Do outro lado
A dor muitas vezes é para nos fazer virar para o outro lado, dar um passo adiante, sacudir a poeira da própria vida. Aquele que está sempre em movimento raramente se sente doente. A felicidade está na mais longa caminhada da esperança e do amor (Nelson Locatelli, escritor)
Doideraaa!!
Mais uma celebração jovial!!
Do outro lado do mundo pode estar começando a terceira guerra mundial!!
E a loucura finge que isso tudo é normal...
Você que chamou todos de brother...
Não se escuta mais Flamengo, Jesus e Big Brother!!
Você que vive dessa graça...
Não da para se esconder mais nessa conduta de massa!!
Doideraaa!!
Agora a multidão volta a gritar mata ladrão!!
Os mesmos que caíram bêbados no chão...
Mas o carnaval é uma data celebre
Todos querem ser lebre!!
E você dessa contracultura...
Que chamou todos de filhos da p*!!
Doideraaa!!
Uma vida sem carnaval é uma vida vazia... azia...
Vamos falar de Maria!!
Quanto mais bebia mais o conhecimento saia!!
Bebeu todas e perdeu a memória...
Falemos então de João!!
ganhou até em cima do pão!!
Na semana seguinte negou a seu filho um carrinho de mão...
E todos saem felizes e tristes...
Mas sem João e Maria não tem carnaval!!
Um brinde e um beijo ate o natal...
Doideraaa!!!!
Pelos nossos medos, somos a bala, o dedo no gatilho e a cara do outro lado do cano – os assassinos de nós mesmos.
(Matheus Maia)
A vida é passageira...de um lado ficam as nossas ilusões...de outro lado, os nossos sonhos...as nossas alegrias...as nossas tristezas...as nossas lutas...os nossos trunfos e os nossos insucessos...isso é a vida...jamais desistamos de lutar...seremos nós mesmos...e jamais esqueçamos:o reino de Deus em primeiro lugar, e tudo mais virá por acréscimo.
Ela reparou e você nem viu.
Do outro lado da festa, no outro extremo da biblioteca, no corredor e na cantina ela te observou de longe. Visitou o teu perfil, olhou todas as fotos, leu as tuas postagens, cada comentário nas fotos, cada curtida, cada concorrente assanhada. Apresentou você "azamigas", ao destino, ao diário, aos pedidos antes de dormir. Ela pediu de você, pesquisou você, investigou o seu passado, sua rotina, seus gostos. Sim ela se interessou, gostou do sorriso, da forma de andar, do seu jeito e da forma de se expressar. Passou pertinho para sentir o perfume, esbarrou para sentir o seu corpo, desfilou várias vezes para ganhar o seu olhar. Ela deu os sinais, deu a "deixa" para que chegasse, ela fez a parte dela. Ela é diferente e vai esperar que você a chame, procure, note-a, ela não vai se atirar, arriscar parecer desesperada, ela espera. Tem bons livros, chocolates, filmes e uma cama aconchegante. Ela acredita no destino, por isso, espera sua atitude, pois se for para ficarem juntos, crê ela que ficarão e caso não for, ao menos, ela pode dormir.
QUERO MORRER!
GRITA O SUICIDA NO OUTRO LADO DA VIDA, DESESPERADO POR PERCEBER QUE AUMENTOU EM MUITO SEUS PROBLEMAS COM O ATO FATÍDICO.
A vida é menos chata no outro lado da rua
Todos os dias eu tento me convencer de que em qualquer circunstância que eu me encontrar, sempre terei que escolher entre o certo e o melhor. E a variação de escolhas certas e escolhas melhores é surpreendentemente inclinada à sensatez do erro. Acordo com vontade de dormir, e tenho que escolher entre ir trabalhar e dormir mais cinco minutos – levanto atrasado. Me apronto as pressas, e tenho que escolher entre tomar o café quente de uma vez ou deixar pra comer na rua – passo a manhã com fome. Ouvi no rádio que o tempo está se fechando, e tenho que escolher entre levar o guarda-chuva ou sair com menos peso – chego no trabalho ensopado. Saio do trabalho, e tenho que escolher entre pegar o ônibus ou ir caminhando – quase sou atropelado por um táxi.
