Dormir
"Faça o que você ama e você será rico"
Quem inventou essa máxima certamente, não amava comer e dormir.
Irmão mais a vez cê me fez derramar lágrimas
Me perdoa, me perdoa, eu choro cada vez mais
Me perdoa, não consegui fazer nada, nada irmão
Vazio que me consome e destrói meu coração
Eu tinha que ter sido mais forte
Porém não fui capaz de impedir tua morte
Talvez se eu tivesse me ajoelhado, orado, pedido a Deus...
Implorado a ele pelo bem dos meus
Mas nem a carta que você me pediu consegui escrever
Me perdoa, não fui capaz de salvar você
Me perdoa irmão, eu não cumpri a promessa
Escrevo milhares de cartas e milhões de pedidos e mais um nessa
Irmão me perdoa, pra que eu possa me perdoar
Choro todas as noites até ficar sem ar
Ouvir rap, comer feijão no pão, ligar as 3h da madruga...
Irmão por favor me ajuda
Não consigo mais viver com essa dor
Me ajuda por favor
A cada dia mais vejo meu fim, armas, drogas, álcool sempre a mão
Não quero que tudo seja em vão
Só sinto o gosto salgado das lágrimas e vazio no peito
Tem hora que riu, finjo felicidade, só que não tem jeito
Penso apenas no dia que chegará meu fim
Por favor irmão, me ajuda a seguir, não quero ser assim
Prometi que te salvaria, mas não fui capaz
Preciso cumpri a outra promessa pra ter de novo paz
Escrever se torna uma tortura
Antes escreve era uma cura
Mas hoje é uma doença
E a cura é apenas temporária, mesmo que todo dia eu vença
Eu mal consigo distinguir o que é racional
E o que é meu desejo bestial
Meu temperamento oscilante hora mal, hora pior
E a dor se tornando maior
Eu preciso acorda desse pesadello, mas ele é real
E o lado bom é irreal
Lagrimas, saudade, aflição, solidão, medos...
Mão treme sempre q a caneta fica entre os dedos
Respiro fundo
Tento esqueçer tudo por um segundo
Mas todas as noites os monstros vem me visitar
E issistem em me fazer lembrar...
Outra noite em claro na insônia
Caos em perfeita harmônia
recostar para pensar,
descansar para poder lidar,
reclinar para transbordar,
derramar meu cansar sob o leito que me entornas, lançar para a noite meu afago segregar.
Vou dormir só hoje,
E o que eu tenho pra dizer
Eu espero, te cantar
Num próximo amanhecer
Em que você esteja
Em que você deixa
uma música rolar (retorna)
E quando ela parar
Você volta pra mim e canta
Baixinho que me ama
Que me ama e não tem
Motivos pra parar (não tem)
O que eu pedi
nos momentos tão meus
Não saberia que era você
Que iria me trazer (você)
O que eu pergunto
Antes de deitar
Não saberia que
É você que viria
Me fazer sonhar (contigo)
Compôs meu céu tão escuro
E vazio com o brilho reconhecível
do seu sorriso
Impossível não te amar
Eu te tenho e não deixo
Te tenho mas desejo
Ter seu cheiro e voz
pra me acordar
Seu olhar descansado
Um café bem passado
Um abraço apertado
E uma vida pra levar (nós dois)
Dizem que durmo tarde,
tarde não durmo então não entendo!
Quando adormecem já está tarde,
e eu durmo cedo... Amanhecendo.
Meu segredo!
Meu pobre coração é tarde!
Durma eternamente dentro do meu peito,
infelizmente, fui covarde,
agora não há outro jeito!
Meus olhos tristes se fechem logo!
Preciso dormir um sono sem fim.
Ao menos, enquanto durmo, sonho,
é quando te tenho aqui comigo!
Posso tocar-te, beijar-te, amar-te...
Por alguns momentos, viver faz sentido
e meus sentimentos, enfim, são correspondidos!
