Ditado popular sobre conselhos
Plural.
A gramática se apaixonou
coloquio era singular
dessa união nasceu
a literatura popular
pois foi de tanto se condenar
que a gramática enfim se conformou
não conseguia mudar coloquio e aceitou
o que de fato era fruto de um grande amor
pois sem ela e coloquio
literatura popular não existiria
impasse resolvido sem obsessão
tudo colocado na conta da paixão
"Se existe uma mensagem que a cultura popular enfiou em nossos cérebros de forma unânime é a de que só existe um amor verdadeiro". Por outro lado alguns despeitados mal amados querem nos enfiar guela abaixo que o amor sequer existe, duvidando até das próprias constatações da ciência. Que bom que o amor existe sim, contrariando essas relês opiniões sem fundamentos!
Caso o soberano for popular entre a população, e entre os seus pares, não há temor;
Se o soberano for impopular entre a população, mas não entre os seus pares, não há nada a temer;
Se o soberano for popular entre a população, mas não entre os seus pares, há muito a temer;
Não obstante, se o soberano for impopular entre a população, e entre os seus pares, há tudo a temer.
OXE
A palavra é popular,
dita, assim, literalmente.
Resumida, fica "oxe",
por extenso é "oxente".
Não se vê no dicionário,
mas tá no vocabulário
usual de muita gente.
IGNORÂNCIA/ JUSTIÇA?
O que é tido na cultura popular como a busca por justiça, em determinadas situações se confunde com a ignorância.
080823
LOUCO E LÚCIDO
Há um Brasil que está vivo no imaginário popular. Uma única cena na memória que representa integração e relação amistosa dos povos diversos oriundos de várias partes do mundo, convivendo em todo território nacional. A cena traz consigo beleza, enriquecimento cultural e inteligência emocional.
Por isso, esse Brasil que vos apresento é complexo, e de tão belo, é também colérico, fleumático, melancólico, sanguíneo, ingênuo, esperto, rico e pobre. Onde já se viu um país tão louco e tão lúcido assim?
Conosco, convivem o diametralmente oposto, o paradoxal, e o ortodoxo é fã do irreverente.
Ah Brasil, como defini-lo-ei, como não amar-te-ei?
Exerça Sua Cidadania
A participação popular na vida pública é de fundamental importância para o fortalecimento dos laços entre a população e os governantes. Naturalmente essa atitude promove um espaço mais fértil, democrático e plural, possibilitando a ambas as partes a condução dos processos e tomadas de decisões com mais eficiência, coerência e transparência às leis e à manifestação consciente da maioria envolvida nas causas.
Idem, quando há essa colaboração entre governo e sociedade, há um exercício mútuo da cidadania, os direitos e deveres são mais reconhecidos e mais respeitados e as políticas públicas podem acontecer com mais justiça e igualdade, pois houve no alicerce dessas narrativas discussões positivas e contraditórias, o que também nos incuti a noção crítica de não culpabilidade a uma só parte ou a indivíduos, que ora estão à frente de certas instituições.
MALUCO SENSATO (Crônica)
Diz o provérbio popular, cada doido com sua mania, sobre ele, grande parte dos atores sociais constroem uma prenoção sobre a configuração daqueles sujeitos que por uma construção social expõe lampejos de uma suposta "loucura".
Me aproprio dessa representação no intuito de refuta-la. Pois bem, vamos aos fatos. Na rua onde resido todas as manhãs tenho registrado a presença de um sujeito conhecido por "Ciço doido ou cabo Ciço", que passa logo cedinho para o centro da cidade, em ato continuo, retorna ao meio dia.
Na minha dedução aquele comportamento é peculiar de qualquer indivíduo em ritmo de trabalho.
Porém nos últimos dias tenho observado que ao voltar de seu passeio matinal aquele sujeito apresenta um comportamento alheio ao que se denota pela manhã quando volta visivelmente embriagado e, proferindo palavras não condizentes à sua aparente realidade tais como: "É pra matar ou pra morrer". Em voz alta e bom tom entre outros... Assustando transeuntes, moradores e crianças que subjetivam aquela suposta "loucura" como sendo um perigo iminente.
Não obstante, em outro momento encontrei-o a chorar e, contrito em seu íntimo - Percebia-se.
Aquilo me desperta curiosidade em desvelar sua aflição, ou quiçá, sua "loucura". No entanto me deparava a um grande obstáculo que seria como aborda-lo de maneira a não ferir seus sentimentos, sejam eles quais forem.
E para minha sorte ou felicidade, nesta manhã ele ao me ver de fronte à minha casa parou e fitou-me o olhar com profundidade e um aterrorizante silêncio. Aquilo me assustou é fato!
Todavia me facultou o poder indaga-lo. E assim o fiz. Olá Ciço tudo bem? Sobre o mesmo silêncio ele caminha até minha pessoa cabisbaixo, e ao erguer a cabeça me pede algo para comer, de pronto, peguei alguns pães, bananas e uma xícara de café, convidei-lhe para entrar, e ainda emudecido sentou-se à calçada rapidamente comeu e saiu.