Não importa a escolha feita, se é a certa ou a melhor, você sempre vai se perguntar “porque não escolhi a outra?”. E sabe o que é mais interessante nisso tudo? Nada. Você só termina o dia se perguntado como foi seu dia e tentando planejar um novo sentido pra tudo que está ao seu redor, sendo que o sentido é só não procura-lo ao redor.
E agora estou aqui. Onde tudo começa. No fim do dia com a sensação de um péssimo começo, comendo um cachorro quente e a calça suja de mostarda. No outro lado da rua.
Basta te olhar.
Basta te ver chegando. Do outro lado da calçada já te enxergo e a nuvenzinha negra que insisto em carregar na minha cabeça se dissipa. Problemas? Desde que seus olhos castanhos cruzaram a rua e me abraçaram, não lembro de nenhum deles. Traz uma bolsa no ombro, uma sacola na mão e um sorriso no rosto.
Linda.
Vou adicionando certezas a minha vida cada vez que você faz essa mágica de chegar me fazendo feliz: você é minha cura. Se algo começa a dar errado, fecho os olhos e penso em você. É como quem segura um escapulário nas mãos, ou faz uma figa, ou tenta qualquer outro lance de sorte. Penso na sua imagem e todo o mal se esvai. Isso! Você me traz sorte, você é a minha própria. A sorte em pessoa. Em boca, mãos, pernas e voz no meu ouvido que insiste em nunca desistir de mim. Como que as coisas vão dar errado assim?
Ao teu lado, já sinto, sou invencível. Aí, você atravessa a rua, para na minha frente e me beija. Basta só você me olhar e, nesse momento, tenho mais uma certeza.
Certeza de que posso ser qualquer coisa com você.
Se o momento é dificil, aprenda a olhar pro outro lado, sempre haverá uma saída. Se os problemas estão por todos os lados, olhe para o CÉU, lá não tem interferência humana e sim DEUS que sempre estará ao seu lado.
"O cavalheiro
afoga o amor em seu orgulho
pois não sabe que do outro lado do muro
há outra face a lhe encontrar..."
Fico a me perguntar então:
Será?
O outro lado da sala parece muito longe quando só resta os resquícios de uma música. Conquanto os olhos não pisquem e os ciscos não impeçam o espio, do outro lado da sala a saliva não chega nem molha; do outro lado a linha não termina e o vento não bate mais. O coração não chama, a boca não pede, mas a camisa ainda aperta, o suor ainda arde, as certezas ainda borram e os curiosos não explicam como o fogo dentro da última gaveta do bidê ainda queima sem oxigênio.
Lois: O que me preocupa é que quando o meu Jonhatta aparecer eu vou olhar para o outro lado e não vou vê-lo.
Martha: Bem, tem que olhar com atenção. Acho que temos maus relacionamentos por uma razão.
Lois: Se há razão para a dor e para o aborrecimento, quero saber.
Martha: Talvez tenha que passar pelos homens errados para reconhecer o certo.
(S 05x20)
São duas da manhã e não importa que eu esteja do outro lado da cidade, no subúrbio de New Orleans, porque me sentir livre desse jeito não me faz querer voltar para casa. Meus dedos dançam no ar e o luar me acompanha nesse tedioso verso. Meu celular? Não adianta me ligar, atirei-o no muro dos hipsters. Meus sapatos? Afundo meus pés descalços no caos. É uma perfeita madrugada para se caminhar com as mãos atadas. Eu entro em um taxi qualquer e caio no sono ali mesmo, o motorista me sacode e diz " - São cinquenta pratas, moça”, não faço questão de perguntar onde estou, só desço cambaleando e tento desembaçar os olhos. O topo de uma colina me espera pacientemente. É laranja e rosa…e amarelo e violeta. O nascer do sol me imobiliza e quando você pensa que não pode ficar mais estranho, fica e eu volto a caminhar pelo subúrbio.
Ei! Você que ainda me vê
Pelo outro lado da janela
Eu ainda tenho uma criado mudo
E uma escrivaninha para escrever
Tudo aquilo que penso sobre você
E o que ainda vou pensar
São muito versos a sussurrar
Sem métrica e rima
São apenas pra dizer
Eu estou aqui
Ainda pensando em você.