Duas
O tempo apaga as feridas, mas não um grande amor. A distância separa dois corpos, mas não duas almas.
Não gosto de gente duas caras, não aceito falsidade. Corro para bem longe de quem só cuida do corpo e esquece da mente; Quem não respeita o próximo, não respeita a si próprio. Não suporto fofocas e mentiras. Aprendi que quem muito fala da vida dos outros, é porque tem algo à esconder.
Tenho, nas minhas mãos, dois caminhos, duas decisões, mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir, entre rir ou chorar, ir ou ficar, entre desistir ou lutar. Se o mar está revolto, posso ficar na praia ou sair para pescar e, talvez, nunca mais voltar. Tenho, nas minhas mãos, o bem e o mal, e entre eles, poucos pensamentos, um diz para fazer sem culpa, o outro pensa, reflete e pede para esperar. Enquanto o mundo se perde em erros, posso me manter sereno, sem medo porque tenho a chave da minha vida nas minhas mãos. Então, hoje, me sinto mais forte, pois atravessei o deserto da alma, amei quem não me amou e deixei de lado quem muito me amava. Atravessei caminhos nem sempre floridos, que deixaram marcas profundas em mim, mas amei e fui amado... Por isso tenho em minhas mãos, bem mais que a vida, tenho a dúvida e a certeza, a esperança e o medo, o desejo e a apatia, o trabalho e a preguiça. E me dou o direito de errar sem me cobrar, e acertar sem me gabar, porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é decidir. E decidi, de uma vez por todas, ser feliz e esse caminho não tem volta...
Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra:
Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume;
Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão.
O perdão cai como uma chuva suave do céu na terra. É duas vezes bendito: bendito ao que dá e bendito ao que recebe.
Na encruzilhada silenciosa do destino,
quando as estrelas se multiplicaram,
duas sombras errantes se encontraram.
A primeira falou:
-Nasci de um beijo de luz, sou força, vida,
alma e esplendor....
Trago em mim toda a sede do desejo,
Toda a ânsia do Universo.
Eu sou o Amor!
O Mundo sinto enxágüe em meus pés!
Sou delírio, loucura...
E tu, quem és?
A segunda:
-Eu nasci de uma lágrima.
Sou flama do teu incêndio que devora.
Vivo dos olhos tristes de quem ama,
para os olhos nevoentos de quem chora.
Dizem que vim ao mundo para ser boa,
para dar do meu sangue a quem queira.
Sou a Saudade, a tua companheira,
que punge, que consola e que perdoa...
Na encruzilhada silenciosa do Destino,
as duas sombras comovidas se abraçaram,
e, desde então, o Amor e a Saudade
nunca mais se separaram.
Nota: Adaptação do poema As Duas Sombras.
Há duas espécies de livros: uns que os leitores esgotam, outros que esgotam os leitores.
Segundo Platão, originalmente, os seres humanos tinham duas faces, quatro braços, quatro pernas... e eram felizes assim, completos! Porém, desafiaram os deuses, que os puniram dividindo-os em dois. Separaram os humanos, que eram andrógenos, de suas metades. Ele diz que cada um de nós, enquanto separados, está sempre buscando a outra metade. É a natureza humana.
"É então de há tanto tempo que o amor de um pelo outro está implantado nos homens, restaurador da nossa antiga natureza, em sua tentativa de fazer um só de dois e de curar a natureza humana. Cada um de nós portanto uma téssera complementar de um homem, porque cortado com os linguados, de um só em dois; e procura cada um o seu próprio complemento" (Platão - O Banquete).
Quando as duas metades se encontram, eles se perdem mergulhados em uma explosão de amor... amizade... intimidade... Sensações tão extraordinárias, que eles não querem mais se separar, sentem a vontade de se fundirem novamente em uma só carne. É assim que se deseja quando se encontra a cara-metade, porque éramos completos... e essa busca pela totalidade se chama amor (eros).
Contudo, Platão nos adverte que só se ama o que não se tem. O objeto do amor sempre é solicitado, mas está sempre ausente. Quando julgamos alcançá-lo, escapa-nos entre os dedos. Essa nossa inquietude na origem do que se busca, o amor... amor daquilo que nos falta, pois o "que deseja, deseja aquilo de que é carente, sem o que não deseja, se não for carente" (Platão - O Banquete).
Sendo assim, porque sou carente do seu amor é que te desejo! Uma vez que não é completamente minha, serei para sempre seu! Te amo!
Pense duas vezes
Porque eu não consigo ser legal como todo mundo
Não entenda mal
Meus sorrisos fáceis são para mim
Há duas maneiras de abrir a cabeça de uma pessoa: ler um bom livro ou usar um machado. Recomendo o de Assis.
