Drama
"O drama me habita sem sequer pagar aluguel. Se instalou no meu ser sem pedir licença e assim foi ficando. O pior é que agora não sei se ajo por mim ou por influência dele..."
E quando tudo acabar, não se intitule mais machucado do que, de fato, você está. O drama é mesmo uma arte, mas se levado a diante, pode ampliar sua dor e criar mais do que realmente existe.
O drama personificado de uma maneira que nunca vi antes. Diz que vai sumir, que não quer mais te ver, mas está ali , do outro lado da porta esperando você ir atrás. Ciumenta ciumenta ciumenta, assim, repetitivo, como se não houvesse amanhã. Não fale mal das coisas que ela gosta, nunca , pode se arrepender por isso, ela não segura a língua. É única, parece que ninguém nunca foi antes dela. Escreve como ninguém, como eu, como ela. Se transforma em palavras e você nem percebe. Não consegue fingir, explode, se esconde. É carente, nossa, e como é carente. Tem mal gosto pra amizades, meio gosto pra música, uma percepção inconfundível. A voz ? Esquece, você não vai aguentar ficar muito tempo sem ela depois que ouví-la. Não pega no pé, ela te chuta. Cuida, que ela te ama. É linda, é chata, é doce, é meio amarga, é embalagem embrulhada, dessas que rasga se não abrir com cuidado. Extrema e irredutivelmente teimosa, irresistível. Só conquiste-a, todos os dias, e não esqueça de levar os lenços, tenho certeza de que vai precisar.
A vida.
Contada e cantada.
Uma crônica.
Um drama.
Um poema.
Uma piada.
Uma valsa.
Um samba.
Uma verdadeira ciranda.
Quando a música sugere dançar colados um no outro...
Ah, é uma pessoa amiga ao seu lado!
A vida.
Talvez a última mente jovem liderada pelo doce açúcar, pela doce sutileza do drama junto ao café amargo derramado no assoalho antigo. Ela seguiu um caminho diferente – diferente do caminho traçado pelas jovens comuns – que a fez caminhar em uma direção sutil e magnífica, delicada o bastante para afastar o interesse dos jovens comuns. Uma compatibilidade de rimas, linhas, palavras rabiscadas que tornam-se vivas e vividas. Ler suas frases acaba se tornando um vício, vê-la cultivando pequeninos sonhos, pequenas memórias, pequenas esperanças e pequenos prazeres. Ao sentir o aroma desta rosa deslumbrante. Que fascínio! Um grande mistério, palavras incógnitas me prendem até o fim. Neste jogo de letras, que antes embaralhadas fiquei viciada, não consigo mais sair. Algo dentro de mim, me força a continuar, conhecê-la mais afundo, compreendê-la, talvez seja eu uma idiota, talvez eu esteja sendo incoerente, uma tola com xícaras na mão que se afunda cada vez mais em melancolia e nostalgia.
Essa é nova
você diz que lamenta
Que não foi sua culpa
me enganar
Entro em drama
faço a maior cena
Tudo isso por achar que sabia amar
Só que a culpa não é minha.
Agora que eu entendi
Vou me purificar
de tudo que há de você
em mim
Vou me arriscar
na vida como nunca fiz
Vou amar outra vez
e talvez de novo me arrepender
mas a graça da vida estar
em sempre tentar
se purificar...
“Não conte suas histórias pra quem faz comédia dos seus dramas e pra quem faz drama das suas comédias.”
Eu sinto um prazer perigoso no drama toda aquela arte do caos me faz ter a sensação de que tudo posso se eu pensar que posso, a dor me faz mas criativa, o descontrole me revela verdades profundas. Talvez seja da amargura que nasce o artista escondido dentro da sua própria negação eu não ter coragem pra ser do jeito que é.
A sua vida é como um filme: há enredo, personagens, drama, romance, aventura, ação, suspense, comédia, terror. Um pouco de tudo. E, nesse filme, você é sempre o protagonista. Pena que, nesse filme, o protagonista sempre morre no fim.
Tem gente melhor que por eu aí,
mas ninguém faz o que eu façoa
Ainda apegado ao drama mas quanto mais me dedico menos sofrencia me dá cuidado, quando era de outra época me chamavam de blindado, era só futebol e agora é por todo lado.
aprendi a ficar calado e selecionar cada palavra que eu falo, careço das vírgulas mas mesmo atropelando os verbos sinto chegou um controle na ciência dos cuidados.
"Os atores"
Na berlinda da vida, os atores somos nós, representando um drama ou uma comedia,
Procuramos representar nosso papel, pois a plateia e exigente, um apupo ou uma vaia, estamos sujeitos, o enredo tem mais atores,
Mas somos os principais, tem hora que somos os mocinhos, hora somos os vilões, quando encerrar o pano no final, vão analizar nosso papel.
No grande palco da existência, desempenhamos múltiplos papéis, enquanto observamos o drama de nossas próprias vidas
Como se morta, clama pela vida.
Como se viva, da vida reclama.
Se vê nadando por um mar de drama,
Se vê voando por um céu, perdida.
Pensa: e se a morte me apagasse a chama?
Grita: e se a vida não me for vivida?
Arranca a morte dessa vida, dama.
Mete vida nessa morte atrevida.
Chora: e se a vida pela morte clama,
Como faço para não ser ferida?
Basta que corra quando a chama inflama.
Basta que viva descomprometida.
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Sou Botafogo, o que já começa por ser um pequeno drama que não torno maior porque sempre procuro reter, como as rédeas de um cavalo, minha tendência ao excessivo.