Do nada
Deixem-me dizer-vos neste momento que não fazer nada é a coisa mais difícil do mundo, a mais difícil e a mais intelectual.
Neste mundo nada pode ser dado como certo, à exceção da morte e dos impostos.
A mais perigosa criação no mundo, em qualquer sociedade, é um homem sem nada a perder.
O homem não é nada em si mesmo. Não passa de uma probabilidade infinita. Mas ele é o responsável infinito dessa probabilidade.
Nunca o homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da natureza. Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido.
O que é o homem na natureza? Um nada em relação ao infinito, um tudo em relação ao nada, um ponto a meio entre nada e tudo.
Nada no mundo se compara à persistência. Nem o talento; não há nada mais comum do que homens malsucedidos e com talento. Nem a genialidade; a existência de gênios não recompensados é quase um provérbio. Nem a educação; o mundo está cheio de negligenciados educados. A persistência e determinação são, por si sós, onipotentes.
Nota: Esse trecho é uma adaptação das palavras do reverendo Theodore Thornton Munger, publicadas no livro "On the Threshold", em 1881. Porém, Munger referiu-se ao propósito, em vez da persistência. O ex-presidente norte-americano Calvin Coolidge começou a receber crédito por esse pensamento a partir de 1929, mas acredita-se que ele não tenha dado origem ao pensamento.
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