Do nada
Futuros amantes
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios no ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Aprendi a lidar com as percas e ganhas, vitórias e derrotas,
aprendi que nada é como nós queremos, mas podemos lutar para ser o mais próximo possível.
Sou um livro aberto, pode me ler à vontade, não tenho nada a esconder.
A tarefa difícil é me compreender nas entrelinhas, nas minhas subjetividades poéticas.
Não quero ter esperança de mais nada. Nao quero rezar para que Max esteja vivo e em segurança. Nem Alex Steiner, porque o mundo nao os merece.
Penso além do que posso e me entrego às dúvidas
Penso olhando para o nada
E até em meio ao trabalho, eu penso.
Eu penso em mim.
Eu penso em você.
Eu penso em nós.
Penso em você de novo.
Sinto medo...
Meu coração começa a chorar,
Minha cabeça começa a doer
E eu não páro de olhar em volta
Tentando encontrar as respostas das minhas perguntas.
O tempo é devastador!
E tudo no meio do tempo é esquisito, eu acho.
É traição mesmo sem ser.
É rompimento, é quebra, é também decepção.
Mas, não pretendo parar no tempo,
Por isso sou resistente as coisas do mundo.
Tenho minhas próprias teorias
E hoje tenho novas perspectivas.
Onde foi que eu deixei um pedaço de mim?
Ando e me contenho para não correr,
Pois não sei andar devagar.
Emudeço ao querer falar para não pecar,
Pois falo muito.
Onde está a resposta do meu olhar?
Mesmo cansada, continuo a andar.
Sei que mesmo em pedaços eu ainda devo continuar.
Porque eu consigo, Deus me sustenta sempre.
A vida tem muito para me dar,
Deus tem muito para derramar sobre mim, eu sei.
E nEle eu acredito, só nEle!
Mesmo que você não queira mais me acompanhar...
Se alguma coisa não deu certo pra você, não jogue a culpa no amor. Ele não tem nada a ver com isso. As coisas dão certo até onde têm que dar. Se parou de funcionar, se o amor morreu sufocado ou afogado, se não tem mais jeito, o negócio é viver o luto, curtir a fossa e cuidar da vida. Fazer aula de italiano, ler vários livros, assistir filmes, jogar charme para o vizinho do andar de cima. Sem ofender o amor e os apaixonados. Porque um dia você vai amar de novo. E, desculpa o meu lado bobo, mas um dia você vai amar de novo o amor da sua vida. Envelhecer junto. Andar de bengala na praça em um domingo ensolarado e dizer um-dia-eu-ri-da-cara-do-amor.
Horário do Fim
morre-se nada
quando chega a vez
é só um solavanco
na estrada por onde já não vamos
morre-se tudo
quando não é o justo momento
e não é nunca
esse momento
Por onde você for, não queira provar nada. De ninguém seja juiz. Entre viver de aparência, escolha ser feliz!
Sou dessas que fica chateada por besteiras, e não diz nada. E ainda fico triste porque ninguém percebe.
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.
Nota: Trecho do poema "Os Estatutos do Homem"
Se eu tivesse um mundo só meu, nada teria sentido...Nada seria o que é porque tudo seria o que não é
Ser indiferente é sinônimo de poder, você não tem nada a perder se não dá valor a nada, pois quem determina o valor das coisas é você e se nada te importa não há uma perda considerável.