Do outro lado
Quem denuncia o inimigo se expõe perigosamente. Por outro lado. amigo não denuncia amigo! Que a industria do denuncismo seja competente, dispensam-se fofoqueiros inconsequentes.
O sábio tem sede de conhecimento e sabe beber nas melhores fontes. O soberbo, por outro lado, toma todas, fica bêbado e ainda vomita tolices.
Ouço as portas baterem
vozes do outro lado
passos e pés arrastados
ao som do vento penteando o pomar
enquanto as sombras vão girando
enquanto as sombras vão girando
dedos gélidos, adormecidos
tatear paredes do vazio
enraizado em correntes
imaginando como seria seu próprio rosto
enquanto as sombras vão girando
enquanto as sombras vão girando
ouço-a murmurar
alarido do outro lado
ferro e fogo, forjando escudos
eflúvio de chuva seguindo o mar
se existe luz está mesmo lá fora?
enquanto as sombras vão girando
enquanto as sombras vão girando
O OUTRO LADO DA MESA DA DOLOROSA SÍNDROME DO NINHO VAZIO
Mães,
Escrevo isso como filha que se doeu lendo textos sobre como vocês se sentiram quando nós, filhas, saímos de casa.
A dor de vocês foi chamada pela psicologia de Síndrome do Ninho Vazio, mas a nossa ainda não ganhou nome.
Seria um outro ninho vazio? Não sei, mas venho falar sobre os medos, as angústias e as delícias de sair do ninho pro mundo, lugar para o qual vocês nos criaram.
Nosso primeiro ninho, o ventre materno, tinha tempo de estadia. Perto dos 9 meses, às vezes antes, nós sairíamos daquele lugar onde nada podia nos tocar. Nós, filhas, não lembramos da experiência de querer sair de lá.
Imagino que, em um certo ponto, começamos a nos sentir apertadas e desconfortáveis. Talvez algum questionamento do tipo “Mas o que tá acontecendo? Era tão gostosinho aqui antes!” tenha aparecido nas nossas cabeças. Quem sabe até uma mágoa “Por que ela não me dá mais espaço?”, assim ficaríamos mais um tempo por ali. Vocês, mães, por outro lado, não viam a hora de ver a nossa cara.
Nosso segundo ninho, o lar ao lado de vocês, nunca teve limite de permanência. Vocês não nos empurrariam para fora jamais. Foi ali que aprendemos tudo: comer, falar, andar, agarrar mãos e objetivos, dar risada, ir ao banheiro, ler, escrever… tudo. Passamos por fases fáceis e divertidas, difíceis e intermináveis.
Nós crescemos, vocês também. Assistimos suas crises existenciais, os conflitos com a idade, o amadurecimento como mãe e a beleza de ser o que se é todos os dias.
Vocês assistiram transformações, pernas crescendo demais, brinquedos aparecendo e depois sumindo da sala.
Começamos a sair por aí nos nossos voos curtos. Deixamos vocês sem dormir direito diversas vezes enquanto bebíamos em algum canto da cidade. Discutimos o motivo dos “nãos” para viagens para praia no carro do amigo do amigo da prima.
Ficamos as duas desconfortáveis com as conversas que mães e filhas têm que ter. Mentimos para vocês e vocês mentiram para nós. Choramos num quarto, vocês no outro.
Perto dos 20 anos, às vezes antes, às vezes depois, o ninho começou a ficar apertado de novo. Nossas vontades e sonhos não cabiam mais ali.
Era óbvio que sairíamos um dia: para morarmos sozinhas, para um intercâmbio, para morar com uma amiga ou um amigo, com uma companheira ou um companheiro. A hora ia chegar, mas nenhuma de nós sabia quando. Por fim, saímos, e o ninho ficou vazio.
As primeiras noites chegando em casa sem ter quem nos esperasse foram estranhas tanto quanto para vocês. O beijo na testa antes de dormir fez falta. O cheiro do café quando saíamos do quarto prontas para fazer o que tínhamos que fazer, o lembrete para levar a blusa e o guarda-chuva.
Mãe, eu continuo levando a blusa e o guarda-chuva.
O cheiro do meu café fica cada vez mais parecido com o cheiro do seu. A primeira vez lavando o meu banheiro foi engraçada: organizei os produtos de limpeza, prendi o cabelo e vesti a roupa “de fazer faxina” como você sempre fez. Liguei o rádio e lembrei do som dos dias de faxina, as suas músicas preferidas.
