Dominação
Selvagem
Quando se doma um selvagem,
ele perde sua essência,
o mistério da alma...
O encanto não está na dominação,
mas, na liberdade.
Entre quatro paredes, toda mulher gosta de um carinho... Um tapinha na bundinha, uma coleirinha e um puxãozinho no cabelo...
Mirella
Quem vai desconfiar
Dessa sua submissão
Quem vai descortinar
Seus mistérios menina
Seus amores e tremores
Nem mesmo saberia
Que a meiga e dama gentil
Tem alma de escrava
Feita para servir ao senhor
O dono que beijas os pés
Nas ruas desfilas
Oh, bela madame
Com seus saltos pretos
No quanto é a cadela
Escrava Mirella
Leopardo Dom
São as faces ocultas governantes sombrias do mundo que fazem do nosso livre arbítrio um instrumento de dominação. É necessário muito cuidado.
Paciência
Tô velejando por aí
Passeio transcendental
Para olhar dentro de mim
Andei perguntando
Sobre a ventania ao vento
Colhei tempestades
Fiquei desabrigado
Revolto numa solidão
Olhando para o infinito
Me vi tão vazio na multidão
Um grito de loucura me deu a mão
Quero sair desse lugar distante
Ainda lembro da vontade de nadar
Das brincadeiras na estante da sala
Agora crescido já perdir o tempo?
É tão estranho está sozinho
Mas, nunca é tão tarde para ser feliz
O tempo não está perdido?
Palavras não são respostas
Para as perguntas atravessadas
Num mundo veloz quem quer saber?
Hoje amanheci sem culpa
Não vou arquitetar desculpas
Quero mim recomeçar, não fujo
Não vou descartar o sofrimento
Nem zombar da esperança
O fogo do meu coração está vivo
Leopardo Dom
Cicuta
Vejo na taça cicuta
Por precaução não bebo
Ela esperou com esmero
Paciência de ferro
Para me envenenar
Lia Kafka por admiração
Não gostava de coincidência
De uma prudência delicada
Seu riso comedido
Verdadeira faca amolada
Recitava Homero de improviso
Usava livros como correntes
Declamava sonetos gregorianos
Assim gozava infinitamente Encharcada de prazeres
Eu era a contramao, sem desejo
De todo farto conhecimento
Negava-me a curiosidade
Sem pretensão fugia
Receava chama da luz
Foram várias tentativas
Ela queria me curar
Da minha extravagante estupidez
Desesperada implorou
Antes de desistir
Fez de mim cobaia em tudo
De submisso à dominador
Ao se sentir fracassada
No plano kafkiano
Resolveu acabar comigo
Leopardo Dom
O risco de não se dar tratamento digno e justo às pessoas é que, a partir da hora em que um primeiro se rebela, estabelece-se um referencial para que outros o imitem ao se perceberem na mesma situação de subserviência. No momento seguinte o agente dominante terá em todos os demais uma potencial ameaça de desmantelamento em cascata de sua estrutura de poder, tendo então que conviver com uma espada pendendo sobre sua cabeça durante todo o tempo em que permanecer repetindo com os que ficam os mesmos erros cometidos com o rebelado. Se for inteligente, restar-lhe-á então usar a experiência para mudar o rumo ou caminhar inexorável e seguramente para sua tragédia anunciada.
A mídia é uma das mais poderosas ferramentas de controle das massas populares: pode levá-las a condenar inocentes e a absolver culpados, dependendo dos interesses de quem controla a própria mídia.
Vivemos em tempos difíceis de globalização, onde os sistemas econômicos, religiosos, políticos e sociais mundiais pregam por indução a uniformidade, a mais fácil dominação pela supremacia na teoria homogênea de iguais. Os mutantes, transgressores, transgêneros e os personalíssimos são sem duvida a voz rebelde mais forte da resistência na luta individual da liberdade, por isto que a tantos incomodam. Enfim os diferentes hoje estão bem mais certos e não contaminados com a mesmice institucional escravizante.
Todo poder que procura se impor sobre pessoas, instituições e nações, fazendo uso de mecanismos conhecidos ou ocultos de dominação, não é um poder democrático, mas ditador, pois não respeita o princípio do livre arbítrio estabelecido pelo Criador. Até usa o discurso de agir com o fim de proteger as democracias, mas na verdade a está destruindo. O discurso é falso, com o fim de enganar. Todos que assim agem, são lobos vestidos em peles de ovelhas. Melhor, são lobos travestidos de bons pastores, que querem as ovelhas devorar!
O Deus Criador, ao criar o ser humano e dar-lhe como habitação um lindo jardim, dizendo-lhe claramente que poderia comer livremente de todas as árvores do jardim, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mau, explicando que se dela comesse certamente morreria, estabeleceu de forma clara e objetiva o princípio do livre arbítrio, da liberdade. Deus não usou de subterfúgios, de mensagens ocultas, ou mesmo de enganos. Assim, a obediência do ser humano se daria por meio de uma escolha consciente e não por indução, engano e imposição. Para que sejamos verdadeiramente livres em nossa maneira de viver, precisamos tanto de um discurso verdadeiro, que apresente as diferentes opções de escolhas com suas reais consequências, quanto do real direito de escolher. Não há liberdade e nem democracia quando somos induzidos a fazer certas escolhas motivadas por promessas de um mundo perfeito, qual o jardim do Éden, quando na verdade se trata de um discurso falso, com o propósito de enganar e dominar, que resulta em afastamento do Criador e do perfeito jardim com o qual nos presenteou. Onde há a verdade, há deleite. Onde há a mentira, há vergonha, inimizade, maldição, escravidão, dominação, perseguição, sofrimento e morte!
O Diabo, ao mentir para Eva, dizendo-lhe que se comesse do fruto da árvore que estava no meio do Jardim não morreria, antes seus olhos seriam abertos e ela e Adão seriam "como Deus, conhecendo o bem e o mal" (Gn 3.5 A21), semeou a semente da soberba, do orgulho, que não é outra coisa senão o endeusamento do EU! A soberba das nações é clara sujeição à Satanás, levando-as a empreenderem contínuos e custosos esforços, mesmos os mais desumanos, como as guerras, com o propósito de dominar as demais nações, como se Deus fossem. Ao fazê-lo, não se tornam como Deus, mas como escravas de Satanás, e cumpre-lhes os propósitos: matar, roubar e destruir!
Observam o céu e tudo que está nas alturas
Analisam primitivamente os sons as luzes e as criaturas
A conclusão limitada não desatam os nós
Logo surgem os deuses para explicar Deus do sol
Deus da lua
Deus que faz tudo brilhar
Milhares de anos se passaram até Que a ciência viesse explicar
A falta de informação e da educação, juntas com a violência e o mito, desde sempre foram armas eficazes e silenciosas nos processos de dominação e de poder.