Dói
As lembranças daquilo que existiu entre nós continua aqui e dói saber que aquela linda história se perdeu no tempo.
É cruel a forma que a memória martiriza aqueles que foram abandonados. Deus do céu, como dói. Tudo fica marcado a ferro e fogo. Tudo ganha um significado incrível, uma dimensão absurda. É duro. É desumano o peso de tudo aquilo que fica sendo sobra de relacionamento.
Como dói pensar que talvez eu tenha perdido você, que talvez eu nunca mais tenha uma oportunidade de te beijar e te abraçar. Como dói saber que pra ficarmos juntos, só dependia de mim, era só eu ter feito o que deveria fazer ou o que tinha prometido fazer. Mas no fundo o que mais dói, é saber que a culpa disso tudo, a culpa de ter que viver longe de você, é minha e de mais ninguém. Isso dói, e dói muito.
O que mais dói é olhar, procurar e não achar apoio algum. Dói, precisar de alguém ao lado. Só precisava de alguém pra me ouvir, só ouvir e me direcionar um olhar com qualquer intenção de ajuda, até um sorriso me seria precioso. Até mesmo um estranho me faria bem.
Você ama muito alguém que não esta mais contigo, isso é doloroso sim, dói muito , mas um dia você percebe que passou, que valeu apena a experiência,talvez demore um tempo. Agora você possa pensar'- eu não vou amar mais ninguém, não quero mais sofrimento- mas com o tempo você se acostuma que a vida contém lá seus altos e baixos, e por mais que dói, a verdade é que tudo se supera, mesmo demorando um tempo. Já sofri demais por amor, e sei o quanto eu fiz promessas e promessas que não amaria mais ninguém, que não me envolveria e não sofreria,mas com o passar do tempo isso passa a ser impossível. Você nota que se envolve de uma forma que não tem como fugir, e mesmo sabendo que irá passar por tudo denovo mais tarde, se arrisca, até cair de novo, e então assim... se levantar para o próximo tombo.
A paixão nos destrói
A paixão nos envergonha
Traz para perto o amor que dói
Afasta o amor que sonha
Tudo é intenso,
Tudo é muito vivo
Tudo é novo
Gestos simples
Enxerga a beleza nos olhos da pessoa amada
E lacrimeja de felicidade
Mas as marcas da devoção
não são fáceis de esquecer
O perdão não é bastante
A paixão é o amor destrutivo, que ninguém consegue conviver
Ah! como é bom viver
Ao menos uma vez, vivi um paixão..
...O que mais dói é que nós, eu e você, querido leitor, estamos cada vez mais abandonados em nós mesmo, eu aqui e você ai, bestificados com as situações, apostando as últimas fichas de coragem e, com a sobra de nossas forças, insistindo desesperadamente em não soltar o fim do fio da esperança, por que só ela acaba depois de nós.
Nossos sentimentos são só nossos e nunca ninguém vai saber o tamanho da dor que dói em você e nem do tamanho da alegria que lhe enche de prazer. Também ninguém nunca saberá o quanto qualquer coisa representa para você.
Sentir saudade de quem amamos é uma coisa que doi muito, acontece que voce perbece o quanto aquela pessoa faz falta e tenta fazer de tudo para que ela nao se va nunca mais, isso se chama amor.
Dói ser deixada enquanto a outra pessoa consegue ignorar tudo. Dói saber que você ainda fica preso em algo, enquanto esse algo, quer se soltar de você. Dói saber que hoje, você é isso, e que antes, tudo era melhor. A doce vontade de voltar no tempo e mudar tudo. A doce inocência de querer algo que já te abandonou e que se fosse possível, te abandonaria de novo. A linda vontade de controlar algo incontrolável. A doce vontade era te ter, mas o abandono foi maior. E em vez de te ter, você se perdeu de mim.
Me dói às vezes. Me dói porque eu me entreguei a ele, e ele não soube disso. Dói porque eu não fui nada, fui apenas uma lembranças estranhas. Mas eu não sei se eu sou lembrança. Eu sou presença, mas no fundo, sou ausência. Eu busquei, tentei encontrar você em textos, frases, sonhos, sinais, orações, horósocopos. Tentei te ver nos mínimos detalhes. Tentei achar pistas para que eu pudesse continuar com essa loucura. Tentei ao menos, te ver aonde não existia amor. Comparei você com outros. Contei suas histórias e suas loucuras. Contei sobre como havia te conhecido, e como eu consegui aos poucos um lugar. O lugar, que hoje, talvez, não faço mais parte.
Uma garrafinha de água, um livro de calorias, um computador na minha frente e duas agendas. A de dois mil e nove, e a de dois mil e dez. Resolvi ver o que havia nelas, admito, levei um susto. Quem um dia teve seu nome escrito a caneta azul, na primeira página do ano, de dois mil e nove, hoje, tem seu nome escrito a caneta vermelha, em uma data sem importância no ano de dois mil e dez em baixo do seu nome, havia um lembrete.