Concomitantemente, diante de peculiar comportamento, confesso, só me fez substanciar minha curiosidade em saber porque aquele indivíduo apresentava comportamento arredio, de tamanho sofrimento e, porque era entendido como doido.
Dias depois resolvi segui-lo até sua residência que não ficava tão distante, ao vê-lo entrar logo percebi que não havia trancas na sua porta e logo se ouvia seus gritos de revolta e alguns palavrões, em seguida clamava pelo filho enquanto chorava copiosamente.
Fiquei estarrecido com aquela cena e resolvi procurar a vizinhança que logo disseram: Ah. Isso é assim todos os dias! Já estamos acostumados, é porque depois que a mulher deixou ele, ele saiu do emprego, o filho se envolveu com drogas e está preso.
Por conseguinte, descobri que ele gostava de frequentar a barraca do Elói que fica de fronte ao estádio de futebol aqui em Esperança-PB onde ele ia todos os dias quando passava pela minha casa.
Diz-se de um lugar pitoresco ou um pequeno comercio onde os viciados em drogas licitas ou não (excluídos), se encontram para se socializarem e só ali ele se encontra enquanto ser. Segundo o próprio.
Moral da história - A loucura e seus loucos, nada mais é que uma construção social objetivada por aqueles indivíduos cujo sentimento é segregar àqueles que não apresentam à sociedade um padrão de comportamento condizente com suas aspirações, e que se apresentam como exóticos, estranhos, esquisitos.
Seja do ponto de vista da moradia, indumentária, físico ou intelectual. A fim de demarcar sobre essas minorias uma relação de poder subjetivamente repressora e dominante.
Sei que o papo está um tanto quanto depressivo. Vou colocar um ponto por aqui. Aproveitando para me encontrar com meu também louco sensato e degustarmos um cafezinho sociológico diga-se de passagem sem açucares.
As questões identitárias frequentemente não atraem o público popular porque são apresentadas de maneira distorcida, priorizando a "lacração" em vez de políticas públicas concretas.
Propostas claras, como as voltadas para mulheres, poderiam ser bem aceitas pela população pobre e despolitizada, mas é essencial tratá-las dentro de um contexto político mais amplo, evitando que sejam apenas disputas de posição.
Atravessei a noite
ao ritmo forte
da voz da cantora
popular
durante o animado
Festival
de Viña del Mar,...
Pensando nos
velhos hábitos
deste continente
de fazer assumir
pelos crimes que
não cometeram:
Os defensores
vem arrastando
civis e militares
presos pelos
mesmos grilhões
da crueldade
até o abismo infinito.
É muito mais
do que um quesito
legal é questão
de índole total,
e escrevendo
sou o clamor
dos que estão presos
injustamente,
e principalmente
pelos desaparecidos.
E contando o cúmulo
do absurdo que
mantém aprisionados
uma tropa
e um General
que foi preso
no dia treze de março
no meio de uma
reunião pacífica,
e sobre a liberdade
não há mais
nenhuma notícia.
Distante
dos llanos
escuto
a harpa
tocando
e a voz
da cantora
popular,
Testemunho
o orgulho
de homens
fazendo
os naufragar.
Dos olhos
exaustos
do General
que nunca
se rendeu
e tudo
suportou,
Sou o real
lamento
ante a
ineptitude
de quem
não entendeu
o verdadeiro
espírito
do movimento
quatro
de fevereiro.
Não dá
para negar
que sem
povo
socorrido
e sem tropa
libertada,
O dia
de hoje
não existe;
Não dá
para negar
que irão
a última
gota
do ouro
negro
esgotar,
No fundo
nós sabemos
que se assim
continuar não
haverá nem
mais o quê
para sonhar.
Se quiser aprender
o quê é união é ser
como as estrelas
do adágio popular,
Na terra brasileira
é somente observar
a convivência no mesmo
lugar dos Sabiás do campo
e das companheiras Emas,
Ser sempre um alguém
que nesta vida aprende
observando a Natureza.
Cultura Popular
A Cultura Popular
da minha Nação
não nasceu ontem,
A Cultura Popular
por último nasceu
na televisão,
A Cultura Popular
nasceu com os olhos
voltados para o Céu,
com pureza no coração
e com os pés descalços no chão.
Buscar em cada
adágio popular
a essência que
devemos reencontrar
para a gente
nunca mais se perder,
Porque devemos
reaprender a conviver,
e não deixar ninguém
os nossos ouvidos
emprenhar por falsas
promessas de poder.
O nível de maturidade das pessoas no mundo desceu, porque tudo o que é fácil é popular ou sem nenhum valor.
De maneira análoga ao dito popular, penso:
O castigo dos bons virá após permitirmos que os maus andem 'as soltas' construindo a nossa estrada, feita de pedriscos, na qual os bons andarão de pés descalços...