O arroz grudou, a roupa ficou mais ou menos limpa, coisas estragaram na geladeira, eu cheguei em casa tarde demais, dormi pouco, fiquei doente, te liguei perguntando como cozinhar alguma coisa e para saber como lavava a roupa direito.
Coloquei uma foto sua perto da cama. Fiz planos durante a semana para que o final de semana ao seu lado fosse aproveitado da melhor maneira possível. Aprendi a me cuidar sozinha, a comer melhor, a deixar a roupa limpa, a organizar meus horários e a casa.
O amor, a essência da nossa relação, permanece igual. Mudaram os hábitos, a vida, o caminhar das coisas.
Mãe, eu descobri que o ninho nunca foi um espaço físico, foi sempre o seu coração – e de mim ele nunca ficará vazio.
Do outro lado da cidade
Num quarto branco com paredes adesivadas
Uma glock, um mentalista, um cacto
Cartas escritas à mão
Promessas guardadas na memória
Você no coração
Na cama um espaço só seu...
Hoje não existe "meu"
Tudo é nosso
Até o céu
Siga-me
Eu vou te mostrar o outro lado
Quando a esperança terminar
Não restando motivo pra viver
Sem uma causa pra acreditar
Eu vou te levar pra luz eterna
Um lugar com garantia de paz
Que quem conheceu não troca
Porque creio que você é capaz
Me chame por qualquer nome
Eu fui, eu sou e irei prosseguir
Um guia às almas perturbadas
O que sabe o que está por vir
Não preciso de fé pra aparecer
Você nem chamou e estou aqui
Pronto pra te apresentar o céu
Cada vez mais envolvido por ti
Buscam por mim externamente
Porque estão longe da verdade
Eu existo no interior de cada um
No princípio de toda a vontade.
Acho que preciso viver esse momento, fria, sem tanta empatia, viver o outro lado da moeda, saber como é, meus dons estão em mim ainda, no mundo espiritual sou uma enfermeira, curo as dores, e no momento, curo as minhas, muito devagar....muito, sinto falta da minha extrema positividade, eu acho a mais linda versão de mim, e a mais frágil...mas sinto falta, talvez eu consiga recuperar, ou não... tqlvez só essa minha versão fosse capaz de aprender o que é amor, tenho tanto orgulho dela....curar tanto o corpo quanto a mente, nossa é fantástico, estou afastada de mim nessa versão, mas bora lá, serácomo tiver que ser, e eu não paro, nao sou capaz, nem quero ser.
Escrevo pra você do outro lado do mundo, como faço todos os dias, é minha maneira de ficar mais perto de você, porque minha alma te anseia como nunca desejara outra coisa, te quero tanto, que nem a ausência do teu toque é capaz de cessar esse sentimento tão profundo, às vezes é como se embrulhasse meus sentimentos e mandasse pelos correios até a sua casa, você sempre me envia suas fotos em família e diz que tem um lugarzinho reservado para mim e eu sempre te envio as filmagens antigas que eu amo fazer e tu é um ótimo crítico.
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O amor é uma força difícil de ser medida, uma energia que liga duas pessoas, que as tornam uma só, e tampouco tem a ver com desejo, afinal, as pessoas se desejam, mas não se amam, unem seus lábios e corpos por uma noite e depois se despedem, eu nunca quis me deixar ser usada por ninguém dessa maneira...Sinto como se meu coração batesse em seu peito e o teu golpeasse no meu.
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A distância nunca será capaz de fazer com que eu desista de ti, quantas pessoas moram na mesma casa, mas suas almas estão à quilômetros de distância uma da outra? Entre nós nunca foi questão de estar longe, mas de se fazer estar perto.
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Muito se fala de confiança, e eu acredito em você, pois quem trai, irá continuar traindo, pois o carater será o mesmo, não importa o país em que você se encontra. Só te peço que lembre-se de mim todos os dias, e pense em mim ao acordar, com a certeza de que eu também estarei pensando em você, pois estamos tão longe fisicamente, mas nossas almas dormem juntinhas.
A um amigo falecido (Gabriel Myslinsky)
Pensar em você de um outro lado da vida me entristece a alma e me faz viajar em pensamentos, buscando você em qualquer canto.
Há pessoas que querem chegar do outro lado sem atravessar a ponte. Não se pode simplesmente dar um salto e chegar lá. Muitas vezes o espaço é largo, é preciso cautela. É preciso fazer a travessia. Se quer a solução, lembre-se que há um trabalho de busca antes.
