Diversidade Racial
Toda forma de preconceito é burra, porém o preconceito racial é uma das mais abrangentes. Distinguir pessoas pelo tom da pele é mais do que burrice, é ser beócio (ver: habitantes da Beócia).
Todos precisam entender que a compaixão é um sentimento herdado. É um fator genético e não racial. Em outras palavras, se o humano não tiver na genética você não conseguirá enfiar a compaixão nele.
Estatuto da igualdade Racial, Art. 5 da Constituição Federal de 1988 e ‘’Lei Caó’’(Lei N°. 7.716, de 5 de Janeiro de 1989) são algumas das várias leis sancionadas contra à discriminação racial. Porém, grandes partes da população mundial, conservadores de princípios antigos, mantêm a pejorativização e o ódio contra ‘’os de cor’’(EUA). A punição para esses crimes devem ser severas, pois só assim poderemos vencer outros grandes problemas humanitários e discriminatórios que temos em nosso meio.
A datação do início do preconceito racial pode ser marcada a parti da experiência Colonial e escravista das Américas, em 1492. Onde – por meio de textos como o do ‘’Navio negreiro’’ de Castro Alves – tem-se noticia das primeiras barbares feitas contra os negros. Os genocídios causados pelo antissemitismo do início do Século 20, até momentos mais recentes.
Na década de 50 e 60 vivenciamos nos Estados Unidos, um grande tumulto entre duas partes da população, de um lado, as vítimas de uma descriminação extremamente radical e sem fundamentos, e do outro, os praticantes desses crimes – como a Kun Klux Klan (KKK), uma das maiores organizações genocidas contra negros que existem.
Felizmente, também nessa Década, um dos maiores líderes e ativistas políticos, foi o pasto protestante Martin Luther King, que com grande influência conseguiu ajudar nos movimentos dos direitos dos negros, que mais tarde, sancionada uma lei pela Suprema Corta, impôs a obrigação de negros nas escolas, onde temos o relato de 1960 da Rubin Bridge (primeira estudante negra dos Estados Unidos) que na cidade de Little Rock, teve que entrar com 4 seguranças no colégio, e sendo vaiada pela população quando esses jogavam tomates nela, foi impedida de assistir as aulas, pois os professores se recusaram à fazer. E em 2011, o Barack Obama, em um momento histórico, chamou-a no salão branco para homenageá-la e disse: ‘’Eu estou aqui, porque você fez isso’’.
O Racismo é um dos níveis mais desumanos que se tem conhecimento. Deve-se aumentar a punição para praticantes desses crimes, criar-se projetos sociais visando à implementação e a consciência em escolas. Só assim poderão ser erradicadas as falácias como ‘’a maldição africana’’, que tentam justificar o que se envergonham de dizer, que são verdadeiros preconceituosos e desumanos.
Toda a nossa fraseologia – relações raciais, abismo inter-racial, justiça racial, perfilação racial, privilégios dos brancos, até mesmo supremacia dos brancos – serve para obscurecer o fato de que o racismo é uma experiência visceral, que desaloja cérebros, bloqueia linhas aéreas, esgarça músculos, extrai órgãos, fratura ossos, quebra dentes. Você não pode deixar de olhar para isso, jamais.
Vim por este
Ser mais um deste
Que denúncia a injustiça social
Até a racial
Cara que cai a venda nao é normal
Olhar meu maior vilao e ainda ser chamado de lado mal
Ainda falam em meritocracia
Num país que ainda acreditam em democracia
Do alto do morro querem meu progresso
Do alto do ap meu regresso
Minha mae sonha q eu esteja na federal
Ja eu que meu povo seja considerado normal
E que esta desigualdade social
Não seja mais real
Ainda falam " meu pai estudou para isso"
Nao quero mais ser considerado como submisso
Até na minha casa querem aplicar comisso
Meu pai, não nasci para isso
Vocês tem dinheiro para conhecer a torre de pizza ,
Mas preferem que a droga te pisem .
Posso admitir que também gosto de uma ponta,
Que se fazer um esforço vai que este fedorento da uma onda
Nao me julguem deste jeito,
Peço apenas respeito
E que apenas reflita
A vida aqui não é a msm fita
Se no mundo real a divisão social e racial é algo normal e natural, na comunidade de Cristo é surreal.
