Ditadura
Bücherverbrennung
Um dia estava lendo
Mas não conseguia entender
Tentando aprender sobre a vida
Porém não era impossível me prender
Ninguém me ajudava
Tudo era escuro
Queria saber o que me cercava
Não tinha orientação
Chorava, ó como chorava
Estava querendo atenção
Então percebi que em um mundo louco
Onde os livros são rasgados, cultura desvalorizada e toda a oposição apagada
Não tinha o que ver
Ninguém manda em mim
Pode me chamar de radical, pode falar que é uma fase, dizer que vou mudar
Mas quem deve mudar é você
E todas as opiniões feitas por fábricas
Pessoas só tentam ser, dar sua opinião
A sua posição distorcida sobre o mundo não vai mudar
Criticar ou silencia-se não vai alterar
Não é com tapas e desculpas que vão curar a angústia de milhares de nós
Um dia ele estava lendo.
Os fatos levam à conclusão de que será sempre preferível suportar um mau governo a fazer uma boa revolução. A terapêutica revolucionária agrava os males do doente - a democracia - quando não o mata. Mais de três quartos de século de vida me permitem essa conclusão definitiva.
Não são as onças, não é a Ilha das Cobras, nem nossas aranhas, os dinossauros do Acre, ou os jacarés. O que torna nosso país perigoso é uma forca no pescoço que ninguém fala, ninguém escuta e ninguém vê.
Oh, o mundo tradicional, seguindo suas tradições, aquelas que colocam o império e seus impostos sobre as suas costas. Tão conveniente a tradição dos césares. O tradicionalismo aristocrático que dará sempre e novamente lugar aos Estados, às revoltas e à tirania.
A crença na existência de ‘salvadores da pátria’ é manifestação inequívoca da esperança torpe do espírito humano em milagres alhures. Seu credo é atalho preciso para umadistopia que tem a escravidão como testemuha e dogma.
Rui Barbosa faleceu há quase 100 anos. Mas, uma de suas frases ecoa como atual nos dias de hoje. Nunca fez tanto sentido. E é por isso que nos países tomados pela esquerda eles não deixam o judiciário atuar.
Até a esquerda teme o Judiciário. Ou lhes compram ou lhes calam.
“Interessante: quando critico os abusos, mortes e torturas praticadas por ambos os lados, durante o regime militar, dizem que sou um humanista, mas quando pergunto porque realmente foi instalado o Regime Militar no Brasil, me chamam de fascista”
O consolo da humanidade é saber, que são os tiranos e seus cúmplices que irão beber todo veneno que produzem. A história nos mostra isso.
Nunca tenha medo da verdade ou do que é certo, mas tenha medo de não aplicar a verdade ou não fazer o que é certo!
USTRA VIVE
16/11/2018
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Ustra vive
Nos corações pequenos
Onde escorrem livres
Rios de veneno
E de desejos sórdidos
Vindos dos mórbidos
Cérebros psicopatas
Em cujos neurônios
Cavalgam os demônios
Das mentes fracas.
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Ustra vive
No ideal fascista
Que sem dó oprime
Os bravos idealistas
Que não se curvam
Diante dos que furtam
A santa liberdade
E que mesmo sofrendo
Seguem defendendo
A sua verdade.
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Ustra vive
Nos seres moribundos
Que querem reprise
Dos anos de chumbo
Para sentirem-se vivos
Ao causarem nos oprimidos
A mais dura angústia
Porque é da dor
Que retiram o desamor
Que dá vida a Ustra.
No inverno de 1934, os agrônomos de Pskovsk Oblast semearam linho sobre a neve – exatamente como Lysenko tinha ordenado. As sementes expandiram-se, cresceram bolorentas e morreram. (...) Ele acusou os agrônomos de serem kulaks e de distorcerem a sua tecnologia. E os agrônomos foram enviados para a Sibéria.
LETRAS MORTAS NO PORÃO
Houve um tempo em que letras
eram soterradas a sete palmos do chão.
Junto a corpos dizimados
pela ignorância de fuzil na mão.
Letras sem fala, sem grafia.
Esmagadas por coturnos
em um país soturno.
Nas ruas, o carnaval passava
enquanto a vida sem plenitude agonizava.
Mas ninguém notou.
Ninguém viu.
E uns ainda clamam,
renunciando à própria palavra,
por esse carnaval sombrio.
Precisamos tirar o DEMO da DEMOCRACIA.
É uma ironia institucionalizar a censura,
instalar a DITADURA,
em nome da democracia!
Na Venezuela de hoje, os dias começam sem cor, em oposição à sua bandeira vibrante. A luta é obrigatória assim que as pessoas acordam, quando não há mais nada para colher. Lixões se tornam mercados, e a concorrência é contra os ratos. As crises nas ruas são motivo de riso para o tirano, que dança enquanto o povo sofre. Aqueles que se recusaram a ser submissos, agora são vítimas daqueles que deveriam protegê-los. Os olhos murchos perderam a fé, pois não há consolo para o sofrimento. Mas a resistência pacífica a uma ditadura cruel que busca impor uma falsa constituição, é o que mantém a esperança viva. A multidão, ansiosa, continua nas ruas, buscando o que lhes é de direito: a liberdade. As marcas da luta só motivam a nação a continuar lutando por seus direitos.