Dor e Sofrimento
O sentimento é tolo quando você é a cobertura do bolo, és opcional, alguns vão lhe escolher, já outros vão te fazer sofrer.
Nós não podemos obrigar as pessoas a serem o que elas não são
Então sofrendo calada prossigo, sendo minha própria inspiração.
Controvérsias
Te escrevo esta lírica crítica poética
Como um tolo devaneio desta minha mente
Antes tão inerte, agora inquieta
Redijo substantivos e vocábulos
Tão mornos e oblíquos
Afim de encontrar acalento
À esta minha vida, morna e incerta.
De amantes a inimigos
Malditos escravos
De devaneios antigos
De estranhas aversões
Nossos nocivos estragos
Eu queria a calmaria
Do encontro das marés
Queria a melodia
Orvalhada dos ouropéis
Queria não ser tão estático
E poder não sentir
Essa minha dor
Mas não sei se queria
O privilégio de chamar-te de amor
No ápice de minha saudade
Houve um lapso temporal de desespero
Em que sem pudor ou medo,
Infligi a mim, uma dor de total desmantelo
Queimei-me a pele
Por não suportar o queimor que me aquecia por dentro
Meus epitélios pareciam desgrudar da derme
E seu nome não me saía da cabeça
A tu, eu perdi a sanidade.
Nem mesmo todo o tempo que passamos na estrada
Bastaria a compensar as horas que perdi delirando por ti
Queria não ter essa intensidade exacerbada
Mas das rosas que você me deu,
Sou a estragada.
Desvencilhei-me das lembranças tuas
Mas tua foto ainda está em minha cabeceira
Ainda sinto teu cheiro em pessoas alheias
Em minhas andadas rotineiras
Queria ter lembranças como as suas
Boas e puras
Mas nas minhas,
Só fomos dois inconsequentes
Cambaleando sob a linha tênue à margem da razão e da loucura
Beijei bocas das quais não lembro o gosto
Pousei em corpos estranhos, conhecidos e em tantos outros
Mas sempre foi você,
O fogo que me torna imune aos sopros
Estou numa bolha de inércia prestes a ser estourada
Meu mundo rosa tem coloração acinzentada
És parte fundamental desse caos instaurado em mim
E sem você, eu me resguardado
Nada mais vai ser cem por cento
Nada tem a beleza extraordinamente quântica
Linda, leve
Como teu sorriso e teus cabelos ao vento
Minha energia lasciva destruiu teu carro
E a minha sanidade,
Me trouxe os debates existenciais sobre a beleza da ida
Mas se eu não fosse azarada,
Não conheceria quem me ensinou a fórmula de resolução
Ou da destruição de minha vida
Toda a incompreendida chama que juravas ter
Era brasa molhada, fogo de palha
E agora, cobrança de saudade
Que só sobrou pra mim
Junto à esse romantismo ultrapassado
À imensidão de lirismo incompreendido
Você me trouxe de volta à monótona realidade.
Com a dor de ser o que sou,
Acabou.
Acabaram os vocábulos
Todos os numerados fósforos foram queimados
E apagaram
Só restou a fumaça
E a dor reconfortante de quem os segurou até o final.
Serei sua
Enquanto meus versos inconformados e desajustados
Insistirem em ser seus.
Thaylla Ferreira Cavalcante
É interessante como as pessoas gostam de sofrer, procuram até as dores dos outros para se conectar com o sofrimento. Será compaixão? Será moralismo? Ou será vício emocional? Esse é o combo da morte!
não sei por quanto tempo fui capaz de fingir que eu estava bem. atuava pra ver se funcionava. me mascarava até que um dia me tomasse a alma.
mas não adiantava. no final do dia ainda era eu. euzinha da silva. cheia de vontades e sonhos reprimidos. cheia de mágoas e culpas mal curadas.
A gente tenta, a gente se importa, a gente corre atrás. A gente se arrebenta, a gente chora, a gente se desfaz. A gente ama, a gente perdoa, a gente sente demais. No fim nem a "gente" ta junto mais.
Tudo normal
Não duvide quando digo
Que tenho-te como amigo
Desde antes do sol se pôr
Juro pelo frio que nos abraça
Que desfaço essa cilada em que nos colocou
Tudo que vejo é azul e sereno
As faixas amarelas da estrada são intermináveis
Misturam-se com meus pensamentos
Eu e você
Juntos num quarto pequeno
Que sem você meus dias são nublados
Que você rouba o sol e seus raios
Que o motivo de tudo tem teus olhos amendoados
Se já fiz-te inquilino
Dei-te abrigo
Implorei atenção
Você vive mergulhado
numa realidade alternativa,
ébria e pouco habitual
Afinal,
Esse é nosso normal.
Thaylla Ferreira Cavalcante {A}
Bom, após ignorar todos os conselhos das pessoas que me rodeavam tomei como decisão ignorar o único Ser que não podia.
Não aconselharei a ninguém a tomar decisões se não for com amor. Se andas em uma vida monótona e morta, espere e anseie pelo renascer.
Direi ainda que minha pior atitude foi escolher a paz provida da fuga de uma batalha, me matei após ter perdido tudo o que me valia - Não era
dinheiro, não era bens materiais e muito menos orgulho.
Acovardado, sem um Pai e sem emoções, eu não tinha como valorizar o que passava na minha vida, não valorizei os outros que me amavam nem menos as suas atitudes mais benevolentes.
Agora terei de lidar com o estorvo de lidar comigo, carregarei um fardo amargo de todas as pessoas que magoei, pensando que eu poderia ter feito diferente, eu poderia ter tentado.
Eu nada ganhei além de amadurecimento, quem saiba a velha e boa sabedoria não me volte a ser valiosa?
"Alguns homens parecem-me experimentar uma espécie de descontentamento existencial constante. Possuem a capacidade de transformar a mais intensa das dores em auto-conhecimento. Parece até que eles sentem prazer em sofrer."
Sobre o que parte antes da hora
O sangue é a vida e a morte
Perca-o, e você se perde
Encontre-o, e alguém você perdeu
- Todas as noites eu dormia com medo de ter te perdido na manhã seguinte
Uma sexta-feira à noite em casa remoi os pensamentos e os questionando até que naquele momento me falta fez um abraço qualquer mas firme. A vida me fez da solitude amiga, e com um travesseiro macio agarrei e, então, percebi que notoriamente ele servia tão bem quanto qualquer pessoa: ele me enxugava as lagrimas sem julgar.
É normal que um computador velho com anos de uso venha a falhar até que não mais tenha solução. Muitos vão ainda tentar solucionar com reposição de peças novas ou usadas em bom estado, mas tem sua validade que deve ser respeitada. É incomum o contrário, algo novo surtar e mesmo repondo seus pequenos circuitos há ainda de quebrar e insistir em não querer mais funcionar. Nesses momentos bate uma raiva grande, imagina-se azar por acontecer justamente com o seu equipamento novo. E não adiantará nenhuma das inúmeras tentativas de salvar seu circuito, colocando novas peças que o mantém funcionando por intantes. Isso será pior, pois haverá apenas frustrações e desgaste do equipamento por utilizá-lo forçadamente. Certamente por dentro ele corrompeu em algum ponto que ainda não há tecnologia suficiente para ajeitar. Nesse ponto, devemos então deixámos de ser materialista, saber reconhecer que nem tudo será igual, e em alguns casos haverá problemas em novas tecnologias sim. Com isso, deixamos então que aquele tão novo e conservado aparelho venha a ficar como estatística de algo que quase nunca acontecerá.