O racismo é uma ideologia que sustenta a crença na superioridade de um grupo racial sobre outros, resultando em tratamento diferenciado e injusto. Pode ser manifestado em níveis individual, institucional e estrutural, afetando diversas esferas da vida, como educação, emprego, habitação e acesso a serviços.
É fundamental compreender que o racismo não apenas perpetua a desigualdade, mas também tem implicações profundas no desenvolvimento social e econômico de indivíduos e comunidades. A luta contra o racismo envolve a conscientização, a educação, a promoção da igualdade e a implementação de políticas que visem eliminar as disparidades raciais e construir uma sociedade mais justa e inclusiva.
A melhor arma contra o preconceito
racial e as diferenças é a educação e
o conhecimento como fator de
transformação para um mundo melhor,
mais inclusivo e menos preconceituoso.
A heterogeneidade racial pode subsistir, dentro da fisionomia global da Pátria comum; o que é impossível é manter a Pátria entre mo vimentos centrífugos de aspirações sociais e econômicas dispares, que resultam, quase sempre, em regionalismo dissolvente.
O racismo e a injúria racial são assim:
São marcas produzidas por dedos que não possuem grandes unhas; ou seja, são marcas que não se vêm com os olhos físicos, e sim, com olhar endo.
Isto porque, as marcas produzidas pelas unhas marcam a carne.
E as pelos dedos que não as possuem, marcar uma alma.
Acredito que você captou a conotação da ideia.
Em um mundo onde impera a intolerância racial, religiosa e econômica, cada vez mais prefiro adimirar o belo desenho do seu capacete, a diversidade no ronco dos nossos motores e a forma harmônica que dividimos a beleza das estradas.
É quando esquecemos a cor da nossa pele, acreditamos no mesmo Ser divino e dividimos a gasolina que permite viajarmos juntos.
Prefiro o zuar do vento, que é igual para todos mesmo em intensidade diferente que o choro solitario dos desvalidos, chicoteados pela ignorância humana.
Prometo, em cada parada, apertar a manete da minha moto, como um grito de repúdio a teu sofrimento.
Fique bem, Irmão!
Ivan Madeira
MEU PERFIL É ANÁLOGO AO PERFILAMENTO RACIAL ?
... O lixo vai falar o óbvio, e de boa!
“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele.”
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
A Pátria é Genocida...
Na redação tirei nota Mil!
Aqui no Brasil está barril dobrado disso acontecer, pastor King.
Sua bênção apostólica.
...eu ainda ando no vale da sombra da morte. Mas não temo nada; porque não ando só...
Muhammad Ali, quem tá comigo não foge ao ringue.
Enquanto a cor da pele for menos importante que a narrativa do racista, haverá Perfilamento Racial.
Na minha quebrada eu tenho a cara de painho.
Na rua, a cara da viatura.
Sou revistado, a única droga que carrego é meu caráter. Estou aramado de cultura e arte, nunca estampei minha cara numa revista. Veja!?
O policial fala no meu ouvido em Espanhol:
“Oye, negro, ¿estás bien?”
(Quando dá, eles perguntam)
Queria bailar/ gingar como o Vini Jr.
Mas não posso hablar, porque o racismo estrutural não deixa.
Meu amigo negão estava com um beque, e seu parceiro branco estava com um quilo da massa, só meu amigo que foi para o presídio. Está numa sala lotada, desprovido de direitos e liberdade.
Mas o negão só traficava poesias.
Poxa! Queria comprar uma camisa do Santos FC 2012 – branca , mas o segurança do Shopping me vigia.
É aquela ideia, que existe pele alvo e pele alva.
Além de eu ser um Negro Drama, sou também um negro Eloquente, Lombroso:
Penso, existo, escrevo, logo sou poeta na minha cidade, Platão.
Tô descartando ideias racistas, irmão.
Estou tentando ser um ponto fora da curva como o Abebe Bikila:
Mas com os pés no chão.
Eu entro no restaurante de blazer,
E não sou revistado.
Se estou a caminhar na minha rua sem camisa, com meu dialeto, tatuado, kenner, boné ou cabelo pintado e bermuda,
Sou abordado pela polícia. Por quê!?
(Quase sempre por PM preto, maior onda!)
Com o Reconhecimento Facial,
Fica mais fácil para os homens me verem. Na moral!
Sua câmera contida na farda, só grava o que eles querem, moço.
Se eu der mole na rua, levo oitenta tiros. E eles ainda pisam no meu pescoço.
