Dói
"A Seita que dói menos"
Foi difícil aceitar a ideia que toda forma de vínculo nos causa dor.
Em busca de respostas, encontrei mais perguntas: Quem sou? De onde venho? Para onde vou?
A inquieta alma, assombrada pelo único fato inevitável que une todos os seres vivos em um só rebanho de condenados, é atraída pelas propagandas de efeito imediato, como se a eternidade fosse passageira. Paga tudo para ter paz. Vende tudo para obter paz.
Fui padre, fui monge, fui frade, fui conde, fui astrológo, fui teólogo, para tentar encontrar a verdade, fui longe.
Para uns, hóstia; para outros, hospício.
Para eles, solução; para mim, sacrifício.
Entre sorrisos e soluços, busquei quase de bruços, a caridade que me faltava.
No final das contas, ouvi uma senhora em prantos dizer assim: a seita que dói menos, é aquela que não existe no campo do pensamento, onde a imagem não criou.
Sigo, portanto sem sossego, pois entre a coragem e o medo, a resposta que encontrei, de fato não alcancei o que minha alma buscou.
Aceita esta verdade, inquieta alma de vaidades, pois um dia sossegada ficarás.
Como disse: vens novamente, inquietas sombras?
Crescer dói. Mudar dói também. Hoje já não sou o que ontem fui. Amanhã nem sei se eu mesma serei. Mas pior do que a dor em mudar, é a dor do "e se..." e se eu tivesse tentado ser feliz, e se eu tivesse arriscado mais... Por isso mude se for preciso. Mude o telefone, o endereço, a cor do cabelo, a cor que vemos o mundo e o que tem no mundo . Sabe porque?! Nada melhor do que ser dona do próprio destino quando se tem um Deus pra se chamar de Pai. Assim a gente muda, Ele ajuda, e a gente vem a ser um sorriso a cada amanhecer... ou anoitecer. Vai na fé que da pé!
Já não sei o que me dói mais
Se é a ausência do nosso amor
Se é a ausência de tua alma
Se é a ausência do nosso corpo
Ou se é a ausência do seu corpo..!!
;;;
Eu preferia correr
Ainda não aprendi a correr, dói tudo, corro para chegar no objetivo, para terminar a corrida, para pensar enquanto o vento me refresca, para vivenciar pensamentos com maior ou menor intensidade.
Corro atrás dos meus pais em atenção que a terceira idade requer, corro para equilibrar a grosseria que nasceu comigo, corro de tentar um novo amor, corro de fundamentalistas sem certificados, de sociólogos sem vivência, de historiadores sem conteúdos e de políticos corruptos.
Corro quando minha vida está fora de controle, quando a paixão está diminuindo, quando o relacionamento começa a crescer em cobranças, quando deixo as coisas como são, sem questionar.
Corro quando perco alguém para a morte, quando penso em tudo que ela tinha para viver e não viveu, corro para evitar doenças, corro atrás de filhos, de profissão mais bem pago, corro atrás de possibilidades.
Corro atrás de segurança no relacionamento, corro em definir a vida da maneira que me faz mais feliz, corro para excluir da minha vida motivos fúteis e desafetos, corro para ser leal e inteligente.
Corro de medo de banheiros públicos, de repetir o repertório, de ser chato, de dormir mal, de casamento ruim, de absorver ruindade, de extinguir o amor, a bela imagem que faço de mim mesma.
Corro do cansaço, de quem fica contemplando o umbigo, de fazer vontades, de sair de casa sem motivos, de práticas ruins como a fofoca. Corro para ser quem sou de verdade, corro atrás do que quero para mim, corro longe da destruição emocional.
Corro quando não consigo revelar que sou, quando preciso defender o Brasil dos próprios brasileiros, corro da compulsão alimentar, das contradições, das minhas limitações, corro de ser mãe e fazer disso o único papel principal.
Corro do estresse, do ataque cardíaco, do mau funcionamento do meu sistema imunológico, de perseguir ideias que ninguém acredita, de se importar muito, corro para vencer a timidez, a traição, a dificuldade de comprometimento, corro de medo de aceitar tudo.
Corro de promessas não cumpridas, corro de crueldade implícita, de cabeça de recém-separado, corro sim atrás de sabedoria e equilíbrio, corro para enxugar as lágrimas, corro para desviar caminhos que não me fazem bem.
Corro atrás de paciência e humildade, corro para sentar na cama e escrever mais, corro para que casamentos durem hoje em dia, corro para aceitar o pacote completo, corro assim como vivo. Mas ainda não sei correr.
