Doce
Às dores gritantes, sonhos diletantes.
Sentidos em doses que acalmam a amargura.
Que adoçam a espera da pressa incessante
De um ego inflamado que fere a ternura.
Em nobres silêncios o tempo é tomado...
O efeito previsto?
A cura!
Uma rosa cor de chá
num vaso bonito,
A mesa bem posta
para estar contigo,
Teus beijos sei
que têm sabor
de Doce de Caju,
Entre nós o amor
há de virar lei,
Que você vem
não é preciso dizer
que sinto e sei.
Doce de Bananinha
Quem nunca levou
seja na mochila
ou na bolsa o seu
Doce de Bananinha,
Não sabe o quanto
ter um para socorrer
no momentos nem
tão doces assim com alegria.
Café e Pão doce
com tudo que tem direito
na mesa sempre
cumprem o papel perfeito
de ser poema
para quem se contenta.
Um Doce de Abóbora
com ou sem Côco
sempre faz história
não importa a hora,
Para ficar ainda melhor
só falta você comigo agora.
Passar Doce de Leite
nos lábios para te beijar
e ser por ti beijada,
Não vou querer outra
coisa na vida que me distraia
de ser o tempo todo amada.
Doce de Figo verde
feito com carinho
para saborear com uma
fatia de queijo curado,
E quem sabe fazer
o seu coração apaixonado.
Tenho sido a poetisa
invisível nesta época
que não dão mais
valor ao romantismo,
Ainda sonho contigo
com os olhos abertos,
construí um exílio
que só os doidos de amor
são capazes de compreender;
Enquanto preparo
um gentil Doce de Pinhão,
escuto a embaladora canção,
e para as estrelas insisto
pedir a amorosa orientação
em nome da rota da aproximação.
Manhã Poética
Deu a hora agora
Sozinho em casa, depois de comprado o pão
E feito o café, água pura outrora
Senta, relaxa e pega o canecão
Gastou seus esforços em algo simples
Uma bebida quente, amarga & difícil de preparar
Depois de tentar deixá-lo mais frio
Apoiando-o no pires
Bebe um bocadinho com medo de se machucar
E se machucou
A bebida do cuidado não tomou
Queimou a língua & agora deixa-o de lado esfriando
Esqueçe-o por um momento, para esqueçer a dor
Pode ser doloroso para quem está começando
Ele pega uma arma, uma faca
Poderia ser usada para matar gente, quem diria
Nas mãos da pessoa errada
Mas está amanteigando o pão de cada dia
Se bem manuseada
No processo ele sujou a mão
Não só a mão, mas o pano, o prato e a mesa
Apenas para cortar & rechear o pão
O custo & o preço de deixar algo mais agradável
Então se lembra do canecão
Toma coragem para tentar mais uma vez
Dessa vez não sentiu dor, mas amargura
Amargura pela criação que fez
Mas ele gosta
Parece controverso, sei como se sente
Mas a bebida no canecão faz ele se sentir mais vivo
Mas ele tenta adoçar com leite
Para ser mais fácil de ingerí-lo
Amargura se toma de vez em quando
Mas quando tomado as montes
A pessoa fica viciada, viciada em uma ilusão
De culpa, tristeza & depressão
Mas ele gosta e bebe mais
Bebe demais
E no doce também não se exagera
Senão só paz, tranquilidade & alegria enxerga
E o mundo não é só paz, tranquilidade & alegria
É necessário um balanço, um equilíbrio precisaria
Então teve uma idéia
Um pouco de amargura aqui
Um pouco de doçura ali
Café com leite
Bebida da vida
sweet memorie
...embora pretéritas
também futuras se tornam
de quem ou alguém não se amolda
um pensar presente e eloquente
viver tudo dificultam
parece que a pele d'alma
se desprendendo fica quente
e vai morar no pólo
tanto fazendo sul ou norte
embora foi o pretérito
em uma lembrança doce e doída
doida só a mente que não capta
tamanha dor mas se sente sofrida
futura condição a ser vivida?
de tudo só se sabe de lembranças
que fazem parte da partida
mas também da chegada não ida
porque doce a memória preserva
quem ou alguém que chegou
já indo...
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