Do Flerte ao Casamento
Eu sempre quis dirigir, mas o Charlie dizia: “A próxima peça.” O diretor era sempre ele, a próxima nunca chegou. Talvez se tivéssemos ficado casados, a peça chegasse.
Vi aquele documentário sobre o George Harrison recentemente e pensei: “Assuma. É só assumir. Seja como a mulher do George Harrison. Ser mãe e esposa é o bastante.” Então eu me toquei que não lembrava o nome dela.
Muitos advogados manipulam a verdade pra chegar aonde querem. Clientes não passam de negócios. Penso em vocês como pessoas.
No processo de mediação e do eventual divórcio, a situação pode ficar controversa. Então gosto de começar com algo positivo pra que se lembrem por que vocês se casaram.
Vamos admitir: o conceito de bom pai foi inventado há uns 30 anos. Antes disso, esperava-se que fossem caladões, ausentes, irresponsáveis e egoístas. A gente diz que quer que eles mudem. Mas, bem lá no fundo, a gente os aceita. Nós os amamos por esses defeitos, mas as pessoas não aceitam esses defeitos numa mãe.
Eu acho que essa palavra "sucesso" está carregada de uma concepção cultural errada sobre o casamento.
Acho que nós dois vemos o casamento como um meio, e não um fim. Nós o vemos mais como uma plataforma onde podemos nos desenvolver como indivíduos.
No começo de um relacionamento, tudo é emocionante e novo, parece que nada pode nos magoar. E gradualmente você percebe que, na verdade, qualquer coisa pode te magoar.
Eu estou cansada desse fascismo social. De conversas vazias, em que posso falar de tudo, menos da coisa mais importante na minha vida.
Tão bom poder te paquerar...
mas nem se incomode não,
é só admiração, flerte, cobiça,
eu nem degusto,
nem ao menos te toco.
Sou feito vira-lata
namorando a vitrine do açougue.