tentasse, por mais que me esforçasse
Já a vida se esgotava, já o nosso amor se gelara
Por estas ruas vagueio
Com as mãos cheias de nada
Nem cicatrizes de guerra marcadas na minha face
Nem feridas fechadas outrora infetadas
Infelizmente liberto da prisão do teu olhar que tanto me acomodei
Por esses teus olhos que tanto sofri e chorei
Por dunas arenosas caminhei
E em altas montanhas guerrilhei
Como é possível um soldado tenaz, bravo e provocador
Tenha acabado sendo apenas mais uma notícia de rodapé na nossa História?
Alguém que por quem tudo lutou?
Acabou aqui no fundo deste antro
Desta vala comum onde sou apenas mais um cadáver sem alma
Que nunca voltará a renascer das cinzas
Nunca verá um amanhecer
Embora voltará a amanhecer
Pois sou apenas um velho conquistador
No apogeu da minha insignificância
Voltará a amanhecer
Um novo amor irá florescer
Um sorriso no teu rosto irá reaparecer
E eu? E eu serei só uma árvore podre e velha
Que já possuiu um verde exuberante
Mas, o Inverno chegou impiedoso
E limpou todas as folhas de esperança que permaneciam fortes
E o verde de vida ceifou
A vida que em mim habitava, cegou e sufocou
E fiquei esta apática e triste arvore
Despida de sentimentos, de cor, de sorrisos e de amor
Esta noite
Como num passo de dança
Fomos a praia e nas dunas
Ao som do mar com um brilho no olhar
Vimos a lua e as estrelas a brilhar
No seu brilhar viajamos
Um oceano ultrapassa-mos
Beijos envia-mos e trocamos
Sentidos e suaves como uma brisa
Autor
Pedro Rodrigues
O fim do Oásis...
Vejo a distância me tomando por completo
Longe das dunas que o vento cria em cada canto
Felicidade é um abraço, carinho é afeto
Dor, é quem sorri do meu pranto.
Se ora vejo o barquinho em retirada
sinto o aroma da flor num potinho de areia
O oasis que havia no deserto
quiçá, já não mais corre em tuas veias.
O corpo tomba ao chão
enquanto rios correm pelo rosto
quiserá ser o oposto
pra não machucar o coração.
Sou como o deserto, onde a areia se move com vento e as dunas com o tempo mas que apesar de tudo, continua sendo aquele mesmo velho e árido deserto.
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Dunas
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O sentido é abstraído do seio ou da veia,
do mastro ou do ralo,
do mestre ou da peste
das dunas caladas em forma de morros
dos sonos profundos em formas reais,
dos olhos, do Baco, do leite e azeite,
enquanto cála-te os dentes e ouve seu tom
enquanto abre sua mente e recebe o dom
enquanto falas do vento e ama o amor,
ou odéia a corrente e o mal,
pois nem precisa amar, nem sarar,
nem dizer, talvez nem calar,
pois nem digo que basta,
pois a vida define o que passa
pois só a vida determina a razão
e o sentido quem diz somos nós
com um choro, um sorriso
ou uma fala qual quer
com um grito, uma bandeira
e o mastro que der
que sentido não mata nem morre
muito menos nós
como um sopro
num espaço e num tempo
martilheiros da liga
de corpo profundo
e uma alma sequer!
Simplesmente indecifráveis.
Dunas de areia talvez?
Cercando o desconhecido...
Pra que incensatez,
Se não existe nada parecido
São seus olhos...
Um par de beleza impar.
Olhos felizes e duvidosos...
Abrigo do sonhar.
Perdido sem mapa...
Movido pela emoção...
Trilhando seus olhos,
Em busca do coração
Que em sede permaneça,
Teu rosto intocado...
Que em paz envelheça...
de preferência ao meu lado.
Em pensamentos profundos.
Guardo Dunas de amor.
Em olhares imundos.
Eu vejo o pavor.
Lágrimas pequenas.
No entanto com vapor.
Eu vejo o Calor.
Nas horas de lutas.
Não rimei.
Mais tentei.
Sem pensamentos.
Acabo por aqui.
REFLEXÃO
Em dunas escondidas procurei
Silêncio para o meu coração,
Naquela areia não vacilei
Fiz no meu interior reflexão.
Na caminhada algo dentro falava
E fazia o silêncio interromper,
A alegria que dentro faltava
Começou por dentro reaparecer.
Os caminhos que a vida nos leva
As vezes tem pouca duração,
Um amor nunca se despreza
Tem que guardar no coração.
Paixão o aguçar passageiro
Que faz o coração sofrer,
Os ventos os mensageiros
Viajam por dentro do querer.
O silêncio as vezes convida
A revolta pra parar,
Quando não encontra saida
Nem dunas pra relaxar.
Assim cada coração pede
Um minuto pra silenciar,
Pra ver se a verdade sede
O melhor momento pra amar.
Como em um balé, as dunas se movem graciosamente de um canto a outro, mas as suas areias nunca saem do deserto. Por vezes o movimento e toda a sinergia empenhada nos causam uma profunda ilusão...
Seus olhos são como um oásis no deserto
espelham as dunas, as nuvens e as palmeiras
e por onde olhas, reflete a natureza
posso quase que mergulhar em seu olhar
o brilho e a beleza que ele reluz
é mais vívido que o próprio reflexo das águas
A tua ausência
a encher-se de dunas.
Aquele bater de vidraças
na orla da praia.
O silêncio a insistir
a recusar-se ao rumor.
E a vida a fluir,
lá fora.
Oh, Itaipu!
reconheço as raízes profundas dos meus pés
entre o vosso mar, vossa lagoa, vossas dunas e ilhas e vossos igarapés
e os meus passos eu sei de cór
nesse sereno andejar a compor
o meu singrar o tempo, o vento e o sol mansamente a se pôr ...
Vento
Oh vento, que grande brisa,
oh vento!
Vento que corre sobre as dunas do âmbito.
Vento que passa pela fronteira,
que contorna o cenário florido.
Vento de guerra, que bate sobre o soldado
de joelhos feridos.
Vento imundo, que sobre os moribundos
acaba em desgraça.
Vento, vento que recebemos de graça.
É deserto
E você não desiste
Entre miragens e oásis
A beleza existe
Uma ou dunas
Três ou cactos
Coração de forasteiro
Andarilho sem sapatos
Movimento
Vento...
Que move as nuvens lá no céu...
As dunas lá no deserto...
E as ondas lá no mar...
Que tal levar a agonia
E trazer de volta a alegria
Escondida em algum lugar?