Do nada
Todo mundo tem um beijo que nunca esquece, um amigo que não larga por nada, um remorso que se envergonha pela vida inteira, um arrependimento por algo que não fez. Todo mundo tem na vida coisas a compartilhar, ensinar e aprender. Ninguém é tão feliz que não precise de alguém, nem tão caridoso a ponto de amar a todos. Somos apenas pessoas em busca do melhor. Melhor de nós, e o melhor para nós.
Suplico aos senhores que, em suas cartas, falem de mim como sou. Que nada fique atenuado, mas que se esclareça também que em nada houve dolo. Os senhores devem mencionar este que amou demais, com sabedoria de menos; este que não deixava-se levar por sentimentos de ciúme, mas que por artimanhas alheias, chegou aos extremos de uma mente desnorteada; este cuja mão, como faz o índio mais abjeto, jogou fora uma pérola mais preciosa que toda sua tribo, este que, de olhos baixos, apesar de não ser de seu feitio mostrar-se comovido, agora derrama lágrimas de maneira pródiga, como as árvores das Arábias derramam sua goma medicinal... Ponham isso no papel.
(Otelo)
Que nada nos limite.
Que a liberdade seja a nossa própria substância,
Que possamos descomplicar as coisas, simplificar as conclusões e situações da vida,
e sejamos livres para sonhar e realizar o impossível.
Nada é pequeno
e sem valor quando é feito com amor,
Amor, o único sentido da vida
e sua excência está em Deus.
Podemos definir o mundo em que vivemos como um lugar nada amigável e muitas vezes cruel, as pessoas estão cada vez menos capazes de sentir as injustiças cometidas contra seus semelhantes, onde a própria natureza conspira contra nós.
Nada substitui a riqueza de um afeto sincero e o carinho de uma amizade verdadeira. São laços criados e honestamente selados na cumplicidade e no amor.
O que seria pior, amar e não ser amado ou amar ser amado e não poder viver esse amor, sem nada ou ninguém a atrapalhar a não ser o fato de que as partes em questão, os ditos apaixonados não se dão, não se acertam e não se aceitam.
Um atribuindo ao outro responsabilidades, indicando supostos defeitos, inculpando, incriminando, achando isso ou aquilo, denunciam sua própria arrogância apontando ao outro, evidenciando ainda mais a sua soberba e orgulho, sem falar na prepotência, autoritarismo, cargas e cargas de críticas e por aí vai.
Os dois tem de tudo isso um pouco, mas apontar, criticar, brigar não muda o outro, o que muda é o tempo, a tolerância e a convivência em respeito.
São muitas bobagens que até esquecem os momentos bons e as coisas que realmente importam, como o valor da paciência a grandeza do perdão e a soberania do amor .
Fico a pensar no futuro, não hoje, amanhã ou mês que vem, mas sim naquele futuro em que as pessoas param para pensar no que poderiam ter feito na vida e não fizeram por orgulho, besteiras, usos e costumes, por não aceitar o outro como realmente é, por não acreditar no que realmente importa, o sentimento. E nesta hora vão se lembrar e então, parados sentados em uma cadeira confortável em suas varandas, sozinhos, cada um em algum lugar do mundo, vão pensar e talvez até dizer em voz baixa; O que eu fiz do amor, porque não aproveitei aquele momento? O que aconteceu na verdade? Fecham os olhos por alguns instantes e não conseguem se lembrar o que foi, e não se lembram, por que o que é motivo para afastar uma pessoa da outra hoje não fará sentido amanhã, pois, não terão valor futuramente, atitudes e insultos que impedem as pessoas de se aceitarem, que as fazem vulneráveis, machucando e golpeando um ao outro sempre e sem dó, nesta hora será irrelevante e o que agora é tão difícil de suportar ou ceder, lá descobrimos que poderíamos suportar muito mais pra alcançar e viver o que se perdeu, só pra não ter a dor de não saber como teria sido se tivesse cedido um pouco mais, se tivesse lutado um pouco mais, se tivesse se calado, assumido culpas, pedido perdão. Então é aqui que coloco a interrogação, o que é melhor? Amar e não ser amado, amar ser amado e não viver esse amor? Não é difícil responder o que penso sobre isso, o que entendo dessas coisas.
Como escritora, analisando a situação, sem vínculo algum com os personagens em questão, os quais estão a ignorar sua oportunidade de felicidade prendendo-se ao egoísmo sem nenhuma chance de trégua ou rendimento ao amor verdadeiro, e assim, deixam passar a única ou talvez a última chance de suas vidas de viver um para o outro e os dois para uma relação de conquista, conhecimento, amor e respeito mútuo. Então...
Penso que tudo isso é vaidade.
E a idade vai e com ela as possibilidades.
E lá, na linha do horizonte quando já se foi a idade.
A Birra acabou, a solidão incomoda só ficou a saudade.
E reaver o que perdeu, não é impossível, mas é raridade!
Não existe nada mais estranho e espinhoso do que a relação entre pessoas que só se conhecem de vista - que diariamente, mesmo hora a hora, se encontram, se observam e que têm assim de manter, sem cumprimenros e sem palavras, a aparência de desconhecimento indiferente, devido ao rigor dos costumes ou a caprichos pessoais. Entre elas existe inquietação e curiosidade exacerbada, a histeria da necessidade insatisfeita, anormalmente recalcada, de conhecimento e comunicação e sobretudo também uma forma de consideração tensa. Pois o ser humano ama e respeita o outro ser humano enquanto não está em posição de o julgar e o desejo é produto de um conhecimento insuficiente.
Nessa vida somos capazes de amar apenas uma vez, tudo o que sentimos depois do primeiro amor, nada mais é de que uma leve brisa em meio a tempestade.
Engraçado que para viver é preciso sentir, e hoje nada me dói tanto quanto a falta que você me faz. E tenho vivido entre dias assim, de uma saudade latente. Remediável, mas sem cura. Entre a dor física e a emocional, opto pela física, pois essa tem cura. Já a segunda, essa é eterna.
Nada é pequeno e sem valor quando é feito com amor. Quando você achar que sua vida está cheia do nada, lembre-se é do nada que você começa tudo. Saúde e Paz!
Nada há de mais ruidoso - e que mais vivamente se saracoteie com um brilho de lantejoulas - do que a política.
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...