Deve ser bom, saber que tem alguém
te esperando do outro lado.
Que depois que se esbaldar
cair na noite e chutar o balde
vai ir de consolo a desconsolada no outro dia.
E depois vai sair por ai, pelos cantos.
Reclamando solidão, frieza e mau amor.
Mas olha só a sua carne é igual a minha:
Podre, fraca e canibal!
Por trás da carcaça
há sempre uma finda de ossos
que dar em um vazio agudo,
que só aguda o vazio.
Buracos tampados são temporários,
pois ainda dar eco...e-c-o
Quando ama, quando chora e quando faz amor.
Não sei se me odeia ou se me ama,
se me deseja ou me joga fora.
Se me põe pra dentro ou me põe pra fora
feito cadela de rua
que trepa,goza e vai embora.
"Eu aqui do outro lado choro muito de emoção, fico contando as horas para poder te ver, espero cada segundo imaginando você aqui comigo, fazendo tantos planos para o nosso futuro imaginando que seremos felizes para sempre.
Além-mar
Ir ao outro lado do mar, ao desconhecido, foi a curiosidade humana e o empreendedorismo que ainda no século XV, lançaram os portugueses ao mar. Coragem era a palavra em mente na busca de um objetivo: descoberta de rotas , explorar novas oportunidades! Eles não sabiam, mas o movimento das naus sobre as águas, embora fosse lento, aquilo os levaria a se tornarem numa potência mundial no século XVI.
Assim devemos ser. Ir além mar! Levantar as velas e seguir à frente a navegar por oceanos tendo em mente que encontraremos um
Eldorado do outro lado.
Durante a viagem, haverão tempestades, ventos, águas invadirão a nau, que irá balançar de um lado para o outro, náuseas intermináveis, medo pode bater, mas cerramos os punhos e foco no objetivo, encarar a tempestade! A tempestade passa, os céus se abrem, a luz do sol desce como uma cortina transparente - a bonança chegou! É o momento de seguir sob águas tranquilas. Fazendo uma alusão à história bíblica, chegou o momento da rota para a terra do leite e mel!
Palco Poético.
Por um lado,
Somos dramaturgos na escrita , na vida e etc...
Por outro lado,
Somos um melodrama com certos personagens que criamos em nós mesmos e com quem convivemos.
Somos colecionadores e telespetadores de cenas reais e irreais.
Dedico esse poema aos dramaturgos dos palcos teatrais.
Uma cena!
Uma palavra !
Uma atitude pode mudar o contexto de uma vida ou de uma peça de teatro.
Conflitos entre olhares.
Damos então vidas aos cenários principais.
Moças dramáticas nas verdades e nas ilusões.
Cortinas coloridas que nunca se fecham.
Modo automático no que faz.
Rapazes de boas competências.
Um atrito na comédia que merece aplausos.
Telenovelas vivas.
Significados de um jardim de jasmim em suas escritas.
O Poeta cênico escreve.
Na Alma cinematográfica corre um alfabeto nas veias.
Atua como membro acrobático que não é unilateral,
Suspense!
Drama, ação e terror.
Na vida que levamos no dia a dia.
Somos todos dramaturgos.
Nem que seja um pouquinho.
Somos sim.
Artistas, viventes nessa vida real.
Personagens vivos.
Somos nós mesmos.
Dono de cada texto ou peça teatral.
Na dramaturgia da vida.
E que não tem ,
Outra igual...
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Evidente que, quando ensinamos, compartilhamos o que aprendemos com alguém. Por outro lado, só se pode ensinar quando há uma iniciativa para multiplicação do que foi aprendido. Nesse sentido, ensinar é ser fruto, mas também é ser semente.
Muitos perdem a vida; por outro lado, muitos outros se perdem na vida. Pouquíssimos encontram o caminho e o seguem com determinação, fé e coragem. Contudo, são raros aqueles que guiados por uma intensa intuição e uma força interior, descobrem um caminho novo que os leva ao sentimento mais puro, à verdadeira essência da vida. Quando isto acontece, o caminhante e o caminho se fundem e passam a ser um só Ser, revelam uma só direção, um único e singelo sentido para se viver.”
O acordo
A corda sofria,
Em um cabo de guerra.
Acorda equipe!
O outro lado não pode ganhar.
De longe gritava uma torcida ...
A cor da sola dos seus pés,
Eram de terra vermelha.
Era a única coisa em comum,
Que eles, entre si acordaram!