Ditado popular sobre conselhos

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O DISCÍPULO


Diz um ditado: quando o discípulo esta pronto, o mestre aparece. Pensando nisso, muita gente passa a vida se preparando para tal encontro. Quando cruza com o mestre, se entrega por dias, meses ou anos a fio. Mas descobre que o mestre não é o ser perfeito que imaginou, e sim um homem igual aos outros. Ao se ver diante de uma pessoa cheia de defeitos, o discípulo se sente roubado. Nessa hora, chega o desejo de abandonar a busca. Quando é assim que a coisa funciona, nos deixa livres para criarmos nosso próprio caminho. Pensando dessa forma, Edinilton Lampião deu uma versão para o ditado mágico: quando o discípulo está pronto, o mestre simplesmente some.

Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião.

William Shakespeare

Nota: Trecho adaptado da peça "Hamlet", de William Shakespeare.

Não há coisa mais fria do que o conselho cuja aplicação seja impossível.

Os pais somente podem dar bons conselhos e indicar bons caminhos, mas a formação final do caráter de uma pessoa está em suas próprias mãos.

Aprendendo a desaprender

Passamos a vida inteira ouvindo os sábios conselhos dos outros. Tens que aprender a ser mais flexível, tens que aprender a ser menos dramática, tens que aprender a ser mais discreta, tens que aprender... praticamente tudo.

Mesmo as coisas que a gente já sabe fazer, é preciso aprender a fazê-las melhor, mais rápido, mais vezes. Vida é constante aprendizado. A gente lê, a gente conversa, a gente faz terapia, a gente se puxa pra tirar nota dez no quesito "sabe-tudo". Pois é. E o que a gente faz com aquilo que a gente pensava que sabia?

As crianças têm facilidade para aprender porque estão com a cabeça virgem de informações, há muito espaço para ser preenchido, muitos dados a serem assimilados sem a necessidade de cruzá-los: tudo é bem-vindo na infância. Mas nós já temos arquivos demais no nosso winchester cerebral. Para aprender coisas novas, é preciso antes deletar arquivos antigos. E isso não se faz com o simples apertar de uma tecla. Antes de aprender, é preciso dominar a arte de desaprender.

Desaprender a ser tão sensível, para conseguir vencer mais facilmente as barreiras que encontramos no caminho. Desaprender a ser tão exigente consigo mesmo, para poder se divertir com os próprios erros. Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza e a gente precisa saber lidar com o inusitado. Desaprender a esperar que os outros leiam nosso pensamento: em vez de acreditar em telepatia,é melhor acreditar no poder da nossa voz. Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os dias passam cheios de oportunidades.

A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Montanha-Russa. Porto Alegre: L&PM Editores, 2003

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 29 de outubro de 2001.

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Tomai para vós os conselhos que derdes a outros.

Obrigado pelas conversas,
pela atenção,
pelos conselhos “infalíveis”,
pelo elogio que só vem de quem ama e,
principalmente,
por te importares comigo.

Damos conselhos, mas nunca inspiramos comportamentos.

Pior que cuspir no prato que comeu é voltar a comer no prato que cuspiu.

Macaco que não pode comer a fruta fala que a mesma está podre.

Quem corre, cansa. Quem anda, alcança.

O que não tem remédio, remediado está.

O que os olhos não veem, o coração não sente.

A inveja é a arma do incompetente.

Se uma pessoa te engana uma vez a culpa é dela, já se ela te engana a segunda vez, a culpa é sua.

Manda quem pode, obedece quem tem juízo!

Papagaio que acompanha joão-de-barro vira ajudante de pedreiro.

Ditado Popular

Nota: O ditado foi incluído na música "Pequenez e Pit bull" de Seu Jorge, no álbum "Samba Esporte Fino" (2001).

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⁠Vão-se os anéis, ficam os dedos.

Para bom entendedor, meia palavra basta.

Todos veem os tragos que tomas, mas poucos sabem das tuas quedas.