Dói
Você me dói dentro de cada garrafa, em cada gole, em cada esquina, em cada rombo. Te sinto nos fios de cabelo, nos póros, nos dedos, na ressaca e na dor. Diga que vai me salvar, diga que vem antes que eu me jogue da torre.
Te procuro em todos os cantos, em todas as minhas meias furadas. Você me dói dentro de cada garrafa, em cada gole, em cada esquina, em cada rombo. Te sinto nos fios de cabelo, nos póros, nos dedos, na ressaca e na dor.
Dói ser deixada enquanto a outra pessoa consegue ignorar tudo. Dói saber que você ainda fica preso em algo, enquanto esse algo, quer se soltar de você. Dói saber que hoje, você é isso, e que antes, tudo era melhor. A doce vontade de voltar no tempo e mudar tudo. A doce inocência de querer algo que já te abandonou e que se fosse possível, te abandonaria de novo. A linda vontade de controlar algo incontrolável. A doce vontade era te ter, mas o abandono foi maior. E em vez de te ter, você se perdeu de mim.
Me dói às vezes. Me dói porque eu me entreguei a ele, e ele não soube disso. Dói porque eu não fui nada, fui apenas uma lembranças estranhas. Mas eu não sei se eu sou lembrança. Eu sou presença, mas no fundo, sou ausência. Eu busquei, tentei encontrar você em textos, frases, sonhos, sinais, orações, horósocopos. Tentei te ver nos mínimos detalhes. Tentei achar pistas para que eu pudesse continuar com essa loucura. Tentei ao menos, te ver aonde não existia amor. Comparei você com outros. Contei suas histórias e suas loucuras. Contei sobre como havia te conhecido, e como eu consegui aos poucos um lugar. O lugar, que hoje, talvez, não faço mais parte.
Uma garrafinha de água, um livro de calorias, um computador na minha frente e duas agendas. A de dois mil e nove, e a de dois mil e dez. Resolvi ver o que havia nelas, admito, levei um susto. Quem um dia teve seu nome escrito a caneta azul, na primeira página do ano, de dois mil e nove, hoje, tem seu nome escrito a caneta vermelha, em uma data sem importância no ano de dois mil e dez em baixo do seu nome, havia um lembrete.
Sabe o que dói mais? É que apesar de todas as minhas lágrimas sempre que eu te vejo um sorriso enorme surge no meu rosto
O coração dói quando temos um amor não correspondido. Mas, o coração quase pára de bater quando alguma pessoa o parte.
Quando me dou conta da velocidade que as coisas acontecem, já é tarde demais. E isso dói. Machuca. Sangra por dentro. Dói a alma por saber que poderia ter feito algo bom, e que por falta de tempo acabei não fazendo. Machuca aquelas pessoas que viveriam melhor com aquela atitude, atitude essa que por falta de vontade, acabei não tomando. E sangra o coração, que não aguenta mais minhas dúvidas, minhas incertezas, e por eu sempre tomar as atitudes erradas, acaba sendo partido. Às vezes dói o passado não vivido. Machuca o presente não sentido. E sangra o futuro que não chegou.
Saudade não se descreve, se sente, às vezes dói, às vezes não, mas sei que não sai da mente e nem do coração.
Me dói às vezes. Me dói porque eu me entreguei a ele, e ele não soube disso. Dói porque eu não fui nada, fui apenas umas lembranças estranhas. Mas eu não sei se eu sou lembrança. Eu sou presença, mas no fundo, sou ausência. Eu busquei, tentei encontrar você em textos, frases, sonhos, sinais, orações, horóscopos. Tentei te ver nos mínimos detalhes. Tentei achar pistas para que eu pudesse continuar com essa loucura.
Se as pessoas soubessem como dói ouvir um Eu te amo e depois descobrir que ele não era verdadeiro, foi dito da boca pra fora.. acredito que elas não fariam isso. Na maioria das vezes elas nem devem saber o que é o amor
Adeus
Dentro de mim, algo forte permanece.
Machuca, feri e dói.
Uma ferida que em mim resplandece,
Uma tristeza que ao coração destrói.
Você se foi, sem pudor.
Abandonou-me ao relento.
Na obscuridade, ouvi um pequeno rumor,
Que me pedia a favor que ficasse atento.
Era como se tivesse num quarto sem porta,
De nada adiantava correr.
Não sei se meu coração suporta,
A tal coisa que me quer prender.
Você me causa muita dor.
Não sei se o que sinto é dor de fato,
Talvez seja ódio ou coisa do amor,
Que aos poucos se tornou um amor abstrato.
Então, eu me vou!
E meu amor você não merece.
Acho que talvez mereça essa minha dor,
Que você causou e que nunca desaparece.
Então que viva, mas, que seja sem amor.
ADEUS!