Doce Mulher
Uma doce dose de ilusão ressuscita qualquer indivíduo. Uma amarga dose de realidade enfraquece e destrói qualquer dragão. No entanto, a alienação da atraente ilusão, cobra seu alto preço e se não for sanado pela realidade, acaba se tornando inevitável o vício. Se mostrando assim uma mera fantasia longe de sua composição.
Para ser dedicado à (e)terna namorada... por toda uma vida...
ESTA DOCE NAMORADA
Marcial Salaverry
Minha querida namorada...
minha menina adorada.
Sempre contigo estarei...
de amar-te, jamais deixarei...
nunca irei abandonar-te,
pois não deixo de amar-te...
Suave e doce menina...
minha vida se ilumina,
com todo esse calor,
que vem de teu amor.
Meus momentos contigo,
Tem doçura, tem sabor
Muito especial...
É um sonho do passado...
É um sonho no presente...
Nesse nosso aconchego,
que começa quando chego,
vai o calor que necessitas,
e em desejá-lo não hesitas...
Mãos que se encontram,
corpos que se colam...
É esse nosso jeito de amar,
Que veio para ficar,
desde sempre, e para sempre...
Tua voz doce e serena,deixa-me
de alma pequena, pela ternura de
tuas palavras.
E de tão doce que és tua alma faz de
teus lábios o puro mel .
E para adoçar minha vida roubo um beijo
teu.
E tornei-me delinquente do amor .
E quando estás assim parada, tal dona
do tempo que não para, furto beijos doces.
E meiga me chama de amor.
Por que deixar o tempo em vão se posso
receber e doar à ti o doce do coração?
De vez em quando, ela anda por ai, montada num unicórnio, comendo algodão doce.
Outro dia comeu uma maçã do amor e se apaixonou por um sapatinho que só tinha dois números menores que seu pézinho.
Nem ligou!
Fez o sapatinho de presilhinha!
Que fofa!
Élcio José Martins
UMA DOCE LEMBRANÇA
A história que vou contar,
Muitos, também vão se lembrar.
Casinha na roça e laranjas no pomar,
Sombras das mangueiras e noites de luar.
Piso de chão batido ou tijolo mal cozido,
Telhado de estrelas com fissuras de vidro.
São goles e goteiras de saudade,
Portas e janelas de humildade.
Lamparina ou lampião,
Davam luz na escuridão.
Na trempe do fogão cozinhava-se o feijão,
No fumeiro, o toucinho e a linguiça à altura da mão.
Na taipa do fogão aquecia-se do frio,
Causos eram contados, davam medo de arrepio.
Para o fogo não apagar era um grande desafio,
Lenha boa fazia brasa e queimava noite a fio.
A água era da bica,
Era saudável, era rica.
O colchão era de palha,
Não existiam grades e nem muralha.
Biscoito no forno era a sensação,
Dia de pamonha tinha muita emoção.
Porco no chiqueiro ficava bem grandão,
Carne não faltava, tinha em toda refeição.
Carne na lata a gordura conservava,
Quando matava porco era alegria da criançada.
Vitaminas eram naturais e saborosas,
Colhia-se do pomar as frutas mais gostosas.
As conversas eram sempre prazerosas,
Damas habilidosas eram muito prestimosas.
Na redondeza eram famosas,
Envergonhadas, disfarçavam, não davam prosas.
O paiol o milho lotava,
Os bois e os porcos, vovô tratava.
No moinho o milho era moído,
No pilão o fubá era batido.
O cavalo arreado era para a lida e a peleja,
A carroça e o carro de bois carregavam a riqueza.
A colheita era certeza,
Era o fruto do trabalho feito com destreza.
No monjolo a farinha era preparada,
No engenho a garapa era gerada.
Da garapa fazia-se o melado,
A rapadura temperava o café do povoado.
Das galinhas eu me lembro com saudade,
Hora do trato era alegria e felicidade.
O milho espalhado pelo terreiro,
Só faltava abrir o portão do galinheiro.
Lembro-me das modas de viola,
Reunia-se a vizinhança pra fazer a cantarola.
No sábado o bailinho levantava o pó e a poeira,
Era saudável, tinha respeito e não havia bebedeira.
Cobras, sapos e lagartos. Só não tinha iguana.
A palha de arroz servia como cabana.
O prazer era subir nas árvores para apanhar os frutos mais altos,
O guerreiro marchador gostava de dar seus saltos.
Cedo as vacas encostavam. Era hora da ordenha.
