Diversão
Eterna diversão.
A notícia espalhou...
De um menino do interior...
La de um estado do sul...
Ele tinha um modo Cortez,..
Que trouxe de berço...
Uma alma inspiradora...
E bem visto pela população....
O tempo passava..
Ele viajava buscando oportunidades...
E nunca acreditou em assombração...
Andou por vales...
Apanhou na vida e isso lhe serviu de lição...
E esse inpirador que falo aqui...
É dono dessa inspiração...
Desafiou os limites,...
Sem segurar as rédeas na mão....
Deu um salto no tempo...
E trouxe um presente desde a infância...
Ainda criança...
Brincava sem cair no chão...
Nascido no campo ...
Tocando boidada
E de berrante na mão...
O som ecoava nos confins...
La na gruta do paredão....
Sua terra natal é muito querida...
E lá...
Não existe confusão...
Surgiu um boato naquela região...
Que ele desceu do cavalo...
E pegou um papel em branco...
E rabiscou com pedaço de carvão...
Foi um belo dia...
O sol raiou...
E o verso se juntou ao poema...
Cambaleou no improvisado...
Marcou a década...
Com sua alma juvenil...
Foi nesse momento que ele teve uma sensação....
Degolou um pássaro na ilusão...
Tomou tuas asas e saiu fora do chão...
Botou grafite na lapiseira...
Cutucou o alfabeto e teve essa imaginação...
Gaiato não!....
Mas é atrevido como leão....
Começou a sorrir sozinho...
Falando consigo mesmo:...
-É hoje que estou na contra mão...
Pernoitou com teu olhar semi aberto...
Caiu da sacada....
Na varanda de um casarão...
Aplicou tintas no quadro da ilusão...
Deu um grito de Vitória...
O povo ouviu e ficou calado...
Arrepios ele tive...
Nessa plateia ninguém o viu...
A trova dentro do seu peito berrava....
Como boi bravo atiçando o trovão...
Por algumas horas dormiu...
E acordou atordoado...
Lavou o rosto,...
E quando enxugou...
Foi em busca de uma solução...
Ao acabar com aquela grafite...
Viu que a poesia pra ele...
Jamais será problema...
Ela sempre será...
Sua eterna diversão...
E no teu pisado salpicado...
Procurou a frase certa..
Buscando dentro do seu coração...
O choro molhava a relva..
Enluarado eram suas linhas...
Foi saboreando com degustação...
Provou uma fruta azeda que a garganta doía...
Bateu a poeira dos panos...
Comeu um doce e seus olhos piscou...
Jogou tudo pros ares...
Sentado e começou a ler...
Tudo isso que ele escrevia...
Foi aí que percebi que era eu...
Arrematei esses versos..
Sem ao menos eu saber....
Como ficaria....
O fim dessa minha inspiração...
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Quando vejo uma partida, quero o espetáculo, a diversão. Aos meus jogadores sempre dizia: “As pessoas vêm vê-los para passar duas horas longe dos problemas. Não se esqueçam”.
O trabalho é uma parte importante da vida, mas a diversão é o tempero que a torna verdadeiramente gratificante.
Hoje no Brasil, a diversão é uma diversidade alheia tão quanto falar a verdade é crime, e não liberdade de expressão.
Carlos Alberto Blanc
Eu bebo de qualquer maneira,
não me nego à diversão,
e durante a tarde inteira
só vou beber um garrafão.
I
Essa coisa do beber
vos conto meus amigos,
é este o destino que sigo
só para me entreter...
Já estou quase a ferver
por uma bela macieira
ou então uma bagaceira
daquela que não se fez,
bebo-a toda de uma vez,
eu bebo de qualquer maneira.
Ii
Essa é só a primeira
porque o vinho vem a seguir,
e o prazer do engolir
parece que tem cegueira...
A cerveja tem dianteira,
e o whisky, pois então,
bom é tê-lo sempre à mão
seja de noite ou de dia,
com um jarro de sangria
não me nego à diversão.
III
Bebo tal qual um leão,
não rejeito o absinto,
meus amigos, não vos minto
que é quase uma paixão...
pois bate-me o coração
por uma pinga de primeira,
penso só na bebedeira,
quase chego a estar morto
por uns litros do bom porto,
e durante a tarde inteira.
IV
O meu estômago é uma feira
de tanta mistura que faço,
desde o vodka ao bagaço,
do gin à aldeia velha,
bebo tudo o que me dá na telha...
Chego a não ter um tostão,
peço fiado na ocasião,
disso não me envergonho
e para provar o medronho
só vou beber um garrafão.
Acampamento é sempre uma diversão
Barraca, colchão, fogão e botijão
Lanterna, não podemos esquecer
É com isso que vamos viver
Basta 2 panelas e um pouco de macarrão
Está pronta a refeição
Não troco por jantar caro
Pois aquele é um momento raro
Dividir o que tem com a amiga
Pra raspar a panela sai briga
A criança nunca vai esquecer
Que chamou a outra pra comer
Que sentaram na cadeira de madeira
E nem se importaram com a poeira
Acampamento é tudo simples
Pode calçar um bom chinelo
Não precisa de nenhum luxo
O confortável torna-se belo
Não precisa de muitas roupas, só o que cabe em uma mala
Não tem casa para limpar e nem precisa tirar o pó da sala
Aquele pouco é suficiente
Um colchão e um banho quente
Um coador pra passar um café
Cada um está do jeito que é
Com o cabelo não precisa se preocupar
E percebe que nada vai te faltar
E quantas amizades fazemos
Isso é o tesouro que temos
Aquelas pessoas compartilham do mesmo chão
E isso traz laços do coração
Quem gosta de acampar
Consegue parar para apreciar
A chuva, o sol, o que vier
E aproveita tudo que der
Quem acampa observa a natureza
Vê no singelo, no detalhe, sua beleza
Vive momentos de tranquilidade
Deixa de lado a vaidade
Percebe que ali tem felicidade
Que se vive bem na simplicidade
Hora de partir tem um sentimento triste
É preciso sorrir e ir, mas a vontade de ficar persiste
O que conforta nosso coração
É a certeza que foi muito bom
Que logo tem mais acampamento
E na nossa história ficarão guardados esses momentos
Literalmente abandonou tudo o que "a gente" "tinha" por diversão e coisas momentâneas, de fato, decepcionante.
Por vezes, quando enfrentamos um problema sério, encontramos a diversão como um refúgio e uma válvula de escape da realidade. Talvez essa não seja a maneira mais correta de encarar esses desafios, porém me peguei usando desta artimanha e percebi como no final nada se cura, mas apenas disfarça teu sofrimento e camufla tua angústia.