Quando a vida acorda, nos meus olhos,
não ouso te fitar, tenho medo!
Teu nome?
Não digo, é o meu segredo!
CASA DA GENTE
É simplesmente acolhedor
Repleto de muito amor
Suave, doce e manso
Tudo tem o seu lugar
Com cor, graça e tamanho
Tenho a minha rotina
Que todos vão respeitar, para não surtar
É tudo, tudo do meu jeito
Do jeito da casa da gente
Os brinquedos ordenados
Lado a lado na prateleira do quarto
A colcha rosa florida, tão fofa e conhecida
As gavetas bem arrumadas
E a Lily sempre arteira
Pula em cima de mim, a morder os meus pés
É hora de acordar
É tudo, tudo do meu jeito
Do jeito da casa da gente
Banhinho quente, como a mamãe sabe me dar
A roupinha escolhida, em cima da colcha florida
No lanche matinal sempre igual
A minha espera ele está
O perfume da comida está a preparar
Cheirinho caseiro preparado com carinho
Inunda minha casa logo cedinho
É tudo, tudo do meu jeito
Do jeito da casa da gente
No sofá me jogo logo faceira, ligo a tv que não assisto
Os folhetos em cima do puff
Que eu pego, onde estiver
Não podem mudar de pilha
Os conheço um a um, simetricamente empilhados
Que a Lily insiste em derrubar
Vai sobrar para ela tenha certeza
É tudo, tudo do meu jeito
Do jeito da casa da gente
Chegou a hora do almoço sempre pontual
O meu prato é o primeiro a ser montado afinal
Que devoro a um piscar
E a mamãe brava comigo
“Come Lele, come devagar”
Levo o prato para a pia
Que a mamãe vai lavar
É tudo, tudo do meu jeito
Do jeito da casa da gente
Já é de tarde e confiro as pilhas de papel
Se ainda estão como eu deixei
As vezes dá um tempinho
Quando a mamãe para de trabalhar
Vamos dar uma voltinha, com a Lily na coleirinha
E nós duas brigamos sempre, no compasso do caminhar
Ela cheira o muro e eu quero voltar
É tudo, tudo do meu jeito
Do jeito da casa da gente
Logo chega o jantar, que eu estou a esperar
O meu prato é o primeiro a ser montado afinal
Que a mamãe vai preparar, devoro a um piscar
E a mamãe brava comigo
“Come Lele, come devagar”
Levo o prato para a pia
Que a mamãe vai lavar
É tudo, tudo do meu jeito
Do jeito da casa da gente
Já são seis horas e a vovó vai ligar
Falo com ela sempre as mesmas coisas
E termino com um “te amo demais”
Tomo o remédio para não perder a hora
Lily sempre faceira morde o meu pé, me deixa em paz
Às vezes o papai vou esperar, mas eu quero mesmo é nanar
Essa é a MELHOR CASA do mundo
É tudo, tudo do meu jeito
Do jeito da CASA DA GENTE
Cassia Guimarães
Não só vai me ouvir...
vai parar pra me escutar e aplaudir.
me perguntar por onde estava, que eu não te vi.
No meu colo vai dormir, sabendo que minha inspiração é ti.
Dormir ainda é o melhor remédio; Silencia o desejo e a vontade. E ao acordar já nem me recordo mais.
Dormi e sonhei
com uma doce realidade
Acordei
Foi apenas um sonho
A realidade não é doce
Doce é a vida
com suas agruras e venturas.
No breu da noite
A noite chegava
Pouco se fazia
A noite chegava
E a cidade dormia
Contavam os feitos
do resto do dia
A noite chegava
e a cidade dormia
Brincavam, jogavam,
faziam folia
A noite chegava
e a cidade dormia
A noite chegava
o breu assumia
A noite chegava
e a cidade dormia
-da época em que
tudo era mais fácil