Diversidade
Não podemos culpar o diabo pelos nossos problemas, nem atribuir a Deus o mérito das nossas boas escolhas. Deus nos inspira o amor, a força, a justiça e a coragem enquanto o Diabo o desamor, a fraqueza, a injustiça e a covardia. Somos os únicos responsáveis pelos rumos que damos às nossas vidas. Cada escolha é uma oportunidade de crescimento e aprendizado, e cabe a nós assumir a responsabilidade pelos resultados, sejam eles bons ou ruins.
Amar a Amazônia, como ela é muito alem de como conseguimos vê-la... me alertava meu querido amigo, mestre o artista e intelectual amazonense Moacir Andrade. Amar verdadeiramente selvagem para entende-la.
Aprender a acolher as diferenças. Isso é o que precisamos constantemente fazer. Porque respeitá-las já deveria ser um dever!
Beleza é conceito,
ter ou não ter 'defeito'
é convenção,
Ter ou não ter 'juízo'
é relativo,
O quê te falta ou sobra
pode ser ou não
motivo de admiração.
O importante é você
não se perder de você,
Deixar que falem
sem deixar de viver
e não cultivar
o vício da sofreguidão
e o hábito do conflito.
Na verdade o quê
realmente importa
e preenche uma vida
toda é a bondade
e a amorosidade
existentes no coração.
O problema do radicalismo é que seus defensores encaram suas "verdades" como a única alternativa possível. Acreditam-se tão superiores para ver o que a maioria não consegue enxergar que se distanciam da mais óbvia das realidades: a importância da diversidade para a coerência nas escolhas.
Democrático do tamanho do Brasil
Em toda sua dimensão e territorialidade o Brasil nunca será um só, nunca será só um; serão sempre Brasis, convergindo e divergindo do Oiapoque ao Chui do Leste ao Oeste do Norte ao Sul. Sendo sua identidade construída e reafirmada na diversidade e justamente no movimento democrático preestabelecido em decorrência desse embrolho social.
É bom ser um ponto fora da curva porque, no dito popular, não dizem pra onde vai essa curva e no que vai dar lá na frente.
Não tenha vergonha de ser você. Não tenha vergonha de expor
seus sentimentos e manifestar a sua arte. É com a liberdade de expressão que fazemos a diversidade.
MERCADO CENTRAL
No interior dessa cidade,
corredores em labirinto
escrevem lentamente a história
desse valente povo.
Tradição e modernidade caminham lado a lado
com a cultura de toda essa gente,
convivendo com a vida simples que se leva aqui
nas terras de Minas, na contemporaneidade da Belo Horizonte.
Sorrisos encantados
numa lasca de queijo branco
numa banda de melancia encarnada
ou no doce mel contido num pedaço satisfatório de abacaxi
- na praça nossa de todos os dias -
nas esquinas desse pequeno Brasil.
Beleza e riqueza de detalhes
e variedade (in)igual de opções,
pluralidade que encanta mundos
e atravessa com orgulho muitas e muitas gerações.
Peças de encanto dispostas pelo quadriculado chão,
cheio de antropomorfismos,
perfazem um mosaico histórico
ocupando cantos distintos no coração das pessoas.
A vida simples desse mundo singular
confunde-se a todo tempo
com o requintado gesto de nobreza humana
existente no seio dessa grande família.
O rico convive lado a lado com o pobre
e sente orgulho de ali estar.
Patrão e empregado são grandes amigos
viciados na cachaça que é estar lá,
percorrem juntos a lida no dia a dia
e vencem juntos a dura jornada de trabalho desse lugar.
Por todos os lados
o que se vê é gente viciada na vida,
os visitantes tornam-se logo íntimos.
Pois, sorrisos não são difíceis de encontrar!
E se jogam Cruzeiro e Atlético no domingo!
Na segunda-feira, o mundo pára, se um deles ganhar.
No cafezinho todo mundo se envolve nas prosas
e ao rival perdedor, não é permitido apelar.
Dia e noite se confundem no tempo,
não se percebe o dia passar!
Turistas se apressam nas compras,
religiosamente a sirene toca.
Até amanhã! Alguns dizem...
Não vejo a hora de aqui, um dia voltar!
Se existe algo que a literatura e a natureza nos ensinam é de que está tudo bem ser diferente e que só sobrevivemos por causa da diversidade. Não é só uma questão de opção, é uma necessidade.
Diante do atual quadro da politica brasileira a sociedade soberana deve rever os antigos, ultrapassados e gastos conceitos de nacionalidade, pátria e brasilidade.
A fantasia quando exteriorizada por uma mente segura de si, coloca em cena personagens que estão ocultados pelas normas e convenções de uma grande massa humana.
Devido aos tabus e preconceitos, muitas vidas se tornam fechadas, anulando suas mentes e suas fantasias, bloqueando o seu poder de criação.
Diversificação deveria ser algo tão comum quanto os números de série numa nota de dinheiro. Porque o que importa mesmo, é o valor da nota.