Dor da saudade
Saudade dói sabia? Então venha e me deixe sentir teu cheiro, te abraçar forte, beijar sua boca e lhe dizer o quanto senti tua falta. Coloque sua cabeça sobre meu colo e me deixe mexer em teus cabelos, passar a mão em teu rosto e ouvir você dizendo bem baixinho que também sentiu minha falta. Deixe-me ver que você está bem.
Mas em momento algum se pôs em meu lugar? Não sentiu saudade de nós? Nem um pouquinho sequer? Não se perguntou nenhuma vez se chorei de saudade ou se me corroí de vontade de ir ao teu encontro? Em algum momento pensou em mim ou em como eu poderia estar me sentindo?
Não imaginas o quanto gosto de ti, meu amor. Volte e me prometa nunca mais partir. Venha para ficar.
Amar não dói
dói a saudade
dói os olhos por não ver
a pele por não tocar
dói o nariz, a boca,
quem disse que o coração não dói?
dói de querer se ausentar
de sair do corpo
de não querer mais amar.
SONETO???
Padeço pensando em ti
Que em porto velho está
A saudade dói ao lembrar
Sinto não te-la aqui
Jovem amiga Poliana
Como marca teu sorriso
Arma de fazer amigos
Encanto que almas inflamam
Linda diva flutuante
Entre o rosa e o azul
Tem um ser multitonante
Posso dizer sem pudor
Poliana nobre plebéia
Tens encantante fulgor
Saudade é aquilo que ficou de quem não quis ficar; ou de quem teve que ir.
A saudade dói e não tem farmácia de plantão que resolva.
A saudade é o torpor dos mortais que ainda vivem, é uma viagem que transcede o tempo, que eterniza o passageiro, que desatina alguns e modifica todos.
Será que quando a saudade dói significa que uma parte de nós está ausente? Mas como poderemos viver incompletos?
Será então que muitos de nós estamos vivendo pela metade?
A Saudade dói.
Ela é a única dor que não tem nenhum remédio que a faça para de doer.
Ela tem cheiro, tem voz, tem nome e sobrenome.
A saudade arde no peito como a pimenta arde na língua.
Queima feito fogueira em brasa. E deixa um buraco enorme no coração de quem sente.
A Saudade, Doí....
Mais eu penso, se ela não doesse, tanto assim...
Não faria sentido, senti-la tão intensamente em mim!
A saudade doí tanto que eu não sai da cama hoje. É um daqueles longos dias nublados, sem energia solar o suficiente para recarregar o coração com luz.
Hoje não sonhei com você, não tive notícias suas, não senti sua presença.
Não me inspirei na sua estrela guia a me iluminar esses dias, apenas pensei comigo mesma, por onde andará esse sol, que não nasceu com o novo dia a clarear meus sentimentos tão adormecidos.
Foi quando decidi voltar a dormir e desde então não tive coragem de me levantar, talvez para tentar te encontrar nos sonhos ou evitar de acordar sem te ver no azul do céu outra vez.
Mas realmente é um daqueles dias melancólicos, em que meu peito transborda pelos olhos, ao som da tempestade que chove a ausência de você.
Um belo dia, seremos surpreendidos pelo amor. Então, compreenderemos que a saudade dói, que a distância fere e que o silêncio conta segredos. Quando o amor nos acerta, a gente chega à conclusão que somos transformados em dois, vivendo num só corpo, repletos de sentimentos em quereres múltiplos.