Drama
É este o grande drama do prazer; todas as coisas agradáveis acabam por amargar; todas as flores murcham quando as colhemos, e o amor morre tanto mais depressa quanto é mais retribuído. Por isso o passado parece-nos sempre melhor que o presente; esquecemos os espinhos das rosas colhidas; saltamos por cima dos insultos e injúrias e demoramo-nos sobre as vitórias. O presente parece muito mesquinho diante de um passado do qual só retemos na memória o bom, e diante de um futuro que ainda é sonho. O que alcançamos nunca nos contenta; ‘olhamos para diante e para trás em procura do que não está ali’; não somos bastante sábios para amar o presente do mesmo modo que o amaremos quando se tornar passado. Quando mergulhamos num prazer, o nosso olhar vai para longe - a felicidade ainda não está alcançada apesar de termos o deleite nos nossos braços. Que mau demônio nos afeiçoou assim?”
Will Durant, in Filosofia da Vida
Eu me apaixono mesmo
Me iludo mesmo
Faço drama mesmo
Sofro muito mesmo
Oscilante, porém constante...
Eu vivo mesmo!
Fazia drama como ninguém. Um dia era pura tragédia, no outro só comédia. E assim vivemos nosso amor de verão.
"Observei teu caminhar, tuas inúmeras vitórias, teu esquecimento e não sofri, chorei só e encolhi, afastei-me do luar, do meu único refúgio, minha mãe. Aceitei essa culpa até não querer vida, sentia ela indo mais e mais, faltou vergonha, faltou coragem, só queria deixar a existência. Insatisfatória não morte, ainda estou aqui."
No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se… Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. Talvez os amores eternos sejam amenos e os intensos, passageiros. É isso.
O drama está todo na consciência que tenho de cada um de nós ser ''um'', ao mesmo tempo que é ''cem'' e que é ''mil'', que é ''tantas vezes um'' quantas possibilidades há nele.
Seu drama não era o drama do peso, mas da leveza. O que se abatera sobre ela não era um fardo, mas a insustentável leveza do ser.
E o grande drama é que o consumista nunca é feliz, pois desvaloriza o que tem para sofrer com o que ainda não tem.
Procurei me esconder do drama
mas ele atravessou
as paredes da minha casa
e me encontrou parado,
diante do espelho,
com um certo constrangimento,
como se envelhecer fosse pecado...