Dói, não ter você ao meu lado, não porque os dias estão difíceis, não porque há carência ou novidades demais para se contar a alguém, não ter você dói, porque não posso segurar em sua mão quando estou empolgada, ou olhar em seus olhos enquanto preparo um sorriso, dói não ouvir sua voz enquanto me conta do seu dia, mesmo que tenha sido difícil, apenas continue falando; Dói perceber que o tempo parece infinito quando contamos com um futuro incerto, quando confiamos em passos que podem se alternar por qualquer obstáculo no caminho, dói perceber que você de nenhuma maneira esta aqui, para ouvir, ver ou sentir o meu amor por você, dói perceber que esse amor fere a cada dia sem você, e mesmo assim ele continua inabalável, o amor sim, mas o meu coração sem você para aquecê-lo, apenas dói. Mas tudo bem, só dói quando eu respiro !
''esse sentimento me consome
me destrói e dói
tenho o sabor mais amargo na boca, o frio domina meu coração.''
Tem vez que DOI muito que fico em silêncio tentando entender o que realmente acontece dentro de mi .
A Máscara Que Uso
O silêncio corrompe minha paz
Indiferença dói mais que desprezo
No teu calor, me fiz indefeso
Sinto que este amor aqui jaz...
Sou tão hábil em negar, disfarçar
Como cão ao lado de uma baderna
Sinto que esta falha ficará eterna
Me perdoe se não cheguei lá...
Me perdoe se não sei esconder...
É muita angústia que sinto em meu interior
Eu queria ser, unicamente, de você
A máscara que uso é uma só
E esta, não consegue esconder minha dor
E não... por favor não... não tenha dó...
Não vi você.
Esperei o dia inteiro e você não apareceu.
Não vejo você faz anos... Quer dizer a dois dias. Mas não é a mesma coisa?
Você não é somente linda. Não! Você é simplesmente a mais linda.
Seu olhar me paralisa. Me enfraquece. Mostra o quão pequeno sou.
Não vejo você e tudo fica cinza.
Quero te ver. De longe. Perto tenho medo.
Tenho medo porque sou tão pouco e você é muito. Muito tudo.
Onde você está? Você poderia estar aqui ao meu lado.
Isto não é paixão. Apenas curiosidade. Ou talvez um pouco mais que curiosidade. Um pouco mais que paixão.
Sinto sua falta. Muita.
Como é o seu nome? Sei que isso não é importante... Mas se eu desenhar um coração pensando em você qual o nome eu coloco? Não que eu esteja pensando nisso. Talvez um pouco... Um pouquinho mais que um pouco. Tudo bem confesso: bastante.
Onde você está?
Rosto bonito, coração de agulhas
Chegue perto e ele te mostra como dói esta perto
Os seus dias são lindos como um poema
Mas ele cria sua tempestade em um céu azul
Então não me venha me cobra algo que você não foi capaz de fazer
Ser realmente que ser amado, por que viver trancado dentro de uma caixa?
Minta com sua comoção de mentira
Não fale o que gostaria, você nunca deu nada
Não me cobre atenção, você nunca me deu
Não procure algum tipo de afeto em meus olhos, você nunca amou nada
Não me fale de suas fantasias como meu corpo, você não me tem!
Rosto bonito, uma beleza perdida com seus traços vazios
Chegue perto e ele te mostra com ser perde em seu vazio
Há cores em sua alma, mas você cria seu mundo em cinzas
Não cobre algo de alguém, já que você nunca moveu nada
Apenas fez com sua obrigação.
A morte do amor é indolor pois é silenciosa, vai acontecendo aos poucos. O que dói de verdade é quando você acorda e enxerga ele aos seus pés, te olhando uma última vez. Você volta lá atrás, e procura saber qual foi o momento em que você deu a ele o último e mais letal gole do veneno, O amor morre sim, quando a gente não fica ligado, quando a gente não acampa, não cuida, quando a gente só ''deixa rolar''. Quando a gente oculta. Quando a gente esconde, quando a gente não é capaz de jogar limpo. Quando a gente escapa pra outro mundo, porque o amor não tá legal, ao envés de sentar ao seu lado e cuidar para que recupere-se. Ao envés de levá-lo pra tomar um ar, passamos a sufocar ainda mais na esperança de que ele sobreviva. Ao envés de preparar surpresas, de reanimá-lo. A gente dá as costas e escolhe alguma fuga. O amor morre sim, e é sempre nossa culpa.