"Eu sempre achei que o amor,
Que o grande amor, fosse incondicinal.
Que quando duas pessoas se encontram, que quando esse grande encontro acontece, você pode trair, brochar, dar todas as porradas, se for um grande o amor, ele voltará triunfal.
Sempre!
Mas não, nenhum amor é incondicional.
Então acreditar na incondicionalidade do amor, é decididamente precipitar o fim do amor, porque você acha que esse amor aguenta tudo, então de um jeito ou de outro você acaba fazendo esse amor passar por tudo, e um amor não aguenta tudo, nada nesse vida é assim!
E aí você fala que esse amor não tem fim, para que o fim então comece.
Um grande amor não é possível,
talvez por isso seja grande.
Então, assim, nele, obrigatoriamente, pode caber também o impossível.
Mas quem acredita?
Quem acredita no impossível, que não apaixonadamente?
Como a um deus, incondicionalmente."
O namoro pode ser um momento mágico em que duas pessoas estão em sintonia, como também pode ser um período de extensas brigas e divergências sobre tudo.
"E" e "Se".. São duas palavras tão inofensivas quanto as palavras podem ser. Mas coloque-as juntas lado a lado.Elas tem o poder de perseguir você pelo resto da sua vida!
Se um amor ficar somente entre duas pessoas, será um amor pobre
Se gasta, quando poderia fazer muito mais... se expandir!
Se um amor fica somente entre duas pessoas
É uma forma egoísta de amar, no sentido de direciona-lo
Não se pode direcionar o amor, não se pode prendê-lo
Ele tem que se expandir! Para além de qualquer corpo! De qualquer alvo!
Tem que se expandir para todos os seres sencientes!
Porque quem consegue amar alguém consegue amar todos... pois somos todos iguais!
Pois quando se ama alguém não se ama tal característica dessa pessoa, mas sim ela como um todo!
Com todos os seus defeitos e perfeições, se ama simplesmente por se amar!
Porque prender alguém ao seu amor é como querer enjaular o mais belo animal selvagem
Devemos deixa-los livres, o amor e as pessoas
Só assim nos deixamos livres de verdade
Não podemos condenar qualquer pessoa por amar outra pessoa
Quando amar, na verdade, é o que se deve fazer! Não devemos prender o amor!
Quando alguém "escolhe" uma pessoa pra amar, geralmente a quer pra ele
Pra ser SUA mulher, SEU marido, SEU namorado, SUA amante...
E quer que essa pessoa te enxergue como o mundo dela, e vice-versa
Mas temos que enxergar que além desses dois "mundos", existem bilhões de outros...
...nem melhores nem piores, iguais!
Pois o amor realmente só existe em liberdade, ele assim não se gasta, não se definha!
Sentimentos aflitivos, sofrimentos, como o ciúme, o apego, são pura vaidade...
Vaidade de um ego que não existe! De uma existência intrínseca que não é real!
É como dar de comer a uma imagem holográfica, ou querer mergulhar num lago de miragem no deserto...
Pode ser duro às vezes entender isso, mas é a própria libertação de você e de todos
Não privar ninguém que se ama de um sentimento bom, da felicidade... deixa-la viver
Imagine isso em proporção mundial, quando se ama várias pessoas!
Inter-seja, amando.
Seja a única existência, o amor
Se o mundo acha que não vai pra frente, mas eu penso que sim, eu embarco sem pensar duas vezes. E permaneço a bordo até quando minha fé me acompanhar. Ás vezes o barco tá furado, mas eu enlouqueceria se fosse contra os meus instintos. Também sou dessas, teimosa.
Mães de Maio
Deus me concedeu a graça de ter duas:
uma à luz da vida me trouxe, mas
(que triste sina)
como nada é para sempre,
cedo a perdi
(para a outra vida)
A outra, coube a tarefa
de me acompanhar,
em meus primeiros passos
em minhas crises de aborrescência
quiçá minha loucuras...
Amei-as igualmente
Uma pela falta e pela memória
A outra pelo legado
que me deixou: sabedoria e
a placidez de viver...
Os dois se abraçaram e se deram beijos como duas pessoas que não se vêem há muito tempo. Atropelaram perguntas como: por onde é que tu anda?
Quando você desejar fazer algo por alguém, por favor esqueça dessas duas palavras: RECIPROCIDADE E GRATIDÃO. Faça sem esperar nada em troca, e caso espere, lamento informar que existem grandes chances de você sair decepcionado(a).