Quem criou às drogas, às armas, quem as levou para a Favela? Só não foi noíz!
Sou do Matadouro, senhor, mas danço até em linhas tortas.
Sou Sucupira, me deixe ir pela sombra, sou dos 4, sou da Formiga, sou da Carioca, sou do Areal – da Terra Santa. Amém!!!
Sou da Rua Nova, sou da Bahia , sou da Princesa do Sertão, enfim, sou Lucas da Feira!
-Pegou o documento, filho?
Não temos nenhum valor, não somos ninguém.
Não saía com essa roupa, você é doido!?
Nós combinamos de não morrer, lembra!?
Pô! Mainha, Bob, já nos dizia: liberte-se dessa escravidão mental.
Na entrevista de emprego, não passo.
No jornal local minha cor rouba a cena.
No futebol, sou chamado de macaco.
Na universidade pública, o preto não está no seu devido lugar. Viaje nesse poema!
No CAPS, minha cor escureceu tudo.
Sou influenciador digital, mas não sou patrocinado.
Não existe capitalismo sem racismo, Malcolm X.
O que fizemos ao senhor capitão
Além de nascer com essa cor?
E de sorrir lindamente diante
De nossa amiga dor?
O que eu preciso fazer pra deixar claro para vocês que eu sou escuro?!
Se minha cor te incomoda,
Lá no quilombo estou na moda.
Existe os direitos humanos,
Mas os homens também têm suas leis. Que malandragem!
Pai faz, Mãe cria e o Estado mata!
Nem todos vingam, promotor! Pega a visão!
Sou filho de Pretos, e quero respeito, quem mora no gueto não é ladrão.
A Vida é Loka, Nêgo, mas nela não só estou de passagem.
Eu tenho um sonho: que se realize o sonho de Martin Luther King.
A discriminação racial é a cicatriz da ignorância, que só pode ser curada pela luz da educação, empatia e respeito mútuo, para que possamos construir um mundo onde a diversidade seja celebrada e não motivo de divisão.
Ascenção Trópico racial.
Estamos em 2045. O comício acontecerá em poucos minutos. Alguns conseguem perceber as semelhanças do que ocorre com a tomada de poder pelos nazistas.
Ruas repletas de bandeiras do partido, vestimentas e cumprimentos padronizados pelos líderes. Mesmas cores se repetem transformando o ambiente em um mar ideológico. Rostos raivosos, ansiosos, dispostos a qualquer coisa para tomar o poder e realizar a limpeza racial.
Todos aguardam a chegada do Grande líder que discursará, ainda mais por ser a véspera da eleição.
Entre conversas e sussurros, todos sabem o que se deseja.
-Deveríamos ter feito isso antes! Esses imundos nos obrigaram a misturar nossa raça pura com a deles, já passou da hora de realizar essa limpeza! – diz uma senhora, com seu corpo já encurvado pela idade. A moça que escuta apenas concorda, lamentando o passado.
Outros em grupos apenas repetem frases de efeito de aceitação em geral, ”teremos o que é nosso por direito”; “devemos eliminar a oposição o quanto antes”; “chega de deixar eles tomarem o que é nosso por direito”; “eles são parasitas que sugam o fruto de nosso suor”...
Porém todos entram em euforia quando enxergam ao longe um carro se aproximando de forma lenta, cercado por membros do partido vestidos com suas cores, todos armados para proteger aquele que realizará a grande mudança, a grande limpeza racial.
O carro para em frente a um caminho que leva ao palanque, caminho por onde o Líder realizará sua passagem triunfal antes de discursar para as 700 mil pessoas presentes. A imprensa se encontra em peso, aguardando para transmitir aos milhões de espectadores as palavras duras, firmes e concisas que entregam o que o coração do povo deseja. Muitos líderes políticos, nacionais e internacionais, se encontram em lugar de honra no palanque.
A porta do carro se abre. Na sua direção crianças saem da multidão correndo para saudar o Grande Líder, este que sorri enquanto acaricia os cabelos destes jovens uniformizados, quase fardados com os símbolos do partido. Todos o saúdam enquanto gritam seu nome.
