Do Flerte ao Casamento
O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. O amor é sonho dos solteiros. Sexo é sonho dos casados.
A diferença entre o casamento e o divórcio é que o casamento é a crucificação e o divórcio a ressurreição.
Promessa de casamento...
- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declara-os maduros
Nota: Trecho da crônica "Promessas matrimoniais" de Martha Medeiros: Link
Inimigos
“O apelido de Maria Tereza, para Norberto, era ‘Quequinha’. Depois do casamento, sempre que queria contar para os outros uma de sua mulher, o Norberto pegava na sua mão, carinhosamente, e começava:
- Pois a Quequinha...
E a Quequinha, dengosa, protestava:
-Ora, Beto!
Com o passar do tempo o Norberto deixou de chamar a Maria Tereza de Quequinha. Se ela estivesse ao seu lado e ele quisesse se referir a ela, dizia:
-A mulher aqui...
Ou, às vezes:
-Esta mulherzinha...
Mas nunca mais Quequinha.
(O tempo, o tempo. O amor tem mil inimigos, mas o pior deles é o tempo. O tempo ataca o silêncio. O tempo usa armas químicas.)
Com o tempo, Norberto passou a tratar a mulher por Ela.
-Ela odeia o Charles Bronson.
-Ah, não gosto mesmo.
Deve-se dizer que o Norberto, a esta altura, embora a chama-se de Ela, ainda usava um vago gesto de mão para indicá-la. Pior foi quando passou a dizer ‘essa ai’ e a apontava com o queixo.
- Essa ai...
E apontava com o queixo, até curvando a boca com um certo desdém.
(O tempo, o tempo. Tempo captura o amor e não o mata na hora. Vai tirando uma asa, depois cura.)
Hoje, quando quer contar alguma coisa da mulher, o Norberto nem olha na direção. Faz um meneio de lado com a cabeça e diz:
- Aquilo...
FALANDO SÉRIO
Há muito tempo não ouvia Roberto. Alguém parou o carro na frente da minha casa e estava ouvindo esta música.(Falando sério)
Pensei em quantas grandes paixões deixam de acontecer na vida das pessoas por medo. De como, geralmente, rotulamos as pessoas na intenção de definir quais caminhos são seguros e quais definimos como: arriscados demais para trilhar.
As pessoas estão o tempo todo tentando descobrir o que passa na mente alheia. "Adivinhar" o que pensa, sente, ou dar inúmeras explicações para esta ou aquela atitude.
Quando na verdade, é impossível prever quem, como e quando novas cicratizes vão surgir ou as velhas deixarão de ter importância.
Existem homens para uma noite, homens para muitas noites, homens que gostaríamos de passar dias e noites. Esses últimos podem nos seduzir para uma vida toda ! Mas só é possível entender cada um deles quando nos permitimos viver.
Durante a vida, muitos olhares nos seduzem, as vezes por apenas um momento, mas para descobrir qual nos seduzirá eternamente, enquanto dure, é necessário ousar, arriscar, desafiar... se permitir.
Em algum momento da vida, a vontade de ver o dia amanhecer bem juntinho passa ser maior que o medo de se envolver, de fugir. E a paixão, efêmera, vai estar agarrada ao amor, incessante, quando será possível vislumbrar a felicidade ali, bem pertinho, ao alcance do seu coração...muitas e muitas noites.
Não se preocupe com o sorriso que não pode manifestar.
Depois da dor vem a alegria.
Então faça a sua parte!
Mais adiante, será presenteada com sorrisos fartos.
Você coloca tudo a perder.
Quer respostas imediatas.
Calma, vamos agir diferente.
Não queira as coisas na hora.
Alguns dias a mais garantem a eternidade!
Eu nem sabia o que era felicidade. Afinal, todo resquício de esperança sempre desaparecia diante dos meus olhos.
Sempre vivi pensando que minha existência era desnecessária neste mundo. Até o dia em que conheci aquele homem.
Conhecer este homem hoje foi como ver uma flor brotando da neve. Minha vida, que estava suspensa, começou a seguir em frente de novo.
Bela – Rumplestiltskin… Isso que temos nunca foi fácil, eu te perdi tantas vezes. Eu te perdi para as trevas, para a fraqueza e… Finalmente para a morte. Mas agora eu percebo que eu não passei a minha vida te perdendo, passei a minha vida inteira te encontrando.
Rumplestiltskin – Bela, quando nos conhecemos, eu não era apenas mal amado e mal amante, eu era inimigo do amor. o amor só me trouxe dor. Minhas barreiras estavam erguidas e você as abaixou, me trouxe para a casa, você trouxe luz à minha vida e me libertou das trevas. E eu prometo que eu nunca esquecerei a distância do que eu era e do que eu sou. Eu te devo mais do que posso dizer. Como você pode ver o homem por trás do monstro… Eu nunca saberei.
Bela – Mas esse monstro se foi, o homem por trás dele se reergueu, mas todos somos, e eu te amo por isso . Certas vezes, os melhores livros têm a capa mais empoeirada. Mas, certas vezes, a melhor xícara de chá, está lascada.”