Dualidade Entre as Pessoas
A Dualidade Natural enquanto fato notado faz excludente a simetria... que supostamente existindo em um espaço temporal... tem a forma perfeitamente constituída do pecado original na sua totalidade... ou da santidade em toda plenitude...
Gratidão: uma das ações mais lindas da alma! O completo reconhecimento da dualidade de intenções e favores do coração!
Alma trançada
E minh’alma trança e destrança-se
Uma dualidade que não tem fim
Enfim
Me tranço novamente
Tangente limitável; proporção entre os opostos; signo dissidente; propósito na dualidade. Está sempre contido, porém presente. Percorre a fenda, conhece os mundos ; desvenda os mistérios; comanda o paralelo; se insinua , fascina, conjura
Existe uma dualidade de potência que não convergem pela mesma norma: Nascer e morrer - A primeira se abastece de uma sorte, a segunda, por uma regra !
em tudo há
a dualidade
a bipolaridade
o bem e o mal
a perplexidade
a forte e a fraca personalidade
a escravidão e a liberdade
a nulidade e a intensidade
a lembrança e a saudade
a faca de dois gumes
o côncavo e o convexo
o dentro e fora
o ir e voltar
o homem e a mulher
o branco no preto
ou o preto no branco
o claro e o escuro
o 8 ou 80
o sim e o não
o gosto e o desgosto
a graça e a desgraça
o dia e a noite
o primeiro e o infinito
o positivo e o negativo
a guerra e a paz
a construção e a destruição
o odiar e o amar
o azar e a sorte
o começo e o fim
a vida e a morte!!!
Dualidade
Ah, o amor! Como é sorrateiro...
Ele vem devagarinho
Como se não quisesse nada
Ele vem em um sorriso
Em um cheiro
Em uma troca de olhares
Em um abraço apertado
Em um carinho no momento preciso
Em um toque de mãos
Nos pequenos detalhes
Nas coisas simples da vida.
Chega aos poucos
Sem alarde
E quando menos percebemos
Ele nos invade
Toma conta do nosso viver
Do nosso coração
Da nossa alma
Da nossa emoçao
Amor é dualidade...
Te deixa feliz
Te deixa "sei lá "
Te deixa esperançoso
Te deixa frustrado
Em um momento te faz pensar que pode
Em outro momento te faz ver que querer nem sempre é poder
Te faz fazer planos,
Mas também te mostra que
Nem tudo e como queremos que seja.
As vezes o amor te mostra a realidade,
A dura realidade de que, para não perdemos alguém para sempre, temos que perdê-la parcialmente... Quem sente entende.
Leandro Maciel, Moju, 2019
...Dualidade anormal...
... Meu eu no plural.
Duas faces, a falsa é a qual?
Uma briga constante entre eu.
Comigo mesmo sendo o tal.
Não podemos ser diferente.
No mesmo espaço sideral.
Seria inconsequência na vida.
Sofrer seria o normal.
Voltando ao singular e bom senso.
Sem distorcer a forma natural...
...sivi...
Dualidade
Poesia e fraqueza
a primeira, o medo, a utopia
a outra, covardia
Ao medo, a minha estima
à covardia, antipatia
Obra poética divina
temor, fantasia
revelada na emblemática pintura
da Capela Sistina
à irreverência do grafite
não menos belo
não menos poesia
Caída no abismo, a fraqueza
o lado obscuro da dicotomia
o veneno? A covardia
ocultando a dor
realçada na pupila
picha, rasga, queima e ridiculariza
o medo, a poesia.
Dualidade sentimental
Tem se reprimido a alegria e cultuado a tristeza em demasia. Não que uma se sobreponha a outra em intensidade.
Tem se vivido dias intermitentes de chuva, dias úmidos e cinza, dias sem nada para se colorir, senão, o imaginário.
Já não se brinca mais na tempestade, aliás, a mesma já não tem mais o tom ameno de outrora, nem a inocência com que molhava o corpo e a alma.
Tem se buscado mais o drama, a comédia, ao romance, como se a escassez de lágrimas fosse uma calamidade, como se a alegria em demasia extrapolasse a naturalidade.
Como se a felicidade, sem uma pitada de tristeza e emoção não bastasse. Vivesse a dualidade entre sentimentos opostos.
Há quem busque prazer na tristeza, faz da dor, um êxtase anormal para quem vê e normal para quem vive.
Um hábito corriqueiro e entranhado no âmago de quem se permite relacionar e viver com a tristeza.
Como se fosse tomado pelo sentimento de culpa. Culpa por não ter tempo para chorar, nem sofrer, nem se condoer com as próprias dores.
Não há pecado em ser feliz, em se expor ao ridículo, em gritar ao mundo: Eu sou feliz! Pois, não há a iminência da separação, nem retaliações.
A felicidade independe do outro, nem deve explicações a inveja, nem a tristeza e nem a solidão que se vê desamparada.
Dentro do Teu pequeno mundo ainda cabem tantas alegrias.
A tristeza, a dor e o sofrimento são sentimentos opcionais e descartáveis. A felicidade é uma urgência, uma necessidade, um direito teu! Um bem essencial.
Fenda dupla
Algumas vezes me entorpece, algumas vezes me envenena.
É transferível, a dualidade humana, aos objetos?
Às cidades?
Esse mesmo chão que me encanta em seu movimento, que me aquece, me conforta, o mesmo chão me afasta e me entedia, me angustia, me revolta.
Ou será que ele não muda? permanece estático, e eu, apenas eu me modifico?
O quanto do que eu sou resiste ao onde sou? o quanto o onde estou resiste ao que eu faço?
O quanto o que eu escolho, escolhe à minha volta, por outros? o quanto as escolhas alheias falam em mim?
Talvez o chão apenas se mexa, e é no movimento que exista a incerteza, vetores cruzados, e o estático seja um resquício, uma impressão.
E a vida se modifica quando se observa, enquanto se observa.
E eu observo!
Procuro o que corrobore meus vetores, enquanto tudo eu mudo, me muda, à minha volta.
Algumas vezes me enveneno, algumas vezes me entorpeço.