Distraídos
O amor é para os distraídos
Passamos a vida a procura da felicidade, da pessoa amada, da tal desejada e sonhada metade. Às vezes procuramos a felicidade em corações que não sabem amar e terminamos nos frustrando ainda mais.
Essa procura é intensa, e às vezes... dolorosa demais.
Chega um tempo que cansamos e terminamos parando de procurar. É nessa hora que estamos distraídos, sem pensar em ninguém, é que surgem o amor. Esse amor é daqueles que vem de mansinho, cheio de carinho e nos ensina a fórmula de amar.
E essa fórmula tem um nome. Esse nome chamamos de reciprocidade.
"O amor vem de onde menos se espera. O amor é para os distraídos."
Lenilson Xavier (lexgrafia 12/09/2016)
E se um dia distraídos
Nossos olhares se cruzassem
E você enfim notasse
Como seria viver sem mim?
Será que você pensaria
Duas, três ou quatro
O que seria a vida
S não me tivesse aos lado.
Ao lado só é fácil estar
É cômodo, agradável, engraçado
Mesmo se a dúvida pairar
Você sabe que é amado
E se eu do nada perceber
Que sou muito pra você
Você me deixa ir,sair?
Você se deixa ficar?
Ver? Isso é um hábito dos comuns mortais, dos mais distraídos. Eu cá sou de observar, de analisar e examinar. Verificar e esmiuçar. Não sou intrometida. Apenas gosto de saber com quem estou a lidar. O mundo está repleto de máscaras.É preciso fiscalizar!
O objetivo dos pensamentos vãs é nos manter distraídos, impedindo dessa forma de nos encontrarmos com a nossa real essência divina que é o Cristo que se faz presente em nós... Mesmo na persistência de buscar o nosso real ser, indo ao deserto interior, os pensamentos não se deixam por vencido e agem ferozmente, manifestando os nosso fantasmas, com seus piores demônios que se originam do nosso ego, dominado(escravo) pelos vicios(prazeres), pela ganância e pela vaidade. O importante é não se abater e nem se desesperar, pois somente com humildade(reconhecer as nossas misérias) e disciplina (perseverança), que se ultrapassa o vale de lágrimas, onde nossas almas ao se encontrar com Cristo libertam-se, tornando um com Ele, sendo um só corpo, uma só alma e um só espírito.
A Exceção
Ele meditava
Quando todos
De sua família
Estavam distraídos
Como águas profundas
No coração do homem
É o segredo
Quem conseguirá desvendar?
Só quem faz parte do plano
Sabe do segredo
O som da música
Ninguém pode aprender
A não ser eles
Maktub
Da junção do espermatozoide com o óvulo até a lápide passa rápido demais se ficarmos distraídos por muito tempo nesta jornada.
Quando algo está para acontecer,
sempre há um sinal,
nós que somos distraídos demais para perceber, e identificar se é bom ou mau.
As vezes ficamos tão distraídos contemplando o sol em cima de nós que deixamos de olhar a nossa volta para perceber a nuvem negra trazendo a tempestade que agora está desabando sobre nossas cabeças.
A razão da vida
São as diferenças
Vivemos distraídos
Em prol de quem pensa igual
O grande mal da vida da gente
É que morremos sem ter conhecido
A opinião de quem pensa diferente
Ou que tenha outra crença
Ou que se mostre propensa
A discordar da gente
Vivemos querendo agradar
E querendo ser agradados
Muita gente vive sem viver
Pois os Universos mais imensos que existiam
Não estavam além da estratosfera
Nem nos livros
No olhar desperto ou na alma deserta
Não estavam depois do horizonte que o olhar alcança
Estavam em tudo isso
E estavam em quem sempre esteve perto
Sempre estiveram no compromisso que assumimos
Muito antes de ter nascido
Pois a vida é um grande aprendizado
Mas pouco se aprende
Quando as palavras só concordam
Pois palavras são só palavras
Não dizem nada
Não tem medo e nem coragem
São só coisas inventadas, muitas vezes para inverdades
A grande marca que se deixa, são sempre atitudes
Para aprender com a vida
É preciso chegar lá no fim
Satisfeitos com nossa casa
Em paz com as pessoas
E agradecidos pela mesa e a comida
Um sorriso no coração
Vale também uma oração, com palavras boas
E o aprendizado adquirido
Nas verdades que não eram nossas
Pois qualquer um que disser para a própria consciência
Que cometeu mais acertos do que erros
Viveu errado
Mente
E não tem consciência
Pra bem viver a vida
É preciso chegar lá na hora da morte
E sentir-se feliz, porque vai ver a Deus
Ao invés de sentir-se assustado e com medo
Pois não existem segredos
Que pra sempre permaneçam ocultos
O segredo era a mente tranquila
Um coração sincero
E a certeza de ter aprendido alguma coisa
Com quem tivesse dentro de si outro Universo
Diferente do nosso
Pois a vida não é uma festa
Em que a gente vai embora com a mesma roupa que chegou
Infeliz quem busca ouvir apenas
Opiniões que sejam belas e iguais às suas
Chegaram na vida sem nada
No final, partiram dela, nuas.
Tudo um dia se desmonta
Exceto as contas, que serão prestadas.
Edson Ricardo Paiva.
Vivemos distraídos pela vaidade das vaidades e o que realmente importa deixamos quase sempre para depois ou culpabilizamos o mundo pela sua ausência.
Vizinhos de tempo e espaço
Talvez, por estarmos distraídos, não percebemos o quanto a vida é cheia de nuances que beiram a magia. Um desses detalhes que normalmente nos passam despercebidos é a incrível e quase divina coincidência que faz com que as pessoas se tornem vizinhos de tempo e espaço.
Um exemplo é o encontro do casal Oswaldo Stival e dona Edith, ambos descendentes de diferentes famílias italianas que migraram para o Brasil no século XIX. Se a família Stival tivesse vindo “fazer a América”, e a família Spessoto (Peixoto) tivesse permanecido na Itália, o encontro entre o casal que descobriu o amor quase um século depois que seus descendentes chegaram por aqui, não teria acontecido. Se Oswaldo Stival e dona Edith tivessem nascidos em épocas diferentes, o desencontro seria certo, ou seja, essa vizinhança de tempo e espaço (pois ambos nasceram na mesma época e na mesma cidade) permitiu que se conhecessem, convivessem e se apaixonassem.
A incrível e quase divina coincidência que os aproximou é a mesma que dá ao leitor a oportunidade de se emocionar com uma linda história de vida e de amor.
Andamos distraídos demais, até que vem a morte e nos dá tapa na cara para nos conscientizamos da vida não vivida.
Andamos distraídos, tropeçando em nós mesmos. Vários universos se entrelaçam dentro da gente. Não somos esnobes, nem prepotentes, só estamos distantes prestando atenção às vozes que habitam nossos corações.
Dentro de nós existe um milhão de possibilidades. Perguntas pedem respostas e elas podem vir em horas não tão apropriadas. Ideias surgem e nos saltam da boca, rasgando o tempo e denunciando que não estávamos onde achávamos que deveríamos estar.