Dormir
QUISERA
Quisera dormir um sono solto
Encabrestado
Seguro em minha própria crina
E resvalar nas nuvens
Como ave leve
No levante do dia.
Ser teu amor nesta quimera
E cogitar sonhos na primavera
Vendo jardins inteiros
Entregando-nos roseiras,
De puras flores,
De vida e cheiro.
Caminharia contigo até
Nos cansarmos com o dia,
E que ele pedisse uma parada,
E nessa distância
Fosse algum atalho
Rumo dos mesmos pontos
De onde houvesse largado
De tua mão a última ponta de dedo,
Uma vontade de não querer ir.
E nesse engano voltasse a partir
Pro mesmo sonho, a minha vida.
Vou dormir com os botos cor de rosa que encontrei em minha viagem "bate, volta" de Marte e sonhar com os gnomos de minha vida.
As vezes quando deito minha cabeça no travesseiro para dormir, eu penso em você. Gostaria de saber os seus pensamentos, quais são seus medos, sonhos, desejos. Se pensa em mim da mesma forma que penso em você.
Peso
Quando você está longe
Me arrebata uma incômoda sensação
De dormir apenas com um lençol
Sendo que eu não consigo dormir
Sem uma colcha, algo que faça um certo peso.
Meu corpo não vai descansar
Vou acordar cansado, oprimido
Pelo peso do lençol.
Eu adoro dormir. Sabe porque? Porque assim eu consigo me afastar desse mundo maluco e entrar no meu próprio mundo, que fica bem escondido, aqui no fundo de minha mente.
Confesso que várias vezes fui dormir com o seu olhar em minha cabeça e tem dias que odeio andar pela casa ou me deparar com situações que na época me fazia te contar. Há dias que me lembro de cada canto que sentei, aflita, esperando que você aparecesse.
São 72 horas sem dormir,
Ao fechar os olhos, você vem me ver
Já não sei, não pensar
Já não dá, para não olhar
Não me lembro o que é dormir,
Nem o que é sonhar com outro alguem
Me esqueci, de te esquecer
VOU DORMIR
A noite cai, o dia se vai.
Uma luz apaga, outra luz aquece
Uns sonhos acordam
outros mais adormecem.
Corujas vagam
andorinhas descansam,
morcegos flutuam
gaivotas não cantam.
Ruas vazias
pensamentos em vão
meu corpo jazia
em tempos de verão.
Se tudo ficar escuro
que acendam uma vela
em vermelhos tons
brechas amarelas.
Se as horas circulam
e assim tenho de ir,
boa noite, sonha com os anjos
apaga-se a luz... vou dormir.
(...) ELA EMENDAVA PEDACINHOS DE RISOS PRA DORMIR NUM DIA BOM.
Tão inusitadamente...
Então passei a observar o jeito dela,que se punha ali estática,toda vez que eu me voltava pra janela.Era costume,repartir aos pombos as migalhas do meu café.Toda tarde,via quando ela me seguia, pelo canto dos olhos,atravessar a segunda cortina,fina,do mesmo cômodo e rapidamente mudava alguns passos.Menina estranha - eu dizia. De propósito assustava os bichinhos só pra vê-la com as mãos,esconder um sorriso;acompanhando no céu as aves dançando sobre o mesmo lugar.Ela me trazia uma saudade,e era só isso que me fazia ficar parada, olhando como é grandioso o nada,quando o tudo é o que menos se tem naquela hora.Talvez viesse pra me mostrar algo.Algo a resgatar. O som da minha janela quando se abria,a conduzia de imediato áquele pátio verde-musgo, onde o sol pouco ia; como se eu fosse a melhor parte do seu dia.Me batia um medo as vezes;nunca sabia o que de fato ela queria,porque a menina que falava com o olhar,dava ali teu limite: arredia e encantada,como fada.E foi numa tarde dessas,que pus as mãos sobre o queixo,indagando;invejando teu desleixo,naqueles pezinhos sujos sobre o chinelo inverso.Eu sorria e ela me devolvia com uma doçura jamais sentida.Coube a mim a estupidez quando dei por conta do café na minha mão.Seria o motivo a qual tão esperançosa, se punha em minhas minhas tardes,num tom de florescer?Fiz com as mãos um gesto,oferecendo-a e imediatamente ela correu.Pela primeira vez,se foi antes de mim.E eu diminui,diminui,diminui...ganhei a frieza do chão.Pela janela ainda aberta,respirei um aperto pra dentro,como se tudo em minha volta houvesse sumido naquele momento.Me doeu a razão: a menina não buscava o pão; ela emendava pedacinhos de risos pra dormir num dia bom.
Quando estou a dormir - maior parte do dia -, os sonhos me demonstram que sonhar é a melhor fuga que existe.
Quero alguém que tenha novos gostos pra música, que implique por eu gostar de dormir no canto da cama, alguém que discorde das minhas idéias, talvez assim eu possa aperfeiçoá-las. Alguém que mexa com as minhas manias, que mude a minha rotina, alguém que tenha experiências diferente das minhas, alguém que eu possa ensinar algo. Hoje eu escutava uma certa música e reparei no quanto a melodia era esquisita sem a voz do cantor. Talvez me falte a melodia, ou o cantor.
É difícil admitir, mas eu não consigo nem dormir.
Porque quando fecho os olhos lembro dos nossos carinhos, abraços e amassos, dos sussurros abafados no meu cabelo e no travesseiro, lembro do seu olhar interrogativo, do meu sorriso besta. Gosto das fotos tiradas e das poses feitas. Desejo e vejo o seu rosto timido e seu sorriso sapeca depois de me querer. Sentir evaporar cada gota de suor no seu corpo. Ninar você. Imagino cada momento em uma moldura. Revivi. Agora ja posso dormir.
Eu só queria não precisar dormir e se dormir, não precisar acordar. Por que não dá pra viver em meio ao sonho e a realidade.
Tu nem sabe, mas te ponho pra dormir e zelo pelos teus sonhos todas as noites. Te escrevo coisas lindas todos os dias. Meço cada vogal, cada consoante, só pra me assegurar que as minhas palavras são em favor da tua felicidade.