Nos televisores e aparelhos de celular, a transmissão ao vivo conta com a locução animada e partidária do jornalista:
-Senhoras e senhores, o Grande Líder chegou ao local de discurso. A multidão o cumprimenta, crianças correm para recebê-lo. Enquanto caminha em direção ao palco, com o usual colete a prova de bala que passou a usar após o atentado, chama a atenção as flores jogadas em sua direção. Praticamente caminha sobre rosas rumo ao palanque. Veja isso! Ele parou para conversar com um senhor de idade, essa é uma marca característica dele, carismático e amável...
-Realmente (diz outro jornalista durante a transmissão), até por isso ele tem 87% das intenções de voto, já está praticamente eleito. Sinceramente, a votação será apenas mera formalidade. Já está em frente ao microfone, vamos ouvir seu discurso.
O Grande Líder para em frente ao microfone, sem papeis com discursos prontos, altivo e concentrado. Ele olha para o público, como se conseguisse fitar cada uma das milhares de pessoas que ali estão. Ajeita o microfone e inicia sua fala:
-Hoje poderia ser um dia comum como outro qualquer. Nosso povo, nossa raça, ainda poderia se encontrar presa nas correntes da escravidão que nos foi imposta. Não mais! Não continuaremos a aceitar que o fruto de nosso trabalho, nosso suor, literalmente nosso sangue seja derramado enquanto eles ficam com todos os frutos!
O grito da multidão se abafa em meio a palmas a assovios contentes e esperançosos. Com muita raiva em sua voz o grande líder prossegue:
-Nunca mais sobre essa terra passaremos por isso. Custe o que custar, haverá a mudança necessária. Eu entrego minha vida a vocês para que juntos mudemos o destino de nosso país e de nossas vidas!
O jornalista comenta rapidamente durante a transmissão:
-O público está eufórico, vocês que não estão aqui não sentem, mas o chão está tremendo com os saltos dos eleitores...
O Grande líder levanta sua mão e acena para o público, como se agradecesse o apoio, os gritos. Ele prossegue:
-Nos tiraram nossas terras! Nos trouxeram em porões de navios imundos para trabalharmos como animais, apenas para que eles aproveitassem suas vidas no luxo e no conforto que nosso sofrimento proporcionava. Nos obrigaram a nos misturar com essa raça imunda, fazendo com que nossa pureza fosse dissolvida, tudo para nos enfraquecer. Não mais! Haverá vingança!
Em meio ao público, algumas pessoas que não poderiam ser consideradas puras pelo partido trocam a gigantesca euforia que estavam sentindo por um rosto confuso, perdido, sem entender direito o que está acontecendo. O discurso prossegue:
-Não mais nos enganaremos com falsas ajudas, desses que no fundo querem que sejamos escravos eternamente! Iremos realizar a limpeza final e jamais esses brancos malditos tomaram o que é nosso por direito! O mundo será negro, para os negros e apenas negro!
Enquanto diz isso, lentamente algumas pessoas brancas começam a se retirar cabisbaixas, confusas, como se não acreditassem no que estavam escutando. Enquanto se retiram, vários tumultos começam a acontecer em meio ao público. Começam a expulsar com violência os brancos do comício, com empurrões, xingamentos, cuspes e humilhações. Alguns que reagem ao invés de fugir são espancados até o fim de suas forças. Alguns negros, amigos desses que estão sendo expulsos, tentam conter e amenizar a violência, porém se dobram diante da multidão e assistem contemplativamente toda à situação, concordando no fundo de sua alma com o que está acontecendo.
Após alguns minutos incentivando o povo a agir para atingir seus objetivos, o Grande líder encerra seu discurso da seguinte maneira:
-Nossa raça sobreviveu ao que há de mais brutal na humanidade e agora é a hora de tomarmos o poder e colocar nossa raça superior em seu devido lugar!
Levantando seu punho direito fechado ele termina de forma enfática dizendo:
Viva aos panteras negras, viva ao movimento negro, viva a nós!
E o público repete seus movimentos e palavras, alguns chorando emocionados, outros animados com a esperança de mudança.
Um dos repórteres que é branco diz:
-Não entendi...Ele proferiu seu discurso...pelo o que eu entendi...fale para mim o que você achou desse discurso...
O outro jornalista, negro, responde:
-Bem... pelo que eu entendi... pelo que eu entendi será melhor você deixar o país o quanto antes parceiro.
O único preconceito racial que tenho, é sanguíneo. Fujo de toda vida que não tenha o sangue vermelho.
Existem vários tipos de preconceitos financeiro, social, mas o pior deles é o racial, pois independentemente da raça iremos para o mesmo lugar.