Bem cedo descobri o que é uma vaca prenha.
Até hoje ainda ouço o mugir,
É bom e é gostoso a lembrança emergir.
Saudade daquele tempo. Era duro e trabalhoso,
Com certeza não tem ninguém que não se ache orgulhoso.
Não tinha luxo, não tinha vaidade,
A viagem mais longe era compras na cidade.
Calça curta com suspensório,
Sapato preto com meia branca.
Era mais que necessário,
Pra criança mostrar sua panca.
Pés descalços com espinhos e bichos de pé,
Tinha festa todo ano com barraca de sapé.
Tinham doces, quitandas e salgados,
Só não podia faltar o bule de café,
Rezava-se se o terço, pois primeiro vinha à fé.
Procissão de ramos caminhava a pé.
Os ramos que para a casa levava,
Serviam pra amansar o ruído da chuva brava.
Manga com leite era veneno,
Assombração tinha terreno.
O respeito vinha apenas de um aceno,
A punição era severa pelo gesto obsceno.
Da infância levo a saudade,
Levo o amor, o afeto e a amizade.
Faltava o alfabeto, mas muita educação,
É da roça que se ergue o sustento da nação.
Mesmo com dificuldade o pai à escola encaminhou,
Queria ver seus filhos tudo aquilo que sonhou.
Com sacrifício criou os filhos para uma vida melhor,
A estrela foi mostrada por Gaspar, Baltasar e Belchior.
Hoje é só agradecimento,
Nada de tristeza, de lamento ou sentimento.
Cada um é um vencedor, pois mudou o tom da cor,
O sacrifício da família deu aos filhos o caminho e o amor.
As pedras no caminho serviram de degrau,
Os desvios da vida fizeram distanciar do mal.
Os meandros dos sonhos fizeram um novo recital,
Do sertão para a cidade e depois pra capital.
Fez doutores e senhores de respeito,
Deu escola, deu lição, muro de arrimo e parapeito.
Nosso dicionário não existia e palavra desrespeito,
Com orgulho e gratidão encho o riso e choro o peito.
É colheita do que se plantou outrora,
Tudo somou e nada ficou de fora.
O fruto de agora,
É a luta, é o trabalho, é a fé. É a mão de Nossa Senhora.
Élcio José Martins
Andar de bicicleta, ganhar uma flor, um belo sorriso, um abraço apertado, um beijo demorado, comer algodão-doce, ouvir música romântica, são coisas simples,que deixam nossa alma sorrindo feliz!
Pensar não e algo ruim, o ruim é pensar em algo que machuca mais que não sai da cabeça, tipo uma doce ilusão.
Sereia do canto doce, todos sabem quão salgado é seu mundo. Não iluda mentes salgadas nas suas ondas de vaidade.
Ah, quem dera voltar a ser criança! Olhar para o céu e ainda acreditar que as nuvens são feitas de algodão-doce, pegar uma folha de papel e desenhar minha melhor obra-prima! Uma casinha, uma árvore, um caminho longo e um sol sorridente.
Era aquela menina que ao dia sorria até a barriga doer, e ao ir dormir os olhos incharem de tanto chorar. Era a conselheira incapaz de seguir seus próprios conselhos. Era a que mais amava mesmo sabendo que muita gente a odiava. A grosseira mais meiga do mundo, tentando de tudo para fazer alguém feliz, ainda que isso custasse a sua felicidade.
O excêntrico do aventureiro
A alma do embusteiro
O norte - fazer o mal
E ainda assim ganhar dinheiro
Caminhar no além-mar
Desfilar no Cruzeiro
Da doce ilusão
E cair no despenhadeiro
O abismo da insanidade
O egoismo faceiro.
Recobrei à memória
Descobrir ser um forasteiro
Sem alma ,sem coração
O sangue do desespero
Sair do coma profundo
Entrei no veleiro
Barco a vela - um sonho
A musa de um Cancioneiro
Reconstruir uma vida
Mudar uma história
Brasil - brasileiro
País americanizado
Malvado estrangeiro
Pra que insistir ? Algo em meu interior sente um doce em tudo isso aquele doce com uma pitada de veneno.
Ela é doce como uma maçã, ela é delicada como uma flor, ela é marrenta como uma leoa, ela é ciumenta como um pássaro para seus filhotes, ela é linda como a primavera, ela é única como o sol, ela é alegre como o arco-íris, ela é diferente como a chuva, ela é divertida como a noite, enfim, ela é diferente de todas que já conheci.